Pedras, é tempo de clamar! ~ por José Roberto Prado

O Pastor iraniano Youssef Nadarkhani pode ser executado a qualquer momento.

Um pai de família, pastor de um pequeno grupo, morador de um pequeno povoado, Youssef Nadarkhani é mais um cristão é condenado à morte no Irã.

Desde quarta feira, 22 fev 12, agências internacionais noticiam a decisão da justiça iraniana de executar o pastor (provavelmente por enforcamento). Na opinião de especialistas, a única forma do governo iraniano rever a decisão é através da pressão internacional.

Apesar disso, parece que a mídia impressa brasileira não vê relevância neste fato.

Parabéns ao JN da Globo que dedicou 1’53” (um minuto e cinquenta e três segundos) para abordar o tema em sua edição de 23 fev.

É claro que esta condenação afronta os direitos humanos, a liberdade religiosa, os valores universais. Mas o que causa espanto e indignação é o fato de não ver uma mobilização em protesto. E aí OAB? e aí grupos de defesa dos direitos humanos?

Que os respeitados parlamentares estejam em silêncio, posso entender… “é que esta decisão nos pegou bem no feriado de carnaval… estamos em recesso”.

Mas e o Itamaraty? E nossa Presidenta? e os ministros?

O que dizer dos apóstolos, bispos, evangelistas e pastores, com horas e horas de rádio e TV em rede nacional… Por que o silêncio diante de um irmão perseguido?

Seria muito esperar uma nota de protesto, uma corrente de email?

Talvez seja justo lembrar que muitos ainda estão de ressaca dos retiros espirituais, avanços evangelísticos, encontros de consciência… Afastamo-nos tanto do mundo que esquecemos de salgá-lo.

Fica aqui meu reconhecimento aos muitos anônimos que teimam em levantar sua voz nas redes sociais num momento como este.

Pedras, é tempo de clamar!

Veja a seguir o texto publicado no G1 e o vídeo do Jornal Nacional

O pastor evangélico Youssef Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica. Decisão da justiça iraniana provocou indignação internacional.

httpvh://youtu.be/FNUIPun_RAc

Uma decisão da justiça do Irã provocou indignação internacional e protestos de defensores da liberdade de religião. Um homem que se converteu ao cristianismo foi condenado à morte.

Youssef Nadarkhani foi preso em 2009 porque não quis que os filhos estudassem o livro sagrado dos muçulmanos – o Alcorão.

Ele se tornou cristão aos 19 anos de idade e três anos depois, já pastor evangélico, fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de Teerã.

Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica, e recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento.

Durante três anos, o caso foi examinado por cortes superiores iranianas. A esposa de Nadarkhani também foi detida, chegou a ser condenada à prisão perpétua, mas depois foi solta. O pastor, por três vezes, recebeu proposta de abandonar o cristianismo e voltar para o islã, em troca da suspensão da pena de morte. Youssef Nadarkhani não aceitou.

Segundo o Centro Americano de Lei e Justiça – uma organização que defende a liberdade religiosa nos Estados Unidos e acompanha o caso de Youssef – a sentença foi confirmada pelo governo iraniano e a ordem de execução foi dada.

Jordan Sekulow, diretor do centro, vem divulgando em um programa de rádio a perseguição contra Nadarkhani.

“Não sabemos se ele ainda está vivo nesse momento” diz Sekulow. “A ordem de execução não é divulgada publicamente. A única coisa que pode salvar Nadarkhani”, ele diz “é a pressão internacional, principalmente de países como o Brasil, que tem boas relações diplomáticas com o Irã”.

Clique aqui para ler mais sobre este tema.

Uma ideia sobre “Pedras, é tempo de clamar! ~ por José Roberto Prado

  1. Mathias Cagnoni

    Concordo plenamente! E PENSO QUE CRISTÃOS QUE SÃO ESSES!?! No mínimo é orar e divulgar!
    VAMOS FAZER essa corrente @ZePrado!

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