Arquivo da categoria: Meio Ambiente

Brasil precisa investir R$ 22 bilhões até 2015 para garantir abastecimento de água

[Ascom/ANA] Dos 5.565 municípios brasileiros, 55% poderão ter déficit no abastecimento de água. Desses, 84% necessitam de investimentos para adequação de seus sistemas produtores e 16% precisam de novos mananciais.

Levantamento inédito em todo o País coordenado pela Agência Nacional de Águas, o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água reúne informações detalhadas sobre a situação dos 5.565 municípios brasileiros com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. Concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento até 2025.

O Atlas Brasil consolida o planejamento da oferta de água em todo o País a partir do diagnóstico dos mananciais e da infraestrutura hídrica existente (sistemas de captação de água, elevatórias, adutoras e estações de tratamento) e da identificação das melhores alternativas técnicas. É o resultado do trabalho feito em articulação com órgãos do governo federal, estaduais e municipais. Continue lendo

Metade da população de cidade japonesa arrasada por tsunami está desaparecida

[Da Agência Lusa] Brasília – Cerca de 9,5 mil pessoas, metade da população da localidade de Minamisanriku, na província de Miyagi, continuam desaparecidas na sequência do violento terremoto e do tsunami que se seguiu ocorridos sexta-feira (11) no Japão, segundo informaram as autoridades do país. Minamisanriku tem 17 mil habitantes.

As equipes de socorro, que já resgataram 3 mil moradores, procuram sobreviventes em casas destruídas, águas lamacentas e incêndios provocados pelo sismo de 8,8 graus na escala Richter e pelo consequente tsunami que varreu bairros inteiros ao longo da costa nordeste japonesa.

A cadeia de televisão pública NHK anunciou que 900 pessoas morreram e mais de 700 estão desaparecidas, números que devem aumentar à medida que os trabalhos de resgate avançam.

Além do desastre ter afetado estradas de ferro, rodovias e o transporte marítimo, mais de 23 mil pessoas ficaram bloqueadas no aeroporto de Tóquio. Cerca de 6 milhões de casas, mais de 10% das habitações do país, ficaram sem eletricidade.

Biocombustíveis, especulação e catástrofes elevam preço de alimentos

Escassez de alimento preocupa populações de países em desenvolvimento em 2011

[DW, 13 mar 11]  A diretriz da União Europeia que obriga os países-membros a usar 10% de energias renováveis no setor de transportes até 2020 gerou polêmica não somente entre governo e oposição na Alemanha, mas também entre os próprios motoristas. Eles têm dúvidas se seus carros aceitam a nova mistura de combustível fóssil com ingredientes de base vegetal.

Para as organizações de combate à fome, esse não é nem de longe o maior problema: um maior emprego de combustíveis de base vegetal também pode ter efeito nos preços dos alimentos.

Em setembro de 2010, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) anunciara que o número de pessoas passando fome no mundo caíra para menos de 1 bilhão em setembro de 2010. Ao mesmo tempo, o diretor-geral da FAO, Jaques Diouf, alertava para o aumento dos preços dos alimentos. Ele identificava a variação de preços nas bolsas de valores como um sinal preocupante.

Os biocombustíveis são apontados como causa da elevação do preço dos alimentos no mercado internacional. Mas não são a única.

Catástrofes naturais

Em 2010 havia sinais claros de que uma crise na produção de alimentos se aproximava. As secas na Rússia provocaram a devastação de imensas áreas pelas queimadas. O primeiro-ministro Vladimir Putin chegou a proibir as exportações de grãos. A medida causou impacto em vários países porque a Rússia é um dos principais exportadores de trigo.

No Paquistão, as cheias arruinaram imensas plantações em áreas tidas como “celeiros” do país. Poucos dias depois, os alimentos dispararam, ficando cerca de três a quatro vezes mais caros. Continue lendo

Energia limpa obtida do sol é oportunidade para a África

Instalações solares como essa poderiam reduzir rapidamente a emissão de CO2

[DW, 22 fev 2011] A energia solar limpa vinda do deserto poderá superar instalações poluentes movidas a carvão, bem como usinas nucleares. Em particular na África, onde as condições de incidência solar são excelentes.

Quando o assunto é África, frequentemente os noticiários abordam a falta de alimentos, deficiências na educação e a falta de condições para uma vida saudável. Uma coisa, porém, o continente tem de sobra: o sol.

E é por esse motivo que a energia solar poderia resultar em uma mudança expressiva para o continente – tanto em termos econômicos, quanto sociais. Hoje, tal estimativa é compartilhada simultaneamente por pesquisadores, ambientalistas e profissionais de ajuda ao desenvolvimento.

Fatos e números

De acordo com a Agência Internacional de Energia, o sol irradia permanentemente mais de 120 mil terawatts para a superfície terrestre. Isso corresponde ao desempenho de 100 milhões de grandes usinas atômicas. A luz solar oferece 7.700 vezes mais energia do que toda a demanda mundial medida em 2006 (136 mil terawatts-hora). Continue lendo

Produção de alimentos precisa crescer 40% em 20 anos, diz estudo

[BBC Brasil, 24 jan 2011] Relatório destaca importância de tecnologias para aumentar a produção

A produção global de alimentos deve ser aumentada em cerca de 40% nas próximas duas décadas para evitar o aumento da fome global, indica um estudo britânico divulgado nesta segunda-feira.

O levantamento Foresight Report on Food and Farming Futures, encomendado pelo governo do Reino Unido, levou dois anos para ser finalizado e envolveu 400 especialistas de 35 países.

“Sabemos que nas próximas duas décadas a população chegará a cerca de 8,3 bilhões de pessoas”, disse John Beddington, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

“Temos 20 anos para produzir cerca de 40% a mais de comida, 30% a mais de água potável e 50% a mais de energia”, completou. Continue lendo

Organização Meteorológica Mundial diz que os governos devem se preparar porque eventos como o do Rio vão se repetir

[O Estado SP, 21 jan 2011] Cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertam que os governos do Brasil e, principalmente, dos Estados do Sudeste devem se preparar para enfrentar eventos climáticos extremos nos próximos anos. “Esse não foi um evento isolado (a devastação na região serrana do Rio). Os acontecimentos no Brasil confirmam uma tendência mundial de que tempestades tendem a ser cada vez mais fortes e em locais onde não ocorriam com a mesma força”, afirmou Rupakumar Kolli, especialista da OMM.

A entidade diz que ainda não pode confirmar se a intensidade das chuvas no Rio foi causada diretamente pelas mudanças climáticas que afetam o planeta, mas tudo indica que sim. “É difícil dizer se as mudanças climáticas já atuam nesse caso”, afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. “O que está claro é que vemos um aquecimento do planeta e um número cada vez maior de eventos climáticos extremos e o que aconteceu no Brasil vai nessa direção.” Continue lendo

Triplica número de afetados pelo clima no Brasil

[Wilson Tosta, O Estado SP, 15dez 2010]

Em 2009, 5,8 milhões de brasileiros foram impactados por inundações, secas e vendavais, segundo o Atlas Nacional do Brasil, lançado pelo IBGE

De 2007 a 2009, triplicou o número de brasileiros afetados por inundações, secas, vendavais e temperaturas extremas. É o que revela o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento mais impressionante ocorreu no item inundações. Em 2009, as enchentes – que em 2007 haviam afetado 1 milhão de pessoas – impactaram 3,2 milhões de brasileiros. No item secas, o salto foi de pouco mais de 750 mil para cerca de 1,8 milhão, e nos desastres com causas eólicas e temperaturas extremas, o número de afetados passou de 200 mil para 800 mil.

As informações do atlas foram divulgadas três dias após o fim da Conferência do Clima das Nações Unidas, realizada em Cancún, México. Continue lendo

IBGE lança mapa inédito que mostra evolução do uso da terra no Brasil

[Paulo Virgílio, Agência Brasil, 8 dez 2010] O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou hoje (8) o primeiro Mapa da Utilização e do Uso da Terra no Brasil, produto inédito que revela dados sobre a história e as tendências de ocupação e utilização do território nacional. O mapa é apresentado na escala 1:5.000.000, em que cada centímetro corresponde a 50 quilômetros de território, e pode ser acessado no site do IBGE, por meio do link ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais.

O mapa transforma em imagens os dados do último Censo Agropecuário do IBGE, de 2006, e traz ainda dados, provenientes de fontes diversas, sobre extrativismo, mineração, unidades de conservação, terras indígenas e uso das águas.

De acordo com o IBGE, as informações contidas no mapa são indispensáveis para o desenvolvimento de estudos e ações nacionais e internacionais relacionados, direta ou indiretamente, ao uso da terra. É o caso, por exemplo, das áreas de economia e preservação do meio ambiente.

Quem acessar o mapa pode visualizar concentrações e direções do uso da terra no país. A lavoura temporária se organiza desde o Sul, estende-se pelo Sudeste e entra no Norte, com a abertura de frentes de ocupação mais recentes. Também é possível constatar o crescimento da pastagem plantada no Centro-Oeste, onde, desde 1985, vem substituindo a pastagem natural.

O novo mapa do IBGE mostra ainda a importância do extrativismo vegetal na Região Norte, onde, apesar dos desmatamentos, a cobertura florestal representa a maior reserva de biodiversidade do mundo. Já o Nordeste se destaca pela grande diversidade de usos agrícolas e extrativos.

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Você também pode acessar o mapa (PDF) diretamente aqui.

China continua vivendo além de seu recursos ambientais – WWF

Two flamingos in facing a lake on  green grass...

Por David Stanway

PEQUIM (Reuters) – A China está vivendo além de seus recursos ambientais na tentativa de satisfazer sua enorme e crescente população urbana, de acordo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).

O relatório indicou que as mudanças nos padrões de consumo e a modificação dos estilos de vida pela migração do campo para a cidade estão exercendo mais pressão sobre o já ameaçado meio ambiente, e as consequências afetam o mundo inteiro.

Se o planeta consumisse o mesmo nível de recursos que a China em 2007, seriam necessários 1,2 planetas, frente a 0,8 em 2003, segundo os cálculos do Relatório sobre Pegada Ecológica da China do WWF, publicado na segunda-feira.

Em termos comparativos, se o nível de consumo global fosse igual ao dos Estados Unidos, seriam necessários 4,5 planetas. Em troca, se fosse equiparado à Índia, seriam necessários apenas 0,5, disse o estudo. Continue lendo

As mudanças climáticas poderão aumentar a pobreza nos países em desenvolvimento

Pesquisas recentes demonstram que o aquecimento global e as mudanças climáticas terão severos impactos na agricultura e na disponibilidade hídrica, o que, por sua vez, afetarão a segurança alimentar em escala global.

Nesta hipótese, os trabalhadores urbanos dos países em desenvolvimento seriam os mais afetados com a elevação dos custos dos alimentos, como ficou demonstrado na crise alimentar de 2008.

Agora, um novo estudo [Climate Volatility Deepens Poverty Vulnerability in Developing Countries] de pesquisadores da Purdue University, quantifica os efeitos do clima sobre as populações pobres do mundo.

Os pesquisadores examinaram a influência econômica potencial de eventos climáticos extremos, tais como ondas de calor, secas e chuvas intensas, sobre 16 países em desenvolvimento. De acordo com o estudo, os trabalhadores urbanos em Bangladesh, México e Zâmbia foram identificados como os que estão expostos ao maior risco potencial. Continue lendo

Desastres naturais mataram 3,3 milhões de pessoas em 40 anos, diz estudo

Os desastres naturais, como enchentes, terremotos e tsunamis, mataram 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos 40 anos, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial, em parceria com as Nações Unidas.

Desse total, cerca de 1 milhão de pessoas morreram na África, vítimas da seca.

Após dois anos de pesquisa, os dois organismos internacionais estimaram ainda que os prejuízos causados por esses desastres poderão triplicar até o final do século, atingindo a cifra de US$ 185 bilhões ao ano.

De acordo com o levantamento, o número fica ainda maior quando considerado o impacto das mudanças climáticas. Apenas os ciclones tropicais têm potencial de causar prejuízos que variam de US$ 28 bilhões a US$ 68 bilhões a cada ano, diz o estudo.

Além disso, cerca de 1,5 bilhão de pessoas poderão estar expostas a tempestades e terremotos até 2050 – o dobro do número considerado atualmente.

Com 250 páginas, o levantamento tem como objetivo “alertar” os ministros das finanças em todo o mundo para a necessidade de programas de prevenção aos desastres naturais.

O documento também traz uma série de sugestões sobre o que pode e deve ser feito nesse área e, segundo os autores, muitas dessas ações surpreendem por sua “simplicidade”.

São os mais vulneráveis, e não os ricos, que acabam enfrentando o peso das ameaças naturais, muitas vezes agravadas por políticas ruins”, diz o texto.

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Texto de Fabrícia Peixoto publicado na BBC Brasil, em 11 nov 2010

Trazido pelas correntes marinhas, lixo despejado no mar invade a costa brasileira

Lixo despejado no mar e nos rios de todo o mundo viaja pelas correntes oceânicas e invade a costa brasileira. De caixas de leite a feijões enlatados, pesquisador baiano encontrou produtos originados em 75 países

O imaginário coletivo está cheio de histórias de cartas que chegam à beira da praia dentro de garrafas atiradas ao mar. As mensagens trariam pedidos de ajuda, mapas do tesouro e recados de amor. Lenda ou não, se o costume nascesse hoje, esse “correio marítimo” poderia vir em caixas de leite, latas de extrato de tomate e feijão, embalagens de produtos de limpeza e de talco. São esses os itens que “desembarcam” com frequência na costa brasileira segundo monitoramento da ONG Global Garbage (Lixo Global). Tudo importado. Em quatro anos e cerca de 20 caminhadas pela costa, 6.576 embalagens de 75 países foram encontradas só no litoral da Bahia. Achados que revelam o lixo marinho como uma séria ameaça à vida nos oceanos. Reportagem de Júlia Kacowicz, no Correio Braziliense.

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