Cerca de 500 mil mulheres foram estupradas na República Democrática do Congo desde o inÃcio da guerra civil em 1996.
Um estudo recente da ONU estima que os soldados são responsáveis ​​por cerca de um terço de todos os estupros e crimes de violência sexual cometidos nas provÃncias orientais do paÃs. A disciplina no exército nacional é fraca, os soldados raramente são pagos, e muitos recebem ordens de seus superiores para “viver da terra”: um convite para os abusos. Tanto soldados como militantes agem impunemente. O problema é agravado pela falta de infra-estrutura legal e uma indiferença em relação à situação das mulheres.
Uma média de 1.100 novos incidentes de estupro são relatados a cada mês, mas um estudo descobriu que o número de mulheres congolesas estupradas todos os dias é maior que este.
As enfermarias do Hospital Panzi em Bukavu, que trata as vÃtimas de estupro, estão frequentemente lotadas.
Dr. Denis Mukwege, um ginecologista-obstetra fundador do hospital e finalista do Prêmio Nobel da Paz 2010, frequentemente realiza 10 cirurgias por dia. Ele diz que chegou a reconhecer os autores pelas cicatrizes que deixam nas mulheres. “Posso dizer que grupo fez isso, mesmo antes dela me diz”, diz ele. “Alguns grupos usam facas, outros só violentam jovens, e ainda outros usam armas de fogo. Desta forma, é como se eles deixassem uma assinatura no corpo.”
Clique para ver a reportagem do Washington Times (em Inglês) sobre o estupro na República Democrática do Congo.
Esta matéria foi publicada originalmente em Inglês aqui.