Arquivo da categoria: Igreja

A hora da maturidade: uma nova abordagem da temática homossexual

[Por Tim Stafford, Cristianismo Hoje, 29 ago 2010] Maior entidade cristã de apoio a ex-gays, ministério Exodus International investe em uma nova abordagem da temática homossexual.

Desde o início dos anos 1970, um movimento de resistência ao comportamento homossexual tem ganhado força ao apregoar a possibilidade de um gay mudar sua orientação sexual graças à fé cristã. Baseados na Bíblia Sagrada, que condena o comportamento gay classificando-o como “abominação contra Deus”, os evangélicos defendem que a homossexualidade é um pecado que precisa ser combatido. As armas desta batalha são os testemunhos daqueles que garantem que, graças a Jesus, mudaram seu estilo de vida. Por outro lado, a sociedade moderna tende a defender que a orientação sexual é coisa que nasce com o indivíduo – e, portanto, seria impossível alterá-la sem acarretar violentos transtornos emocionais. O debate, que tem esquentado em todo o mundo, prosseguiu em junho último, quando o Exodus Internacional, maior grupo ministerial de orientação cristã que trata do assunto, promoveu sua 32ª Conferência Anual em Irvine, no estado americano da Califórnia.

O que se discutiu ali é se a abordagem evangélica no trato da questão tem sido a mais apropriada. Apesar dos inúmeros relatos de mudança – não se fala em “cura”, uma vez que, há pelo menos 30 anos a homossexualidade já não é vista como doença –, a postura evangélica tradicional já não tem rendido resultados satisfatórios. Além disso, o patrulhamento da militância gay, apoiada por expressivos setores da mídia e da sociedade, tem conseguido isolar os grupos cristãos mais incisivos. Que o digam, principalmente, aqueles que, após passarem um período seguindo fielmente o que diz a Palavra de Deus, acabaram saindo novamente do armário e retornaram à prática sexual homossexual. Durante a conferência mesmo, três ex-integrantes do Exodus deram entrevistas falando de sua desilusão com a possibilidade de uma mudança de comportamento. Continue lendo

Adultos antes da hora (Adolescência precoce)

Fenômeno da adolescência precoce ganha força, mas pode prejudicar desenvolvimento da juventude cristã.

Curioso este país: ao mesmo tempo em que resiste quando se trata de confiar responsabilidades aos jovens, também estimula a maturidade prematura para encher de lenha a fogueira do consumo. E bem no centro dessa contradição, os adolescentes enfrentam o conflito entre ser tratados como “crianças grandes” ou “pequenos adultos”, de acordo com as conveniências — tanto as próprias quanto as da sociedade. As igrejas evangélicas também encontram alguma dificuldade para lidar com um contingente que abandona a infância cada vez mais cedo.

O conceito de adolescência, em si, não é dos mais precisos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa fase começa aos 10 anos de idade e vai até os 19. Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente, ela acontece dos 12 aos 18 anos, sendo esse o padrão assumido pela maioria das igrejas evangélicas ao dividir as turmas da escola bíblica dominical e definir quem faz parte do ministério de adolescentes e que já deve ser promovido aos departamentos de mocidade. Continue lendo

Os evangélicos e a ditadura militar

[Rodrigo Cardoso, Isto É, 11 jun 11] Documentos inéditos do projeto Brasil: Nunca Mais – até agora guardados no Exterior – chegam ao País e podem jogar luz sobre o comportamento dos evangélicos nos anos de chumbo.

No primeiro dia foram oito horas de torturas patrocinadas por sete militares. Pau de arara, choque elétrico, cadeira do dragão e insultos, na tentativa de lhe quebrar a resistência física e moral. “Eu tinha muito medo do que ia sentir na pele, mas principalmente de não suportar e falar. Queriam que eu desse o nome de todos os meus amigos, endereços… Eu dizia: ‘Não posso fazer isso.’ Como eu poderia trazê-los para passar pelo que eu estava passando?” Foram mais de 20 dias de torturas a partir de 28 de fevereiro de 1970, nos porões do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. O estudante de ciências sociais da Universidade de São Paulo (USP) Anivaldo Pereira Padilha, da Igreja Metodista do bairro da Luz, tinha 29 anos quando foi preso pelo temido órgão do Exército. Lá chegou a pensar em suicídio, com medo de trair os companheiros de igreja que comungavam de sua sede por justiça social. Mas o mineiro acredita piamente que conseguiu manter o silêncio, apesar das atrocidades que sofreu no corpo franzino, por causa da fé. A mesma crença que o manteve calado e o conduziu, depois de dez meses preso, para um exílio de 13 anos em países como Uruguai, Suíça e Estados Unidos levou vários evangélicos a colaborar com a máquina repressora da ditadura. Delatando irmãos de igreja, promovendo eventos em favor dos militares e até torturando. Os primeiros eram ecumênicos e promoviam ações sociais e os segundos eram herméticos e lutavam contra a ameaça comunista. Padilha foi um entre muitos que tombaram pelas mãos de religiosos protestantes. Continue lendo

O que causou a crise de pedofilia na Igreja?

[IHU, 3 jun 11] Kathleen McChesney, que atuou de 2002 a 2005 como a primeira diretora-executiva do recém-criado Escritório para a Proteção da Criança e da Juventude da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, analisa aqui as principais conclusões do relatório do John Jay College sobre o abuso sexual por parte do clero. O artigo foi publicado na revista dos jesuítas dos EUA, America, 06-06-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Eis o texto:

O tão esperado relatório As causas e o contexto do abuso sexual de menores por padres católicos nos Estados Unidos, 1950-2010 oferece respostas bem pesquisadas às perguntas-chave sobre a crise dos abusos. O John Jay College de Justiça Criminal passou quase cinco anos realizando esse estudo inédito, que foi encomendado pela Conferência dos Bispos dos EUA a um custo de 1,8 milhões de dólares.

O relatório não identifica uma causa específica definitiva para os abusos – não há nenhuma “prova cabal” para a vitimização dos milhares de meninos e meninas pelo clero católico durante as últimas seis décadas. Houve, ao contrário, uma confluência de fatores organizacionais, psicológicos e situacionais que “contribuíram para a vulnerabilidade dos padres” durante esse período, que levou a que 4% a 6% deles cometessem atos de abusos. Por que os outros 94% a 96% dos padres, sujeitos às mesmas vulnerabilidades, não ofenderam os menores não está claro e pode estar além dos limites da pesquisa psicológica e social. Fatores não são desculpas, no entanto, e a excessiva dependência a influências externas pode levar à complacência na prevenção dos abusos. Continue lendo

A Igreja secreta e os clérigos clandestinos da Europa comunista

[IHU, 11 abr 11] Ao longo dos 41 anos do regime comunista no antigo país do bloco do Leste [Tchecoslováquia], uma rede subterrânea de grupos e indivíduos manteve viva a fé católica, chegando ao ponto de ordenar homens casados e mulheres. Na semana passada, suas conquistas foram tardiamente homenageadas. A reportagem é de Christa Pongratz-Lippitt, publicada na revista inglesa The Tablet, 08-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

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Foi em uma comovente cerimônia na Igreja da cidade das Nações Unidas, Viena, no sábado da semana passada, 21 anos após a queda da Cortina de Ferro, que o maior e mais conhecido grupo subterrâneo da antiga Tchecoslováquia – chamado de “Koinótés” e fundado pelo falecido bispo Felix Maria Davidek (foto) – recebeu o Prêmio pela Liberdade na Igreja da Fundação Herbert-Haag, concedido anualmente a pessoas e instituições “por ações corajosas dentro da cristandade”.

Embora sendo uma figura controversa e polêmica, o carisma de Felix Maria Davidek e seus extraordinários dons já foram reconhecidos por muitos homens da Igreja Católica, incluindo bispos e cardeais. Davidek reconheceu os sinais dos tempos, e sua resposta foi profética. Continue lendo

Alemanha: Evangélicos diminuem e somarão 16 milhões em 30 anos

[IHU, 5 abr 11] Até 2040, a Igreja Evangélica da Alemanha (EKD, a sigla em alemão) deverá perder um terço dos seus atuais 24,2 milhões de membros. A previsão, com base em dados estatísticos, é do secretário de finanças da igreja, Thomas Begrich, em entrevista ao Serviço de Imprensa Evangélica (EPD). A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 05-04-2011.

A Alemanha tem uma das menores taxas de natalidade do mundo, lembrou Begrich, assim que o déficit de nascimentos tem reflexos nas estatísticas da igreja.

A saída voluntária de membros da igreja caiu pela metade nos últimos anos, em comparação à década de 90 do século passado. Ainda assim, a EKD registra uma diminuição de 150 mil pessoas por ano. “Aqui conseguimos fazer alguma coisa”, afirmou, reportando-se às quedas de evassão.

Mesmo com esses indicativos de secularização na sociedade alemã, 11,3% dos alemães entrevistados pela “Apotheken Umschau”, revista editada pela associação de farmácias, observam algum preceito ligado à Quaresma, período que compreende o fim do Carnaval e a Páscoa, este ano de 9 de março a 24 de abril. Continue lendo

23,9 mil crianças vivem nas ruas em todo país

[Agora MT, 28 mar 11] O relatório traça um perfil deste público infanto-juvenil e mostra que a violência dentro de casa, as drogas e o alcoolismo são as principais causas do abandono do lar.

Primeira pesquisa censitária mostra que a violência dentro de casa, as drogas e o alcoolismo são principais causas do abandono do lar. Falta de liberdade, proibição do uso de drogas e álcool e obrigatoriedade em respeitar horários são motivos principais para não frequentar abrigo.

Cerca de 70% das crianças e adolescentes, que abandonaram a casa dos pais, vivem e dormem nas ruas há mais de 6 meses em todo o país. Destas, somente 23,3% preferem buscar abrigo em instituições de amparo para dormir, 64% passam as noites em companhia de amigos, 14,6% perambulam sozinhas e 13,8% não se alimentam diariamente. Estes são alguns dados da primeira Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua (PDF), encomendada pela Secretaria de Direitos Humanos (SeDH).

O relatório traça um perfil deste público infanto-juvenil e mostra que a violência dentro de casa, as drogas e o alcoolismo são as principais causas do abandono do lar. As brigas entre pais e/ou irmãos, a violência doméstica e o abuso sexual são responsáveis por 71,6% das razões que levam essas pessoas a deixarem a família. O alcoolismo e as drogas representam 30,6% dos fatores.
O levantamento foi realizado entre 10 de maio e 30 de junho de 2010 pelo Instituto de Pesquisa Meta para auxiliar na elaboração de estratégias para desenvolvimento de políticas públicas dirigidas às crianças e adolescentes. O estudo foi realizado em 75 cidades brasileiras, abrangendo todas as capitais e alguns municípios com mais de 300 mil habitantes. Continue lendo

Escultura de Cristo nu cria polêmica na Semana Santa espanhola

[BBC Brasil, 29 mar 11] Uma das mais tradicionais confrarias religiosas da Espanha prepara as celebrações de Semana Santa sob uma grande polêmica. A procissão do sábado de aleluia contará com uma escultura em que Jesus Cristo aparece nu.

A imagem em madeira chamada Cristo em braços da morte foi feita sob encomenda da prefeitura de Medina del Campo (centro-leste espanhol) e, muito antes de sair às ruas, já recebeu críticas e elogios de fiéis, políticos, artistas e religiosos.

A peça que mede 2,45 metros de altura está sendo exibida ao público no Museu da Cidade, de onde sairá no próximo dia 9 de abril em procissão.

O escultor espanhol Ricardo Flecha, autor da escultura, entende a polêmica, mas afirma que a intenção foi apenas voltar a uma interpretação barroca da Via Cruxis.

“Me entristece que o aspecto sexual seja o mais importante aqui, porque frivoliza o meu trabalho”, disse o artista à BBC Brasil. “Tem muito mais valor o conceito de um Cristo entregue nos braços da morte que o fato de estar nu.”

Flecha explicou ainda que queria voltar ao passado com a obra. “No século 16, tínhamos imagens realistas de Cristos que se rebelavam contra a morte e virgens que quase blasfemavam. No meu caso, a nudez só representa o desamparo e a fragilidade.”

Sensibilidade dos fiéis

Mas a proposta não parece ter convencido todos os fiéis que saem em procissão nas 12 confrarias da cidade.

Depois de receber críticas de religiosos e políticos locais, a prefeitura ainda não decidiu se a imagem será levada às ruas do jeito em que está ou se os genitais estarão cobertos por um tecido. Por via das dúvidas, o escultor já recebeu a encomenda de preparar uma peça de cobertura.

Um dos mais críticos é o vice-presidente da Junta Local de Semana Santa de Medina, David Muriel Alonso, que acha que a imagem fere a sensibilidade de fiéis e foge ao habitual decoro da celebração católica. Continue lendo

Nem padre nem leigo ~ José Arregui

[Adital, 14 mar 11] Eu ia dar a este artigo o título: “Eu sou leigo”. Agora, por causa de doutrinas e interpretações que nunca nos deveriam ter trazido até aqui, comecei o duplo processo de exclaustração (abandono da “Vida Religiosa”) e de secularização (abandono do sacerdócio), eu queria fazer um brinde ao meu novo estado e dizer “Estou honrado por ser leigo, pela graça de Deus. Fico feliz em ser um de vocês, a imensa maioria na Igreja”.

Mas tenho de me corrigir desde já. Leigo? Não, realmente não sou leigo nem quero sê-lo, pois este termo só tem sentido em contraposição a clérigo e sempre no sentido de menos importante, de falta de alguma coisa. Não sou leigo nem quero sê-lo, porque esse nome foi inventado pelos clérigos que – ninguém se admire – sempre foram os poderosos que impuseram a sua linguagem. Não quero ser leigo, que seria como dizer cristão raso e de segunda, cristão subordinado.

O Direito Canônico vigente dá uma estranha definição do termo: “leigo” é aquele que não é clérigo ordenado nem religioso com votos. Não designa algo que é, mas algo que não é. Leigo, então, por definição canônica, não tem identidade nem função na Igreja, por ter sido despojado. Leigo é o que não fez os três votos canônicos de pobreza, castidade e obediência, ainda que, quase com certeza, tenha de cumprir esses votos e até vários outros, tanto ou mais que os religiosos instalados em seu “estado de perfeição”.

Leigo é o que não pode presidir a “fração do pão”, a ceia de Jesus, a memória da vida. Leigo é o que não pode dizer, em nome de Jesus, de maneira efetiva: “Irmão, irmão, não te aflijas porque estás perdoado e sempre o estarás. Ninguém te condena, não condenes a ninguém. Vai em paz, vive em paz”. Leigo, que não pode dizer a um casal apaixonado: “Vou abençoar o seu amor; seu amor, enquanto ele durar; é um sacramento de Deus”. Continue lendo

Escândalos de pedofilia provocam êxodo de fiéis da Igreja Católica alemã

[Mark Hallam, DW, 19 dez 2010]

Dezenas de milhares de alemães cancelaram sua filiação à Igreja Católica em 2010 – muito mais do que em anos anteriores – privando-a de seus impostos. Escândalos de abuso sexual parecem ser motivo central de deserções.

O número de alemães que abandonaram a Igreja Católica em 2010 é superior, em vários milhares, ao dos anos anteriores, revelou um estudo realizado pelo jornal Frankfurter Rundschau. Há indicadores de que a motivação central dos fiéis tenha sido a recente onda de escândalos de abuso sexual de menores.

A diocese de Augsburg, na Baviera, acusou uma das piores cifras: até meados de dezembro, 11.351 de seus fiéis desertaram, contra 6.953 em 2009. Seu antigo bispo, Walter Mixa, foi forçado a renunciar em abril último, devido a acusações de abuso físico e fraude.

Em Rottenburg-Stuttgart, no sudoeste do país, 17.169 católicos deixaram a diocese até meados de novembro de 2010, quase 7 mil a mais do que no ano anterior. Trier, Würzburg, Osnabrück e Bamberg igualmente acusaram altas taxas de deserção. Continue lendo

Um cristianismo novo para um mundo novo ~ J S Spong

[Texto de John Shelby Spong, Adista e IHU, 13 dez 2010, traduzido por Moisés Sbardelotto]

Spong é bispo aposentado da Igreja Episcopal da diocese de Newark, nos Estados Unidos. Autor, dentre outros, de “A New Christianity for a New World: Why Traditional Faith Is Dying and How a New Faith Is Being Born”, recém publicado na Itália com o título “Un cristianesimo nuovo per un mondo nuovo. Perché muore la fede tradizionale e come ne nasce una nuova” (368 páginas).

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Sou um cristão.

Por 45 anos, eu servi a Igreja cristã como diácono, padre e bispo. E continuo servindo essa Igreja hoje em uma ampla variedade de formas em minha aposentadoria oficial. Eu acredito que Deus é real e que eu vivo profunda e significativamente em relação com essa divina realidade.

Proclamo Jesus como meu Senhor. Eu acredito que ele mediou Deus de um modo poderoso e único para a história da humanidade e para mim.

Eu acredito que a minha vida pessoal foi impactada intensa e decisivamente não apenas pela vida de Jesus, mas também pela sua morte e certamente pela experiência pascal que os cristãos conhecem como ressurreição.

Parte da vocação da minha vida foi gasta na busca de uma forma de articular esse impacto e de convidar outros àquilo que eu só posso chamar de “a experiência de Cristo”. Eu acredito que, nesse Cristo, descobri uma base para o sentido, a ética, a oração, o culto e até para a esperança para a vida além das fronteiras da minha mortalidade. Eu quero que os meus leitores saibam quem é que escreve estas palavras. Não quero ser culpado de violar qualquer ato de empacotamento da verdade. Eu me defino, acima de tudo e principalmente, como um crente cristão. Continue lendo

Implicações religiosas das recentes descobertas da ciência

[Publicado pelo IHU, 7 dez 2010] “Teologicamente, a questão crucial está em torno da noção de revelação. Se o divino vem revelando criatividade e sentido em toda a história da criação ao longo desses bilhões de anos, por que restringir a autonomia do divino aos limites de tempo e cultura religiosamente validados?”

A análise é de Diarmuid O’Murchu, sacerdote, psicólogo social e membro da Congregação Missionária do Sagrado Coração. O’Murchu trabalhou na Irlanda e na Inglaterra e tem diversas obras sobre a formação na fé e a vida religiosa à luz das novas descobertas da ciência e das tentativas de enfrentar e resolver o agravamento da crise ecológica. Entre seus livros estão “Quantum Theology”, “Evolutionary Faith” e “Reclaiming Spirituality”.

O artigo foi publicado no sítio National Catholic Reporter, 02-12-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Galileu foi duramente criticado pela Igreja Católica por endossar a teoria copernicana de que a Terra girava em torno do Sol, colocando o Sol, e não a Terra, no centro do sistema solar. Estávamos despertando para uma nova visão expansiva do universo, embora seriam necessários mais quase 400 anos antes de rompermos o pulso firme do controle eclesiástico e do reducionismo científico. Continue lendo