Reportagem de Amanda Cieglinski, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 03/12/2009
Cerca de 28% da população ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da lÃngua. Essas são algumas informações apontas pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) 2009, divulgado ontem (2). O Ãndice é apurado desde 2001 pela organização não governamental (ONG) Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM).
O Inaf mede os nÃveis de analfabetismo funcional na população brasileira entre 15 e 64 anos, dividindo em quatro nÃveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, alfabetismo básico e alfabetismo pleno. São considerados analfabetos funcionais aqueles que se encaixam nas duas primeiras categorias.
Os dados apontam que houve uma melhora no Ãndice de analfabetismo funcional. O Brasil tinha, em 2007, 34% de pessoas nessa condição, sendo que 9% eram considerados analfabetos e 25% tinham habilidades rudimentares de leitura e escrita. Em 2009, o percentual de analfabetos funcionais caiu para 28% – 21% possuem nÃvel de alfabetização rudimentar e 7% são analfabetos.
Há diversos conceitos para classificar o analfabeto funcional. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é o indivÃduo com menos de quatro anos de estudo completos.
O estudo do IPM mostra ainda que ir à escola não é garantia de aprendizagem: 10% dos brasileiros que estudaram até a 4ª série são analfabetos e apenas 6% atingem o nÃvel pleno de alfabetização. Entre os que cursaram ou cursam da 5ª a 8ª série, 24% ainda permanecem no nÃvel rudimentar e apenas 15% podem ser considerados plenamente alfabetizados.