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Na Etiópia, autistas sofrem por desconhecimento da condição e superstição

[Hewete Haileselassie, BBC Brasil, 11 out 11] Em 1995, a etíope Zemi Yunus não sabia o que era autismo, mas tinha consciência de que seu filho Jojo, então com quatro anos, era “diferente das outras crianças da idade dele”.

Foi então que seu marido assistiu a um programa de televisão sobre a condição. Na época, a família vivia nos Estados Unidos.

De repente, o casal se deu conta de que era possível que Jojo fosse autista. Certamente, os sintomas descritos pareciam indicar isso.

Pouco tempo antes de retornar à Etiópia, Zemi começou a pesquisar o assunto com mais profundidade.

Zemi disse que, assim como muitos pais de crianças autistas, ela se preocupava com a demora do filho em começar a falar.

‘Mimado’

Vários médicos haviam dito a ela que não se preocupasse porque, frequentemente, meninos começam a falar um pouco mais tarde.

No entanto, quanto mais pesquisava, mais Zemi reconhecia que o atraso na fala do filho, assim como suas ações repetitivas e dificuldades de comportamento eram claramente manifestações de autismo.

Infelizmente, o diagnóstico da condição, particularmente em países em desenvolvimento, é raro.

Ao retornar à capital da Etiópia, Addis Abeba, Zemi consultou psicólogos, médicos e outros profissionais durante vários anos. Nunca obteve uma confirmação de suas suspeitas.

Dona de seu próprio negócio, a mãe de Jojo teve dificuldade em encontrar uma escola para o filho. Muitos professores diziam que Jojo era “mimado”. Ele foi expulso de cinco escolas consecutivamente.

Uma instituição pediu pagamento triplo para aceitar Jojo. Continue lendo

Epidemia de cólera volta a atingir o Haiti e mata 17 pesssoas nos últimos dias

[Renata Giraldi*, Agência Brasil, 11 out 11] Brasília – As autoridades do Haiti confirmaram que uma nova epidemia de cólera atinge o Sul do país.  O responsável regional da Proteção Civil haitiana, Guillaume Silvera, disse que foram registrados 20 casos, dos quais 17 acabaram em morte, apenas nos últimos dias. Segundo ele, os casos foram localizados nas cidades de Anse d’Hainault, de Fond Cochon e Irois.

De acordo com  o coordenador dos Médicos do Mundo no Haiti, Jean-Kith Dely, na região Sul há problemas graves de infraestrutura nas cidades e falta de condições nos hospitais e centros de saúde. Segundo ele, alguns postos de atendimento à população foram fechados por falta de condições financeiras de mantê-los.

Para os especialistas, a epidemia de cólera voltou devido às inundações e aos deslizamentos de terra causados pela chuva constante que afeta o país. O Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas alertou que a situação se agravaria por causa da chuva.

Em pouco mais de um ano, a epidemia de cólera causou mais de 6.500 vítimas no Haiti. A situação causa alerta na comunidade internacional e gera um esforço conjunto dos países. Depois do terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010, o governo tenta buscar meios para a reconstrução não só da infraestrutura, mas também das instituições.

*Com informações da agência pública de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto

 

Fotos de consumo de álcool no Facebook podem ser um alerta para o vício de jovens

[Reuters, 4 out 11] As páginas de universitários no Facebook podem oferecer pistas quanto àqueles que correm risco de abuso e dependência de bebidas alcoólicas, segundo um estudo americano.

Pesquisadores liderados por Megan Moreno, da Universidade de Wisconsin-Madison, constataram que estudantes que exibiam fotos ou textos que os mostravam bêbados ou desacordados por consumo exagerado de álcool tinham maior probabilidade de enfrentar problemas de alcoolismo.

– Os resultados sugerem que os critérios clínicos para definir problemas com a bebida são aplicáveis às referências ao consumo de álcool no Facebook – afirmaram Moreno e seus colegas no estudo, publicado pela revista Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. Continue lendo

Envelhecimento: 1,1 milhão de brasileiros chegam aos 60 anos a cada ano

Brasil jovem, país do futuro. Construído ao longo das últimas décadas, esse retrato do imaginário brasileiro começa a ser rapidamente desconstruído pelos números e projeções do envelhecimento da população, sem que todos os níveis do poder público e a sociedade se deem conta do tamanho das mudanças que estão por vir.

[Cleide Carvalho, O Globo, 4 out 11] A cada ano, 1,1 milhão de brasileiros chegam aos 60 anos, fronteira para o início do envelhecimento. Dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) das Nações Unidas indicam que, daqui a 40 anos, a população idosa brasileira vai aumentar em 45 milhões de pessoas, das quais 15 milhões terão mais do que 80 anos. Atualmente, apenas 2,8 milhões de brasileiros já passaram da casa dos 80. Continue lendo

Saiba como o álcool afeta seu corpo

Os efeitos do consumo do álcool a curto prazo são conhecidos: ressacas, cansaço, má aparência.

[Philippa Roxby, BBC Brasil, 4 out 11] A longo prazo, a ingestão da substância está associada a várias condições, entre elas o câncer da mama, câncer oral, doenças cardíacas, derrames e cirrose hepática, entre outras.

Pesquisas também associaram o consumo de álcool em doses elevadas à problemas de saúde mental, perda de memória e diminuição da fertilidade.

Entretanto, estudos também concluíram que, ingerida com moderação, a substância pode ter um efeito benéfico, ajudando a proteger o coração ao elevar os índices de bom colesterol no organismo e impedir a formação de coágulos sanguíneos. Continue lendo

No Dia do Idoso, país tem pouco a comemorar

[Daniella Jinkings, Agência Brasil, 1 out 11] No Dia do Idoso, celebrado hoje (1º), a psicóloga Vera Lúcia Coelho, professora do curso de psicologia clínica da Universidade de Brasília (UnB), faz um alerta: “O Brasil precisa se preparar para o envelhecimento acelerado da população nos próximos anos.” Segundo ela, as autoridades públicas devem ficar atentas a isso: “Temos a ilusão de viver em um país de jovens. A propaganda de que a beleza jovem é a única possível e saudável está impregnada na gente.” Neste sábado, o Brasil também comemora oito anos do Estatuto do Idoso.

Segundo o Censo 2010, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 20 milhões de idosos, o que corresponde a aproximadamente 10% da população do país. A maioria (6,5 milhões) tem entre 60 e 64 anos. Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com maior número de idosos. Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o Brasil terá, em 2050, 22,5% da população com mais de 65 anos.

O Estatuto do Idoso prevê várias políticas públicas de valorização dos idosos. No entanto, a professora da UnB entende que elas não estão sendo cumpridas integralmente. Além disso, Vera Lúcia defende que toda sociedade esteja atenta ao envelhecimento populacional. “Ainda não estamos preparados para o envelhecimento da população.” Para a psicóloga , é preciso que haja uma mudança de postura no país em relação a esse tema. Continue lendo

Brasil não está preparado para o envelhecimento da população

[Bruno Bocchini, Agência Brasil, 1 out 11] O Brasil deverá chegar a 2050 com cerca de 15 milhões de idosos, dos quais 13,5 milhões com mais de 80 anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2025, o país será o sexto do mundo com o maior número de idosos. Apesar da criação de políticas voltadas para essa camada da população, como o Estatuto do Idoso, instituído em 2003, a velocidade do envelhecimento tem superado a implementação de ações para oferecer melhores condições de vida à terceira idade.

“O processo é muito rápido, e as políticas públicas não têm acompanhado isso. Viver em uma sociedade com muito mais idosos do que crianças requer um planejamento intenso”, diz o médico geriatra Luiz Roberto Ramos, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Com o envelhecimento populacional, o Brasil terá redução do número de jovens na força produtiva ativa, assinalou Ramos. “Vai aumentar o número de pessoas que terão dependência social dessa produção. Isso tem de ser planejado. O país está correndo contra o tempo.” Hoje, segundo a OMS, o Brasil tem 21 milhões de pessoas com mais de 65 anos.

O envelhecimento da população tem reflexo direto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Somente as doenças crônicas não transmissíveis, que afetam principalmente idosos, provocam impacto anual de 1% no PIB, segundo estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). De acordo com a Comissão para Estudo do Envelhecimento Mundial, anualmente são gastos cerca de R$ 60 bilhões com doenças da típicas da terceira idade no Brasil.

De acordo com Ramos, os problemas decorrentes da terceira idade começam a aparecer com mais intensidade depois dos 70 anos. Até lá, em torno de 80% das pessoas não têm nenhuma atividade de vida diária comprometida pela velhice. No entanto, a partir dos 80 anos, a grande maioria passa a conviver com enfermidades.

Edição: João Carlos Rodrigues

Envolvimento de crianças e adolescentes com o tráfico de drogas tem crescido em São Bernardo do Campo

[Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil, 22 set 11] O envolvimento de crianças e adolescentes de São Bernardo do Campo (SP) com o tráfico de drogas tem crescido na cidade e gerado preocupação entre os especialistas da área. Só no primeiro semestre deste ano, o Centro de Atendimento Socioeducativo da Fundação Criança de São Bernardo do Campo atendeu 541 adolescentes nas medidas socioeducativas em meio aberto, ou seja, adolescentes que cometeram um ato infracional e se encontram em liberdade assistida ou realizando prestação de serviços à comunidade. Desses, 210 foram apreendidos por tráfico de drogas, superando o número de adolescentes envolvidos com roubo (169 casos) e furto (38).

“Tem nos preocupado muito a maior incidência e a maior presença de adolescentes envolvidos com o tráfico de drogas. Antes, o crime que mais envolvia adolescentes era o roubo. Hoje, já temos um número maior com o tráfico”, disse Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo (SP) e vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao participar hoje (22) de um seminário que discutiu a situação dos menores em conflitos com a lei.

Apesar do crescimento no envolvimento com o tráfico entre os adolescentes que cometeram um ato infracional, os números de São Bernardo do Campo (SP) apresentaram diminuição na taxa de reincidência no crime, em torno de 10%. Isso está relacionado, segundo Alves, aos vários programas que são desenvolvidos no município com esses jovens, entre eles o Bolsa Formação e o Jovem Aprendiz. Continue lendo

Escolas se unem para afastar alunos das drogas

[Mariana Lenharo, JT, 25 set 11] Colégios particulares tradicionais da capital se reuniram ontem na I Jornada de Prevenção contra o Comportamento de risco nas Escolas Paulistanas, em busca de medidas para afastar seus estudantes do uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas. Profissionais de seis instituições ouvidos pela reportagem afirmam que a facilidade de acesso a esses produtos em baladas, festas de 15 anos e até dentro de casa é crescente.

O problema enfrentado pelos colégios aparece também nas estatísticas oficiais do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que realizou um estudo sobre o tema divulgado pelo JT em dezembro de 2010: o uso de drogas ilícitas nas escolas particulares, no ano anterior à pesquisa, era de 13,6% – índice acima da taxa verificada na rede pública, de 9,9%.

A ideia de unir forças para combater o consumo de drogas entre os estudantes da cidade partiu do colégio I.L.Peretz. Ali, o trabalho de prevenção começa já no ensino infantil, com alunos de 4 anos. “Desde cedo, trabalhamos vários assuntos relacionados à saúde para que, quando estejam na adolescência, já tenham meio caminho andado”, diz a coordenadora do projeto Prev-Peretz, Evelina Holender. Continue lendo

Consumo de drogas é maior nas escolas particulares

[JT, 16 dez 10] O consumo de drogas é maior em escolas privadas do que em públicas, revela levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) divulgado ontem. Mapeamento feito com 50.890 estudantes de todas as capitais constatou que, na faixa de 16 a 18 anos, 54,9% dos alunos da rede particular já usaram psicotrópicos, como maconha, cocaína e crack, pelo menos uma vez. Nos colégios públicos o porcentual é de 40,3%. Na rede privada, de cada 100 alunos, 30 já consumiram essas substâncias contra 24 na rede pública.

Na faixa etária de 16 a 18 anos, a proporção de estudantes de escolas particulares que já usou essas drogas pelo menos uma vez na vida é ainda maior: 54,9%. Na pública, essa porcentagem é de 40,3%.

A relação de consumo entre os dois tipos de escolas se inverte quando se analisa o uso frequente (declaração de consumo de seis ou mais vezes no mês anterior à pesquisa): nessa faixa, a rede pública ultrapassa a privada por uma pequena margem – 0,9% contra 0,8%.

Quanto ao uso pesado (vinte ou mais vezes), os alunos da rede pública “superam” os da privada por 1,2% a 0,8%. Isso significa que embora sejam consumidas mais drogas pelos alunos da rede privada, na pública a frequência de uso é maior. Continue lendo

World now has ‘more people dying from obesity than malnutrition’

More people in the world are now dying from obesity than malnutrition, anti-poverty campaigners say.

[Metro – UK – Sept 22, 11] There were 1.5billion dangerously overweight people worldwide last year, while 925million were underfed, according to the Red Cross.

The figures were denounced as a ‘shocking’ demonstration that the world produces enough food but people still go hungry.

The Red Cross called it a ‘double-edged’ scandal that fewer people died of starvation than were being killed by ‘excess nutrition’.

The organisation’s Bekele Geleta said: ‘If the free interplay of market forces has produced an outcome where 15 per cent of humanity are hungry while 20 per cent are overweight, something has gone wrong somewhere.’ Continue lendo

Internação por cirrose alcoólica cresce 50% no estado de São Paulo

Levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas.

[Bruno Bocchini, Agência Brasil, 18 set 11] As internações por cirrose hepática causada pela ingestão de bebidas alcoólicas aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos nos hospitais do estado de São Paulo. Em 2007, foram internadas cerca de 2,1 mil pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3 mil pacientes. Os dados são do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas. “A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos”.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre dez e 15 anos de dependência.

“Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial”, destaca o médico. Continue lendo