[Folha SP, 19 abr 11] Apesar de o número de homicÃdios no paÃs permanecer estável nos últimos anos, o número de negros assassinados não para de subir, revela o Relatório Anual das Desigualdades Sociais 2009-2010 [link no final do artigo], divulgado nesta terça-feira, no Rio.
A probabilidade de um homem preto ou pardo morrer assassinado é mais do que o dobro se comparado a de um indivÃduo que se declara branco.
Enquanto os homicÃdios entre homens brancos vêm caindo ao longo dos últimos anos, o movimento entre negros e pardos é inverso.
Em 2001, homens pretos ou pardos representavam 53,5% do total. Ao mesmo tempo, os brancos significavam 38,5%.
Já em 2007, do total de homicÃdios registrados, 64,09% eram de negros. Já a proporção de brancos recuou para 29,24%.
Em 2007, para cada 100 mil habitantes, 59,8 homens pretos ou pardos morreram assassinados. Entre a população masculina branca, essa proporção 29,2 homens mortos a cada 100 mil habitantes.
No inÃcio da década, foram registrados 44.105 mil homens assassinados. Em 2007, esse dado ficou estatisticamente estável, recuando para 43.938.
Entre as mulheres, a razão de mortalidade das pretas ou pardas era 41,3% superior à observada entre as mulheres brancas, segundo os dados de 2007.
O estudo, desenvolvido pela UFRJ, foi feito a partir de dados do Ministério da Saúde e da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por DomicÃlios).
Relatório Completo (PDF)