Arquivo da categoria: Cibercultura

Internet remodela o cérebro e prejudica poder de concentração dos jovens, diz novo e polêmico estudo

O Globo, 11 fev 10

Os jovens estão perdendo a capacidade de concentração por causa da internet, diz um novo e polêmico estudo da University College de Londres. Segundo os pesquisadores, a revolução digital estaria remodelando o funcionamento do cérebro de crianças e adolescentes, tornando-as mais hábeis para executar tarefas múltiplas, mas prejudicando o poder de concentração. A descoberta corrobora a ideia de que a internet e os aparelhinhos eletrônicos não estão apenas mudando o comportamento das pessoas, mas também a maneira como elas pensam.

O pesquisador David Nicholas, da Universidade College London, avaliou a capacidade de 100 voluntários e pediu para que respondessem a uma série de questões a partir da navegação na internet. Os primeiros resultados mostraram que aqueles entre 12 e 18 anos gastam menos tempo na busca pela informação antes de darem a resposta do que os voluntários mais velhos. Este grupo de 12 a 18 anos, em média, respondeu a uma pergunta depois de olhar metade do número de sites e gastar 1/6 do tempo olhando a informação quando comparado ao grupo mais velho.

Os adolescentes que cresceram no mundo da web se destacaram na realização de tarefas múltiplas. Os voluntários mais jovens – nascidos depois de 1993 – também consultaram mais as respostas dos amigos ao invés de buscarem suas próprias informações e deram respostas mais incompletas. Os mais novos também usaram a internet de uma maneira diferente dos mais velhos: navegaram por um maior número de sites e raramente voltavam para uma mesma página duas vezes.

– A maior surpresa foi que os jovens pareciam estar saltando na web. Eles entravam em sites, olhavam uma ou duas páginas, e continuavam em frente. Ninguém pareceu se dedicar um tempo maior a qualquer assunto – diz Dave Nicholas.

Esse novo modo de pensar estaria associado uma capacidade menor de lidar com disciplinas lineares, como leitura e escrita, porque as mentes dos jovens estariam remodeladas para pensar de uma maneira diferente.

– Está claro que, para o bem ou para o mal, essa nova geração está sendo remodelada pela web – garante o psicólogo Aleks Krotoski, ligado ao estudo.

O cientista político David Runciman, da Universidade de Cambridge, conta a sua experiência em sala de aula:

– Todos os alunos no primeiro dia de aula perguntam: ‘o que teremos que ler?’ Quando digo que será um livro, todos reclamam, como se não fizessem isso há dez anos. Para logo depois perguntarem: ‘De quantas páginas?’.

Adolescentes estão perdendo interesse nos blogs, indica pesquisa

BBC Brasil, 4 fev 2010

Os internautas mais jovens estão perdendo o interesse nos blogs e se voltando cada vez mais para formas mais curtas e portáteis de comunicação pela rede, enquanto a popularidade dos blogs entre os mais velhos se mantêm inalterada, segundo indica uma pesquisa americana.

Segundo o estudo feito pelo Pew Research Center, o número de jovens internautas americanos entre 12 e 17 anos que escrevem blogs caiu de 28% para 14% desde 2006.

Os adolescentes que disseram ter feito comentários em blogs de colegas caiu de 76% para 52% no mesmo período.

A pesquisa indica que os adolescentes vêm preferindo colocar postagens curtas em sites de redes sociais ou de micro-blogging, como o Facebook ou o Twitter, ou acessar a internet pelo telefone celular.

Ao mesmo tempo, a proporção de internautas adultos que disseram manter um blog na rede se manteve constante de 2006 para cá, em cerca de 10%.

Apesar de a popularidade dos blogs ter se mantido constante de uma maneira geral entre os adultos, a pesquisa mostra uma diferença clara quando analisados os dados entre os grupos por faixas etárias específicas.

A proporção de internautas entre 18 e 29 anos que mantêm um blog caiu de 24% para 15% desde 2007, enquanto entre os internautas com 30 anos ou mais essa proporção cresceu de 7% para 11%.

Redes sociais

Se por um lado a popularidade dos blogs tradicionais vem caindo entre os mais jovens, segundo indica a pesquisa, os dados mostram um envolvimento cada vez maior dos adolescentes em redes sociais na internet.

Segundo um estudante ouvido pela pesquisa, os adolescentes estão perdendo o interesse nos blogs porque eles precisam de rapidez e “as pessoas não acham a leitura tão divertida”.

De acordo com o estudo da Pew, 73% dos adolescentes americanos disseram usar sites de relacionamento social atualmente, contra 55% em novembro de 2006 e 65% em fevereiro de 2008.

A pesquisa indica ainda um aumento da popularidade do acesso à internet pelo celular – 55% dos jovens entre 18 e 29 anos e 27% dos adolescentes de 12 a 17 disseram acessar a rede dessa maneira.

Outro resultado interessante da pesquisa é que, ao contrário da maioria dos sites de relacionamento ou micro-blogging, o uso do Twitter é mais popular entre os adultos jovens do que entre os adolescentes.

Segundo o estudo, 8% dos adolescentes leem postagens ou escrevem no Twitter, contra 19% dos adultos maiores de 18 anos. Na faixa etária entre os 18 e os 29 anos, o uso da rede de micro-blogging chega a 37%.

“Mídias do futuro / Futuro das mídias”

Matthias Horx é considerado o mais destacado pesquisador de tendências e do futuro nos países de língua alemã. Seu Instituto do Futuro, com sede em Frankfurt do Meno, é um think tank da pesquisa do futuro.

Entrevista: Martin Orth, na Deutschland Online

1. A sociedade da informação está cada vez mais intrincada. A todo momento, novas tecnologias abrem espaço para novas fontes de informação. Como o senhor pessoalmente usa as mídias?

Como alguém que foi criança e jovem no século passado, sou naturalmente um analogista. Eu amo livros, revistas, palavras impressas. Meus filhos também gostam, embora tenham crescido com o computador. Fora isso, sou um multitoxicólogo de mídias. Eu navego em todas as plata­formas midiáticas, sejam elas quadradas na forma de um monitor ou lisas e palpáveis como um livro sólido. E isto 24 horas por dia. Eu também brinco com meus filhos, de jogos online no computador e, assim, tenho outra visão da realidade digital. Ela pode de fato proporcionar muito prazer, menos aos velhos paranóicos que, em cada esquina, preveem o fim do mundo.

2. As novas mídias tornaram muitas coisas mais simples e rápidas, mas vieram acompanhadas de fenômenos como o isola­mento social. É preciso aprender a conviver com as mídias?

Considero a ideia do “isolamento através das mídias” uma besteira. Solitários foram os homens que, no passado, viviam em vales distantes, no interior, quando ainda não havia sequer telefone. Hoje, tais pessoas talvez sejam solitárias porque são neuróticas ou depressivas. No final das contas, as mídias conectam todos à grande corrente, trate-se de informação detalhada ou lixo profano. É natural que as pessoas precisem de um certo tempo para conhecer um novo meio, mas elas também possuem habilidade para tal. Pense quanto tempo a alfabetização durou. Se compararmos, as pessoas adap­tam-se aos meios eletrônicos incrivelmente rápido. Entretanto, não é qualquer um que consegue aproveitar as possibilidades sociais e de conhecimento pela internet. Ainda há muitos consumidores passivos. Para eles, a internet é, na melhor das hipóteses, um bom meio de consulta. No fundo, é uma questão de formação. Quem estudou, é curioso e ambiciona a ascensão social, usa as novas mídias com maior intensidade.

3. Jovens não se motivam a ler jornais, enquanto as pessoas mais velhas têm dificuldade com redes sociais na internet. As mídias estão dividindo nossa sociedade? As mídias estão promovendo a individuali­zação da sociedade?

Este último ponto até que seria bom, pois, para mim, individualização é um termo positivo. Nós todos desejamos nos tornar indivíduos diferentes uns dos outros, cada um com sua personalidade, não é? E mídias de todos os tipos servem, no fim das contas, a este propósito. Também as telenovelas têm, como muitos estudos já mostraram, aspectos educativos e emancipativos. Quem acompanhou durante toda a vida a novela de tevê Lindenstrasse, aprendeu a diferenciação social, a tolerância e o humanitarismo. E os mais velhos estão recuperando rapidamente o tempo ao aprender a usar a internet.

4. A mudança no cenário da comunicação atinge igualmente rituais sociais como a leitura matinal do jornal ou o assistir coletivo ao futebol?

Sim e não. Assistir futebol em grupo é um acontecimento de grupo, que está profundamente ancorado em nossos genes. As pessoas, sobretudo os homens, vão provavelmente fazer isto até que o Sol esfrie. É um ritual. A leitura matinal de jornal também já foi um ritual, com o qual sobretudo homens podiam justificar sua falta de comunicação no café da manhã. Ou seja, jornais têm ainda outras finalidades além de informar. São escudos protetores do mau humor matinal e proteção à privacidade em ambientes públicos, como cafeterias e aeroportos. Estou certo de que as pessoas vão encontrar um substituto, caso algum dia o jornal impresso desapareça. Talvez grandes monitores flexíveis de computador, que se possa usar como para-vento ou véu.

5. Fala-se que as novas mídias eliminam as tradicionais. Como será a mescla dos meios de comunicação daqui a 20 anos?

Somente em casos raros as novas mídias eliminam as antigas por completo. Em geral, há uma nova mescla ou um com­plemento. Quando surgiu a televisão, diziam que o cinema morreria, e a internet já deveria ter assassinado ambos há muito tempo. Absurdo. Em 20 anos, a internet terá se tornado uma “omninet”. Estará em todos os lugares e em nenhum deles. Será a plataforma na qual vão estar todos os conteúdos. Mas os aparelhos de re­produção ainda serão diferenciados. Ainda haverá livros e revistas, talvez até mesmo mais bonitos, preciosos e com cheiro melhor. E monitores dobráveis, como papéis. A questão decisiva será o quanto nossas habilidades cognitivas terão se desenvolvido.

6. O senhor prevê um “digital backlash”, ou seja, um golpe, um retrocesso na euforia da internet. Por que razões? Ele já começou? E quais serão suas consequências?

Ele acontece diariamente, toda vez que alguém não encontra na internet uma utilidade que os visionários dos anos 1990 prometeram. Existe uma tendência sutil do off-line. Um número expressivo de pessoas considera a maré de imagens e áudios enervante e perturbadora e tem priorizado novamente as experiências físicas, palatáveis, pessoais, em tempo real. A internet não cumpre, muitas vezes, o que promete. E ainda temos uma grande parte da população que não tem condi­ções de usar a internet como meio de rede, porque não tem formação suficiente para isso ou não domina as técnicas sociais. Somente aproveitamos o potencial da rede como meio de conhecimento quando nós também pensamos, perguntamos, comunicamos e trabalhamos em rede.

7. Isto significa um retorno às mídias clássicas?

A internet já transformou os jornais, ao torná-los mais curtos, concisos e, muitas vezes, melhores. Ela está funcionando como um fator de seleção. As mídias inexpressivas, excessivas, serão extintas; as demais se transformarão.

8. Vejamos a mídia impressa. Quais são seus pontos fortes? Qual seu futuro?

Acho que esta categoria não terá sentido no futuro. Não haverá mais uma “mídia impressa”, porém determinadas marcas de mídia, que irão sempre se diferenciar quanto a conteúdo, qualidade, acesso mundial, ideologias. Uma revista como a americana Wired já é hoje um produto midiático em muitos canais e assim são também os jornais, forma crescente. A revista Der Spiegel será, no futuro, domicílio de uma determinada visão de mundo, seja em papel, no celular ou no monitor. Um veículo que permanecer apenas impresso será uma mídia bastante isolada.

9. Como o senhor vê os modelos de negócios para os fornecedores de conteúdo?

Muito diverso. Alguns ainda irão ganhar dinheiro no setor de qualidade. Outros cumprirão sobretudo funções sociais e viverão com modelos de clube e gratui­dade, ou seja, modelos de negócios nos quais determinados serviços básicos serão oferecidos gratuitamente e somente ofertas extras representarão faturamento. E ainda haverá outros que irão despedir-se de conteúdos puros e venderão serviços e acessos. Jornais regionais, por exemplo, poderão evoluir para provedores de ser­viços completos que, além de jornal, também fornecerão eletricidade, água e crédito.

10. Contra as expectativas, o rádio tem se saído extraordinariamente bem neste cenário de mudança na área de comunicação. A que o senhor atribui este fenômeno?

Rádio é simples e descomplicado, uma legítima tendência retrô contra a veloz mudança no mundo dos meios de comunicação, no qual não se entende mais nada. No rádio, uma pessoa fala para a outra. É algo simplesmente bonito.

11. Na comparação internacional, o senhor percebe algum fenômeno alemão no uso das mídias?

Não, os alemães são apenas mais tensos e, a cada novidade, desconfiam primeiro que o fim do mundo se aproxima, antes de então se tornarem fãs absolutamente fiéis.

12. Em filmes de ficção científica, fenômenos atuais são, com frequência, simplesmente projetados para o futuro. Como se faz isto na pesquisa do futuro? Como os senhores chegam às conclusões?

Através de pesquisas obstinadas e correções permanentes na formação do modelo. Nós, naturalmente, também projetamos o futuro. Só temos que fazê-lo de forma mais inteligente e mais diferenciada que nossos antecessores.

13. A futura paisagem midiática ainda mudará outras ferramentas, as quais nós hoje mal podemos vislumbrar?

Um exemplo: entrevistas por e-mail como esta serão diálogos no futuro. Eu poderia também lhe perguntar, o que o senhor pretende com sua pergunta ou por que quer saber algo…

09.11.09

Ocho de cada diez usuarios de Twitter lo usan con fines profesionales

EUROPA PRESS, 02.02.2010

Ocho de cada diez usuarios de Twitter usan esta red social para establecer y mejorar sus contactos profesionales, según se desprende del primer estudio sobre Twitter como generador y difusor de innovación, que ha sido patrocinado por la Comunidad de Madrid.

El estudio, presentado por el gerente adjunto del Instituto Madrileño de Desarrollo (IMADE), Alvaro de Arenzana, y el director de Cool Insights, Víctor Gil, tiene como principal objetivo explicar cómo y por qué la red social de los 140 caracteres se ha convertido en un referente de generación y difusión de la innovación. El primer estudio Twitter como generador y difusor de innovación analiza los datos recogidos sobre una muestra de más de 1.000 usuarios de esta red de microblogging.

  • El estudio ha detectado un cambio en el último año en el perfil de usuario de Twitter: la edad media de los usuarios ha pasado de los 28 años en 2008 a los 33 años en 2009. También se ha producido un incremento del número de mujeres que utilizan la aplicación con respecto al 2008 (22% frente a 31%) y ha aumentado un 13% el número de usuarios que utilizan Twitter varias veces al día, pasando de un 48% en 2008 a un 79% en 2009.
  • En cuanto al uso que éstos hacen de la aplicación, el estudio resalta que se ha cuadriplicado en aquellos que hacen un uso estrictamente profesional (5% frente a 21% en 2009), mientras que los que lo utilizan sólo por un interés personal ha caído a la mitad (50% frente a 21%). Se ha duplicado también, el número de personas que sigue a medios de comunicación y a empresas.
  • El estudio también analiza tres características de Twitter que hacen que este sea un espacio que favorezca y fomente la innovación y el intercambio profesional. Es un espacio de difusión e intercambio de conocimiento: para el 54% de los usuarios estudiados, Twitter es un lugar excelente para mantenerse al día de lo que ocurre en Internet. A menudo lo utilizan para compartir noticias (64%), o links a páginas que se consideran de interés (60%).
  • Es un espacio que favorece la creatividad, donde las ideas y propuestas fluyen: el 46% de los usuarios, utiliza Twitter para comunicar ideas o reflexiones, y lo que es más importante, más de 86% de los usuarios retuitea las actualizaciones de sus contactos, lo que favorece la circulación de ideas. Además se trata de un lugar en el que se configuran redes sociales: el promedio de follower en la red es de 226 contactos, el 82% es seguidor de gente con la que no tiene un contacto directo, y el principal motivo para decidir si seguir a un nuevo contacto es el interés que suscita lo que tuitea (7,8 en una escala de 0 a 10).
  • En tercer lugar, el estudio presenta las conclusiones que convierten a Twitter en una herramienta que fomenta y promueve la innovación. A diferencia de otras redes sociales, en Twitter los intereses profesionales están conectados con los personales y más de la mitad de los usuarios interactúa personal y profesionalmente (57%) en la red. El 78 por ciento de los usuarios lo utilizan profesionalmente, y destacan de él que es una herramienta útil para mejorar profesionalmente (68%), promocionarse (75%) o relacionarse con otros expertos del sector (87%).
  • Además, el 96% de los encuestados reconoce que es un espacio idóneo para conocer gente con ideas y proyectos interesantes, el 86% afirma que favorece la colaboración entre profesionales, y el 80% lo utiliza para hacer networking, al ser un espacio en el que tiene lugar la conversación de una manera activa.
  • Por último, Twitter representa el paradigma del “always on”, ya que más de 81% accede a él varias veces al día y los usuarios dedican de promedio más de una hora diaria a estar conectados a la Red.

El filósofo alemán Jürgen Habermas vuelve locos a los usuarios de Twitter

Do portal 20minutos

Ya hace tres décadas, el filósofo y sociólogo alemán Jürgen Habermas entendía que el cambio social debía darse en el ámbito de la comunicación y del entendimiento entre los sujetos.  Tal vez por esa razón los usuarios de Twitter no se sorprendieran demasiado al descubrir que el pasado 6 de noviembre el pensador, de 81 años, se había dado de alta en esa red social.

“Estados Unidos y China deberían sentir vergüenza de su acuerdo en Copenhague”, “Internet ha reactivado las bases de una esfera pública igualitaria de escritores y lectores”, “la Red introduce nuevos elementos en la comunicación. Además, puede menoscabar la censura de los regímenes autoritarios”, escribió en su Twitter @jhabermas.

El anuncio en The Guardian de que Habermas era usuario de una red social provocó que su página obtuviera en poco tiempo más de 6.000 seguidores. Sin embargo, las teorías que el filósofo despachaba online pusieron en aviso a algunos seguidores. ¿Por qué razón casi todos los tweets eran textos copiados de su trabajo de 2006 Comunicación política en la sociedad de los medios de masas? ¿Por qué se limitaba a copiar y pegar sus teorías ya ampliamente divulgadas?

Fue el propio autor del perfil firmado como jhabermas, Jonathan Stray, quien el pasado 1 de febrero reveló que él había sido el usuario que se escondía detrás de ese nombre.

“Por favor, disculpadme por haceros creer  (al menos, a algunos de vosotros), que yo era Habermas”, escribió en la red social.

El asunto ha hecho que The Guardian haya tenido que reconocer su error, mientras varias personas se cuestionaban la capacidad de Twitter para garantizar la autenticidad de la información que un usuario proporciona sobre él mismo.

El asunto también ha demostrado, sin embargo, que los usuarios también están interesados en los planteamientos teóricos de ciertos filósofos, y no sólo en banalidades, como indica el diario, que invita a otros filósofos a sumergirse en el mundo de las redes sociales.

Site localiza capítulos da Bíblia geograficamente

O site “BibleMap.org” é o primeiro a localizar todos os capítulos da Bíblia geograficamente.

Basta digitar o capítulo desejado e, através de um aplicativo do Google Maps, ele identificará a exata localização em que se passou a história, além de disponibilizar o capítulo em inglês.

A página foi desenvolvida por funcionários do “HeLives.com”, um site religioso. Segundo a descrição do “BibleMap”, “[…]a motivação para criar o site foi simples: criar um ‘atlas’ gratuito da Bíblia com o Google Maps. Nós esperamos que a página seja uma benção para você e o ajude a deixar o livro da Bíblia mais vivo em sua vida”.

Fonte: POP News (via Portal O Verbo)

Nativos vs. imigrantes digitais: o atual conflito virtual na publicidade

Por Leonardo Rios, na Revista Webdesign

De cara já falo que sou um “Nativo Digital”. Mas o que é isso? Nasci e cresci em uma geração que tem em seu interior a cultura virtual desde sua infância até os dias atuais. Com três anos, ganhei minha primeira televisão, com cinco meu primeiro videogame e com 12 meu primeiro computador, um Pentium 166 com 4GB de HD: top de linha na época.

Esses são os “nativos digitais”: aqueles que nasceram a partir dos anos 80 e acompanharam uma evolução tecnológica completamente acelerada, com mudanças enormes em curtíssimos períodos de tempo e inserida em uma linguagem nova, onde o teclado e o mouse são os maiores acompanhantes durante todos os dias. Pen-drivers então? Essas são indispensáveis. Já vêm até na lista de material escolar.

Trabalhamos, estudamos e nos divertimos na frente de uma tela, conectados à internet. E se ela “cair”, ficamos completamente perdidos, sem saber como fazer nada. Somos verdadeiros dependentes, tendo o Brasil 64,5 milhões de usuários que passam em média 25% do seu tempo na rede.

Em contrapartida, lidamos com uma geração que precede a nossa, onde, salvo exceções, são leigos em assuntos virtuais, ou seja, não “falam nossa língua”. Esses são os “Imigrantes Digitais”. Tudo é mais difícil, desde descobrir funcionalidades de um novo programa de computador, até entender o porquê é importante estar na internet, seja como forma de pesquisa ou de divulgação de seus negócios e empresas. E é aí que começa o conflito.

Como em todo tipo de migração, aprender a nova língua – e seus costumes – é algo difícil e demorado. Twitter, Flickr, Facebook, MySpace, Plurk, Widget, LastFM, Orkut, Delicious, Blog, Flashmob, Hotsite e outros milhares de termos são complicados de se familiarizar. E entender os benefícios que eles podem trazer para uma marca é algo mais complicado ainda.

Em sua grande maioria, presidentes, diretores e donos de empresa são esses imigrantes. Vieram da geração televisão e ainda não entendem que, atualmente, ela é só uma companheira em todos os lares. Fazendo uma comparação grosseira, ela é um rádio com imagens, que ligamos para não nos sentirmos sozinho enquanto navegamos pela internet. Por serem dessa geração, continuam investindo a maioria da sua verba publicitária nestes veículos do passado, apesar de saber que necessitam estar de alguma maneira na web. Eles só não entendem como e quem procurar para instruí-los nessas horas.

Nesse momento, aparece outra grande questão colocada pela grande maioria destes imigrantes: por que uma campanha on-line não custa R$1.000,00? Parece-me algo tão simples… Bastam meus produtos ali, alguns cliques e pronto. Está ótimo! E foi ao longo dessas conversas e reuniões que cheguei a uma conclusão da qual tenho certeza ser a maior responsável por essa percepção sobre a web: a intangibilidade de uma campanha digital. Como pagar caro por algo intangível, que não possui matéria-prima (na teoria) e não se vê nas ruas, bancas de jornal e televisão?

É nessa hora que eu explico a complexidade que envolve uma estratégia digital acertada. Para que se obtenha resultado em qualquer segmento, você precisa ter o melhor nas mãos. E esse melhor sempre tem um custo um pouco mais alto. Para desenvolver um simples site, uma agência passa por uma série de etapas que vou resumir abaixo:

Reunião com Cliente > Briefing > Brainstorm Criativo > Planejamento de Mídia > Levantamento de Custos > Elaboração de Proposta Comercial Personalizada > Reunião de Entrega Comercial > Elaboração de Contrato > Elaboração de Layout > Programação em Diversas Linguagens > Mudanças do Cliente > Depuração de Bugs > Entrega Final > Relatório de Mensuração de Resultados. Isso sem contar na capacidade criativa, pois boas ideias são imensuráveis, não possuem um preço determinado.

Vendo tudo isso, dá para imaginar quantos profissionais estão envolvidos no processo, não é? Em um simples projeto, temos pelo menos duas pessoas focadas no atendimento, um trio de criação contendo um Designer, um Programador e um Redator, um Diretor de Criação, Departamento Jurídico e Financeiro e um profissional de planejamento…

Isso sem contar com custos fixos e depreciação de materiais caros e máquinas de última geração para suportar os melhores programas da atualidade, o que faz com que tenhamos que mudar 90% da estrutura maquinaria da empresa a cada dois anos no máximo. E isso é o básico. Projetos de maior complexidade envolvem diferentes linguagens de programação, interações e “aplicabilidades”: PHP, ASP.net, AS 3.0, Java, Ruby on Rails, entre outras.

Felizmente, pesquisas mostram uma grande evolução nesta área, com uma perspectiva alta da internet ultrapassar outros meios de comunicação devendo se tornar o principal veículo publicitário em menos de três anos na Europa.

Por aqui, ela ainda é responsável por somente 4% do investimento publicitário, sendo a métrica de mensuração de resultados uma das maiores responsáveis pela desconfiança dos investidores, pois ainda não entendem como o calculo é feito e os resultados são atingidos.

Dentre em breve, nativos e não nativos digitais estarão cada vez mais juntos e com a mesma maneira de pensar, descobrindo milhares de novas possibilidades e utilidades para a maior rede do mundo. E esta é a maior notícia que nosso mercado pode ter, provando a importância de profissionais cada vez mais qualificados e soluções cada vez mais criativas.

Por Leonardo Rios
Bacharel em Propaganda e Publicidade, com ênfase em Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM), pós-graduado em Gestão de Design pela ESPM-RJ e sócio da Zign Marketing Digital .

O limite do ser humano é ter 150 amigos?

Da Veja

Um estudo da Universidade de Oxford divulgado recentemente e em destaque no The Times nesta segunda-feira levantou uma possível importância que o número de Dunbar tem na relação social entre humanos. Segundo a pesquisa, o cérebro humano é capaz de administrar em redes sociais, no máximo, 150 amigos.

Robin Dunbar, antropólogo da instituição e autor da pesquisa, conseguiu pela primeira vez comprovar no mundo on-line a teoria que defendia na década de 90. Na época, o cientista concluiu a partir de observações de vários grupos que a capacidade de manter circulos sociais não passava do número 150, independente do grau de sociabilidade de cada pessoa.

Na web, a teoria já foi questionada. Em fevereiro, o sociólogo Cameron Marlow descobriu que um internauta comum consegue estabelecer uma relação estável com o próximo com no máximo 120 contatos em  perfis no Facebook. Russerd Bernard, da Universidade da Flórida, concluiu que, nos Estados Unidos, os laços de amizade de uma pessoa podem chegar a 290.

Essas limitações existem devido a capacidade do neocórtex cerebral, que não se desenvolveu durante a evolução do homem. Em pouco tempo, o registro foi tão valorizado na internet que já existiram redes sociais que o adotavam para definir critérios de ingresso às plataformas participativas.

A rede social aSmallWorld, considerada como “Orkut dos ricos”, usou este discurso para defender seus princípios de uso e, claro, alcançar valorização e alarde em torno de seu serviço.

A construção do mito de que as novas tecnologias poderiam superar tal limitação não é o único fato que mais chama atenção. O estudo corrobora a premissa de que o internauta, hoje, reforça mais laços construídos de forma offline (cotidiano) do que propriamente criar novas amizades virtuais.

Produção científica do Brasil ultrapassa a da Rússia

Stack of newspapers

Da BBC Brasil

A produção científica brasileira ultrapassou a da Rússia, antiga potência na área, caminha para superar também a da Índia e se consolidar como a 2ª maior entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo levantamento feito pela Thomson Reuters.

O levantamento acompanhou a produção científica nos quatro países com base na análise das 10.500 principais revistas científicas do mundo.

Segundo a pesquisa, a produção brasileira avançou de 3.665 para 30.021 artigos científicos publicados entre 1990 e 2008. No mesmo período, a produção russa manteve-se estável – o número de 1990, de 27.603 artigos, é praticamente o mesmo que o de 2008 – 27.605 artigos.

A produção científica da Índia, que em 1990 contabilizava 13.984 artigos publicados, chegou a 38.366 artigos em 2008.

Se o índice de aumento da produção científica dos países se mantiver, o Brasil deverá ultrapassar a Índia nos próximos anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica chinesa, que em 1990 ainda estava atrás da russa e da indiana, com 8.581 artigos, chegou a 2008 com 112.318 artigos, numa expansão que, se mantida, verá a China ultrapassar os Estados Unidos e se tornar líder mundial em produção científica até 2020.

Dados revisados

Segundo Jonathan Adams, diretor de avaliação de pesquisas da Thomson Reuters, os dados dos levantamentos foram revisados após 2007, para evitar que a base de revistas científicas analisadas refletisse um viés pró-países desenvolvidos.

“A revisão dos dados levou a uma considerável elevação do número de artigos científicos de China, Brasil e Índia. Porém essas elevações refletiram tendências já evidentes nos dados, em vez de mudar a trajetória geral”, explicou Adams à BBC Brasil.

Segundo ele, os dados dos últimos anos já indicavam que a produção brasileira superaria a russa, o que ficou expresso nos números de 2008, mas ele observa que, se a base de análise já tivesse sido revista antes, isso já teria acontecido há vários anos.

De acordo com os últimos dados compilados, de 2008, a produção científica brasileira naquele ano representou 2,6% do total de 1.136.676 artigos publicados em todas as 10.500 revistas analisadas. Em 1990, o Brasil tinha apenas 0,6% da produção mundial.

A produção científica americana – 332.916 artigos em 2008 – ainda representa 29% de todos os artigos publicados no mundo, enquanto a chinesa é de 9,9%. Em 1990, porém, os Estados Unidos tinham 38% de toda a produção científica mundial, enquanto a China respondia por apenas 1,4% do total.

No mesmo período, a produção russa, que já foi considerada uma das mais avançadas do mundo, passou de 4,7% do total em 1990 para apenas 2,4% em 2008.

A produção indiana, por sua vez, teve sua participação no total mundial elevada de 2,3% para 3,4% no período, numa elevação proporcionalmente menor que as da China e do Brasil.

Gastos

Em sua análise da produção científica do Brasil, a Thomson Reuters observa que os gastos com pesquisa e desenvolvimento no Brasil chegaram em 2007 a quase 1% do PIB, proporção inferior aos cerca de 2% gastos nos Estados Unidos e na média dos países de desenvolvidos, mas ainda bem acima de outros países latino-americanos.

Segundo o levantamento, o Brasil tem 0,92 pesquisador para cada mil trabalhadores – bem abaixo da média de 6 a 8 pesquisadores por mil trabalhadores dos países do G7, o grupo das nações mais industrializadas do planeta.

Apesar disso, o documento afirma que a proporção brasileira é semelhante à de outros países em desenvolvimento, como a própria China, e que a base de pesquisadores vem crescendo.

Segundo a Thomson Reuters, o Brasil formou cerca de 10 mil novos pesquisadores doutores no último ano analisado, num crescimento de dez vezes em 20 anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica do país é mais forte em áreas como pesquisas agrícolas e ciências naturais.

A era pós-mídia de massa: a desconfiguração e descentralização da Comunicação

Head of the person from a blue 3d grid

Publicado pelo IHU On-line

Desconfigurar, descentralizar, até mesmo “explodir”. Para a doutora em Comunicação e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, o que caracteriza a “era pós-mídia de massa são justamente as práticas descentralizadas de comunicação”. “A Internet é esse lugar de desconfiguração”, afirma a professora em entrevista concedida, por email, à IHU On-Line. Continue lendo