Desastres naturais mataram 3,3 milhões de pessoas em 40 anos, diz estudo

Os desastres naturais, como enchentes, terremotos e tsunamis, mataram 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos 40 anos, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial, em parceria com as Nações Unidas.

Desse total, cerca de 1 milhão de pessoas morreram na África, vítimas da seca.

Após dois anos de pesquisa, os dois organismos internacionais estimaram ainda que os prejuízos causados por esses desastres poderão triplicar até o final do século, atingindo a cifra de US$ 185 bilhões ao ano.

De acordo com o levantamento, o número fica ainda maior quando considerado o impacto das mudanças climáticas. Apenas os ciclones tropicais têm potencial de causar prejuízos que variam de US$ 28 bilhões a US$ 68 bilhões a cada ano, diz o estudo.

Além disso, cerca de 1,5 bilhão de pessoas poderão estar expostas a tempestades e terremotos até 2050 – o dobro do número considerado atualmente.

Com 250 páginas, o levantamento tem como objetivo “alertar” os ministros das finanças em todo o mundo para a necessidade de programas de prevenção aos desastres naturais.

O documento também traz uma série de sugestões sobre o que pode e deve ser feito nesse área e, segundo os autores, muitas dessas ações surpreendem por sua “simplicidade”.

São os mais vulneráveis, e não os ricos, que acabam enfrentando o peso das ameaças naturais, muitas vezes agravadas por políticas ruins”, diz o texto.

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Texto de Fabrícia Peixoto publicado na BBC Brasil, em 11 nov 2010

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