[BBC Brasil, 3 mai 11] Nosso cérebro tende a ficar mais ativo quando nos relacionamos com pessoas que julgamos pertencer a um nÃvel socioeconômico semelhante ao nosso, dizem especialistas do Instituto Nacional de Saúde Mental, nos Estados Unidos.
Os especialistas dizem que este comportamento é determinado pela percepção que as pessoas têm das outras à sua volta. Seu trabalho foi publicado na revista cientÃfica Current Biology.
Estudos anteriores já haviam constatado que macacos se comportam desta forma, mudando seu comportamento em interações com outros macacos de acordo com sua percepção da posição do outro animal no grupo.
Estudo
Como parte do experimento, 23 pessoas com diferentes nÃveis sociais receberam informações sobre outros indivÃduos também com status sociais variados.
A equipe usou exames de ressonância magnética para medir a atividade na região do cérebro conhecida como striatum ventral, associada à sensação de prazer.
Os cérebros dos participantes que achavam ser de status social e econômico mais alto apresentaram maior atividade em relação a outros indivÃduos tidos como do mesmo nÃvel. Cérebros de voluntários com status mais baixo ficaram mais ativos em resposta a indivÃduos percebidos como de status semelhante.
Primeiras Avaliações
“A forma como interagimos e nos comportamos em relação à s pessoas que nos cercam é determinada, com frequência, pelo seu status social em relação ao nosso”, disse a responsável pelo estudo, Caroline Zink.
“Portanto, informações sobre status social são muito importantes para nós”.
A especialista acrescentou que status socioeconômico não se baseia somente em dinheiro, mas pode também incluir fatores como habilidades, proezas e hábitos.
Comentando o estudo, a psicóloga Jane McCartney, membro da British Psychological Society, disse:
“As primeiras avaliações (que fazemos do outro) são muito importantes para todos, porque estão associadas a status, aparência e dinheiro”.
“Trata-se de decidir se esta pessoa é do mesmo status e o que você precisa fazer para assegurar que ela sabe que você é de um nÃvel igual”, disse McCartney.
Segundo a psicóloga, a avaliação também tenta determinar que papel a outra pessoa pode ter na sua vida.