Estudo aponta que 14,9% das mortes de homens em 2009 tiveram causa violenta.
A cada cinco pessoas que morrem por causas violentas no Brasil, quatro são homens e uma é mulher. A informação faz parte das EstatÃsticas do Registro Civil de 2009, divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Segundo os dados, 14,9% das mortes de homens em 2009 tiveram causas violentas, contra 16,2% em 2002. Para as mulheres, o percentual se manteve praticamente estável desde 2002, em cerca de 4%.
A proporção de mortes violentas de homens em relação à s mulheres tem seu pico no Estado do Rio de Janeiro, onde 5,5 homens morrem por causas violentas para cada mulher. Em seguida, vêm Alagoas, Bahia e ParaÃba (com 5,3) e Pernambuco (com 5,2).
O número de mortes violentas apresentou aumento no Norte e no Nordeste (no Norte, houve aumento de 16% para 18% em cinco anos) e redução no Sudeste (de 17% para 14%).
Casamentos
Quanto aos casamentos, os dados do IBGE apontam aumento no número de mulheres casadas com homens mais novos, assim como a idade média das noivas e das mães.
Em 2009, as mulheres eram mais velhas que seus parceiros em 23% dos casamentos. Em 1999, isso acontecia em 19,3% das vezes.
A idade média com a qual a mulher casa hoje é de 26 anos (em 1999, era 24) e também aumenta progressivamente.
Houve aumento da taxa de casamentos para as mulheres entre 25 e 29 anos, e redução das faixas de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos.
Já a partir dos 60 anos de idade, as taxas de casamento dos homens são mais que o dobra que as das mulheres.
Nascimentos
A faixa entre os 20 e 24 anos de idade continua sendo a mais comum para elas casarem e terem filhos. Mas a natalidade nesse grupo caiu nos últimos dez anos (de 30,5% para 28,4%), enquanto aumentou o número de grávidas entre 30 e 34 anos (de 14,8% para 16,8%).
O número de mães com idades entre 35 e 39 anos também subiu de 6,6% para 8% no perÃodo.
Dos nascimentos ocorridos em 2009, 26,1% ocorreram fora do municÃpio de residência da mãe, o que reflete, segundo o IBGE, a falta de redes de saúde adequadas.
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Publicado no Estadão, 12 nov 2010