O número de filhos por mulher no Brasil caiu em 2010 e está abaixo do nÃvel de reposição da população, segundo dados divulgados pelo IBGE.
[BBC Brasil, 27 abr 12] Isso significa que a população total – descontando-se a imigração – está em tendência de queda, já que o número de pessoas que nasce é menor do que o número de pessoas que morre.
O nÃvel de reposição do Brasil – necessário para garantir a substituição de gerações – é de 2,1 filhos por mulher. Em 2000, a média de filhos por mulher no Brasil era de 2,38. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, referentes a 2010, esse Ãndice caiu para 1,9.
A menor fecundidade também pode sinalizar uma mudança de perfil da população brasileira, com aumentando a proporção de pessoas idosas.
Confira alguns dos destaques de uma amostra de dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira sobre o censo realizado em 2010, em comparação com 2000:
- O nÃvel de instrução da população aumentou. Desde 2010, o percentual de pessoas sem instrução caiu de 65,1% para 50,2%. A proporção de pessoas com curso superior completo subiu de 4,4% para 7,9%.
- a mortalidade infantil caiu em 47,6% – de 29,7 para 15,6 por mil crianças nascidas;
- em 2010, 45,6 milhões de pessoas (23,9% da população total) tinham algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora ou mental;
- 0,9% dos trabalhadores têm renda superior a 20 salários mÃnimas; 6,6% dos trabalhadores não têm renda; 32,7% ganham até um salário mÃnimo;
- em dez anos, o rendimento médio das mulheres subiu mais do que o dos homens – aumento de 13,5%, contra 4,1%, respectivamente. Mas as mulheres ainda ganham apenas 73,8% do rendimento médio dos homens;
- o número de imigrantes internacionais vivendo no Brasil subiu 86,7% em dez anos – de 286,5 mil para 143,6 mil;
- a proporção de uniões consensuais aumentou – de 28,6% em 2000 para 36,4%; a proporção de casamentos (civis ou religiosos) diminuiu de 49,2% para 42,9%;
- sete milhões de pessoas – ou 11,4% da população – levam mais de uma hora para chegar ao trabalho;
- o rendimento médio mensal subiu no Brasil em dez anos – de R$ 1.275 para R$ 1.345; o ganho real foi de 5,5%.