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Metade dos americanos está nas redes sociais

A popularidade das redes sociais continua em alta, segundo estudo do Centro de Pesquisas Pew, nos EUA, divulgado no fim da semana passada. Pelos resultados, metade de todos os americanos adultos faz uso de alguma rede social, como Facebook, MySpace ou LinkedIn. Dos entrevistados, 65% disseram que usam redes sociais – no ano passado, este número foi de 61%. Entre as atividades online, estes sites perdem apenas para o uso de e-mail e ferramentas de busca. “As redes sociais continuam a se consolidar como uma parte significativa da vida online”, afirmou a pesquisadora Kathryn Zickuhr, co-autora do estudo.

O crescimento do uso de mídias sociais ocorreu em todos os grupos etários e étnicos, mas foi mais intenso entre as mulheres. De cada dez mulheres, sete dizem usar as redes; e seis a cada dez homens o fazem. Entre as mulheres jovens, o número é ainda maior: nove em cada dez mulheres entre 18 e 29 anos participam de redes sociais.

Este comportamento já havia sido notado por agências de marketing, que passaram a focar em especial em mães que frequentam estes tipos de site. Estas mulheres costumam fazer pesquisas nas redes sociais e compartilham recomendações e críticas a produtos. Informações de Cecilia Kang [The Washington Post, 26/8/11].

Facebook e Twitter estão criando uma geração vaidosa e obcecada por atenção, advertem cientistas

[Bernardo Cury, Tech Tudo, 30 jul 11] Facebook e Twitter criaram uma geração de pessoas obcecadas em si mesmas, que têm desejo infantil por atenção constante em suas vidas, acreditam os cientistas.

A exposição repetida em sites de redes sociais deixa os usuários com uma “crise de identidade”. Baroness Greenfield, professora de farmacologia na Universidade de Oxford, acredita que o crescimento de “amizades” na internet, assim como um maior uso de jogos de computador, pode efetivamente criar uma “nova fiação” no cérebro, fazendo voltar aos instintos de uma criança. Continue lendo

Pornografia na web não é mais um império masculino

Consumo de conteúdos adultos cresce entre mulheres. Até as produções em vídeo ganham um novo gênero: o pornô feminino

[Paula Reverbel, Veja, 9 jul 11] Um dormitório da casa da família Balboa, em Recife, mantém sua porta fechada durante toda a noite. Lá dentro, sentada diante de um computador, uma pessoa conecta o fone de ouvido na máquina e atravessa a madrugada com os olhos grudados no monitor, assistindo a quantos vídeos aguentar, até ser vencida pelo sono. O restante da noite é gasto na troca de mensagens com contatos em redes sociais ou salas virtuais de bate-papo, à procura de mais filmes do gênero consagrado como “pornô”. É assim que a fotógrafa Tati, de 27 anos, gosta de gastar o tempo livre.

Ela faz parte de um número crescente de mulheres que apreciam pornografia na internet – e investem nisso tempo e dinheiro. Sim, a exemplo de games, computadores e futebol, esse também não é mais um território exclusivamente masculino. “O consumo de conteúdos pornográficos foi tradicionalmente comum entre homens. Porém, aos poucos, temos observado esse comportamento também entre mulheres”, diz Marco Scanavino, responsável pelo Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. “A pornografia passou a fazer parte dos recursos válidos para buscar a satisfação sexual – uma busca que hoje é vista como um direito.” Continue lendo

Igreja e internet: uma relação de amor e ódio

[IHU, 26 jun 11] Entrevista especial com Moisés Sbardelotto.

Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais, é inegável a vivência da fé em ambientes digitais nas últimas décadas. Em uma sociedade em midiatização, explica o jornalista, “o religioso já não pode ser explicado nem entendido sem se levar em conta o papel das mídias” porque elas “não são meros meios de transmissão de informação, nem apenas extensões dos seres humanos, mas sim o ambiente no qual a vida social se move”.

Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, Moisés Sbardelotto enfatiza que a fé praticada nos ambientes digitais “aponta para uma mudança na experiência religiosa do fiel e da manifestação do religioso” e, portanto, que a religião tradicional está mudando. “Junto com o desenvolvimento de um novo meio, como a Internet, vai nascendo também um novo ser humano e, por conseguinte, um novo sagrado e uma nova religião”, constata.

Moisés Sbardelotto abordará o tema desta entrevista no IHU ideias da próxima quinta-feira, 30-06-2011, quando apresentará a dissertação de mestrado intitulada E o Verbo se fez bit: Uma análise de sites católicos brasileiros como ambiente para a experiência religiosa. O evento iniciará às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU.

Sbardelotto é mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, na linha de pesquisa Midiatização e Processos Sociais. Atualmente, é coordenador do Escritório da Fundação Ética Mundial no Brasil (Stiftung Weltethos), um programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em São Leopoldo-RS. É bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Confira a entrevista. Continue lendo

Ouvindo Lady Gaga numa perspectiva teológica

[Pavablog, 31 mai 11 – Publicado originalmente por Tom Beaudoin no National Catholic Weekly e Nicole Pramik na Relevant. Traduzido e adaptado por Agência Pavanews.]

No meio de todas as coisas importantes acontecendo na igreja e no mundo, existe espaço para mais uma palavra sobre Lady Gaga? Se as teorias atuais sobre a cultura popular estão corretas, existem mais razões do que nunca. Afinal, a cultura da mídia popular – por bem ou por mal – contribui para muitas pessoas (inclusive os religiosos) criarem uma “leitura da vida” sonora, visual e tátil.

Algum tempo atrás, pesquisei quem estava pensando teologicamente sobre Lady Gaga. Fico feliz em compartilhar, com a permissão dos autores, algumas dessa respostas profundas. Para os leitores mais jovens, ou aqueles líderes que trabalham com essa geração, talvez estas reflexões aqueçam o debate.

* Opinião de Nicole Pramik, que escreve sobre cultura e espiritualidade

Não se pode negar que Lady Gaga é a “garota-propaganda” da singularidade. Ela não suporta o conformismo e seu apelo mostra isso. Ela acredita que cada pessoa é uma criação única, independentemente da origem social, herança racial ou mesmo deficiência física. Ela vê nossas diferenças como motivo de comemoração e incentiva a liberdade para vivermos ecoando nosso foco no indivíduo e não no grupo. Gaga delira em ser ela mesma e mostra ao resto do mundo como não devem ter medo de ser um pouco diferente. Infelizmente, ela tenta justificar suas opções de vida questionáveis ​​com este argumento. Gaga revela um lado mais sombrio da nossa cultura, impulsionado por uma visão de mundo que revela uma concorrência ambiciosa e uma vida sexual centrada no “faço o que me faz sentir bem” . Além disso, a letra de Born This Way reafirma uma mentalidade de pessoas espirituais, mas hiper-tolerantes… Continue lendo

A busca espiritual da geração Y

[Patricia Fachin, IHU Online, 16 mai 11] Os Ys têm mais liberdade para conhecer diferentes sistemas religiosos, por isso, a tendência desta geração, segundo Solange Rodrigues, é o trânsito em diversas alternativas religiosas num curto espaço de tempo.

A internet é a principal ferramenta utilizada pela geração Y e a “proximidade com a tecnologia é uma das marcas geracionais dos jovens de hoje”, aponta Solange Rodrigues, em entrevista à IHU On-Line, por e-mail. Segundo ela, através da rede, a juventude estabelece “identidades pessoais e sociais”, de tal modo que todos sentem necessidade de acessar sítios de relacionamentos como Orkut ou estar conectados ao MSN para serem reconhecidos como sujeitos.

No que tange à opção religiosa, os jovens se definem como “buscadores do sagrado” e, nesta perspectiva, o acesso à rede acaba sendo um meio para juventude exercitar a fé e o autoconhecimento. “No seu relacionamento com a dimensão do sagrado, na busca de sentido para a vida, as tecnologias de informação comunicação entram como mais um elemento acionado pelos jovens, que recorrem à internet para pesquisar e para se comunicar, para formar comunidades também em torno de identidades religiosas”, destaca, em entrevista concedida por e-mail. Solange é mestre em Sociologia, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Atualmente é pesquisadora do Iser Assessoria. Confira a entrevista. Continue lendo

El 25% de los niños abre su perfil en las redes sociales

[El País, 18 abr 11] En España, el 28% de los menores entre nueve y doce años tiene cuenta en alguno de estos servicios en Internet, según un estudio de la Comisión Europea

Un 25 % de los menores tiene abierto el acceso a su perfil en las redes sociales a cualquier persona que desee consultarlo, según indica hoy una encuesta elaborada por la Comisión Europea. Además, uno de cada cinco de estos menores con el perfil accesible ha introducido datos como su dirección o su número de teléfono, que, de este modo, son visibles para todo el mundo. Las empresas propietarias de estas redes “deberían hacer inmediatamente que los perfiles de menores fueran accesibles solo para su lista de contactos aprobados”, ha señalado en un comunicado la comisaria europea de Agenda Digital, Neelie Kroes.

Kroes considera que las cuentas de menores de edad no deberían poder encontrarse mediante buscadores en línea y urgió a todas las compañías que aún no lo hayan hecho a firmar el código de buenas prácticas para las redes sociales impulsado por la Comisión. “Un creciente número de niños están en las redes sociales pero muchos de ellos no toman las medidas necesarias para protegerse en línea. Estos niños se están exponiendo a que les hagan daño y son vulnerables a acosadores”

Según el estudio, un 38% de los menores europeos entre nueve y doce años está presente en alguna red social, una cifra que aumenta hasta el 77 % para los menores entre trece y dieciséis años. En España, un 28 % de los niños entre nueve y doce años tiene una cuenta en una red social, diez puntos menos que la media europea, aunque para el caso de los adolescentes entre trece y dieciséis el total sube por encima de la media hasta el 81 %. Francia, con un 25 %, y Holanda, con un 70 %, son, respectivamente, los países con un menor y mayor porcentaje de niños entre los nueve y los doce años presentes en las redes sociales.

Elite do Twitter é responsável por 50% das mensagens

Conforme estudo, um pequeno grupo de perfis domina o microblog

[Veja, 29 mar 11] Metade de todas as mensagens lidas ou compartilhadas entre os 200 milhões de usuários cadastrados do Twitter é produzida por apenas 20.000 pessoas (0,01%). Esta é a conclusão de uma análise feita pelo Yahoo! de 260 milhões de tweets postados entre 28 de julho de 2009 e 8 de março de 2010 no microblog.

Para os pesquisadores, os perfis de celebridades, blogueiros, representantes dos meios de comunicação e outras organizações formais compõem uma elite responsável por aproximadamente 50% de todo o material compartilhado na rede. Segundo o estudo, a maioria das mensagens que ganham repercussão no microblog é produzida pela imprensa ou divulgada por celebridades.

Unidirecional – De acordo com os dados levantados pela pesquisa, a média de seguidores de cada indivíduo é menor que o número de perfis que cada pessoa segue. Para os especialistas, essa característica faz do Twitter uma ferramenta menos social do que o Facebook. “O gráfico de seguidores não confirma as características usuais de uma rede social, onde há muito mais reciprocidade”, explicam Shaomei Wu, da Universidade Cornell, e Winter A. Manson, Jake M. Hofman e Duncan J. Watts, pesquisadores do Yahoo! . “O Twitter se assemelha a uma ferramenta de comunicação de massa unidirecional”.

Em virtude do aniversário de cinco anos do Twitter, a companhia, sediada em São Francisco, divulgou no começo deste mês que cerca de um bilhão de tweets são enviados por semana. A média de mensagens publicadas por dia é de 140 milhões e o número de registrados na ferramenta supera o montante de 200 milhões.

Sites pornôs são procurados 3.000 vezes por minuto no mundo

[Folha SP, 28 mar 11} As tentativas de acesso a sites de conteúdo adulto chegam a, em média, 3.000 vezes por minuto, em um total diário de 4 milhões, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela empresa de segurança on-line Kapersky Lab.

As estatísticas globais da empresa demonstram que os bloqueios ocorrem principalmente à noite, com maior número de tentativas por volta das 23h.

Especificamente na América Latina, as detecções acontecem no fim do dia, no período entre 15h e 20h, com pico às 16h.

De acordo com a companhia, trata-se do horário em que as crianças que estudam pela manhã chegam em casa, após as atividades vespertinas –a partir das 18h, o índice passa a cair, pois os pais estão chegando em casa.

“O cuidado com a educação digital dos filhos é importante, mas há perigos ainda maiores, como o roubo de identidade e as perdas financeiras e de dados pessoais”, diz a companhia, em nota. Segundo estatísticas da Kaspersky, no Brasil são produzidos 36% dos códigos maliciosos para roubo de dados bancários existentes no planeta.

“Logins de acesso de e-mail, internet banking e de redes sociais; números de CPF e telefones; e endereço são informações valiosas para os cibercriminosos. Em 2010, os brasileiros representaram cerca de 1,5% das vítimas de golpes virtuais e o país ocupa a 15ª posição na lista das nações mais atacadas no mundo”, informa a companhia.

Médicos alertam para uso do Facebook e depressão entre jovens

[Folha SP, 28 mar 11] O alerta de um grupo de médicos influentes dos EUA adicionou o termo “depressão Facebook” aos possíveis danos relacionados às redes sociais, em referência a uma condição que pode afetar adolescentes obcecados pelo site.

As novas diretrizes para redes sociais da American Academy of Pediatrics, associação norte-americana de pediatria, foram publicadas nesta segunda-feira no periódico “Pediatrics”.

Alguns pesquisadores discordam da decisão. Para eles, o problema pode ser uma extensão da depressão que algumas crianças sentem em outras circunstâncias, ou uma condição distinta ligada ao uso do site.

Mas há aspectos singulares do Facebook que podem torná-lo difícil de navegar para crianças que já lidam com baixa autoestima, disse Gwenn O’Keeffe, pediatra de Boston e principal autora das novas diretrizes.

Registros dos amigos, atualizações de status e fotos de pessoas felizes no Facebook podem fazer como que algumas crianças se sintam mal por pensarem que não estão à altura.

Pode ser mais doloroso do que sentar-se sozinho na lanchonete da escola lotada ou do que outras situações da vida real, disse O’Keeffe, pois o Facebook oferece uma visão distorcida do que realmente está acontecendo. Na rede não há nenhuma maneira de ver as expressões faciais ou ler a linguagem corporal que fornecem o contexto das experiências. Continue lendo

Adolescentes e Internet (Kids on Line) ~ Rudá Ricci

[Publicado em Rudá Ricci, 24 mar 11] PESQUISA LONDON SCHOOL OF ECONOMICS: ADOLESCENTES E INTERNET

Pesquisa completa AQUI

1. Cerca de 70% das crianças europeias começa a usar a internet por volta dos sete anos. Quase 100% daquelas com idade entre nove e 16 anos navegam na Web e a grande maioria navega todo dia a partir de casa (87%). Este é o primeiro resultado de uma pesquisa realizada pela London School of Economics no ano passado, com mais de 25.000 crianças de 25 países da Europa. O objetivo do estudo “Kids on line” (crianças conectadas) é revelar a relação dos jovens com a internet, suas formas de consumo e, principalmente, sua consciência a respeito dos riscos que podem representar a navegação.

2. Metade das crianças europeias navega na Web no seu próprio quarto e 35% o fazem no seu celular. Isto mostra um uso mais particular e pessoal da tecnologia. Este uso pessoal, longe da presença de adultos, diminui a probabilidade de que as crianças conversem com suas famílias sobre o que fazem enquanto navegam, principalmente em relação aos riscos ou situações difíceis que possam encontrar.

3. Cerca de 60% das crianças possui perfil em alguma rede social. Incluindo 25% dos que tem entre nove e dez anos; 50% dos que tem entre 11 e 12 anos, e 75% daqueles que tem entre 13 e 14 anos. Vale lembrar que pelo regulamento das redes sociais, só podem ter um perfil aqueles maiores de 14 anos. É interessante verificar que entre todos aqueles que estão em uma rede social (incluindo 85% dos que tem 15 e 16 anos), um em cada três tem um perfil público, o que significa que além de serem lidos por seus amigos, podem ser acessados por qualquer pessoa que navega na internet. Continue lendo