Em todo o mundo, estima-se que cerca de 230 milhões de pessoas (5% da população adulta, com idade entre 15 e 64 anos) tenham usado alguma droga ilÃcita pelo menos uma vez em 2010.
[Daniella Jinkings, Agência Brasil, 26 jun 12] O problema da droga atinge cerca de 27 milhões de pessoas, o que representa 0,6% da população mundial. Praticamente uma em cada 100 mortes entre adultos é atribuÃda ao uso de drogas ilÃcitas.
Os dados fazem parte do Relatório Mundial sobre Drogas 2012 (PDF), divulgado hoje (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Segundo a publicação, o consumo e a produção de drogas ilÃcitas, como a cocaÃna, a heroÃna e a maconha, têm ficado estável, apesar de mudanças nos fluxos e mercados de consumo dessas substâncias.
O relatório mostra ainda que 13% dos usuários de drogas têm problemas com a dependência, incluindo distúrbios e o aumento da incidência de contração do vÃrus HIV, de hepatite C e hepatite B – entre usuários de substâncias injetáveis.
De acordo com o Unodc, a maconha e os estimulantes do tipo anfetaminas são as drogas mais usadas no mundo. Globalmente, o consumo de cocaÃna ficou estável, com o número de usuários estimado em 2010 entre 13,3 milhões e 19,7 milhões, correspondendo a 0,4% da população adulta mundial.
Os principais mercados de cocaÃna continuam a ser a América do Norte, a América do Sul e as Europas Central e Ocidental. O consumo de cocaÃna entre os adultos diminuiu nos Estados Unidos, passando de 3% em 2006 para 2,2% em 2010. De acordo com o Unodc, isso pode estar relacionado ao declÃnio de 47% na fabricação de cocaÃna na Colômbia.
Segundo o relatório, no Brasil, as apreensões federais têm mais do que triplicado desde 2004, atingindo 27 toneladas em 2010. Alguns dados indicam ainda uma expansão do mercado de cocaÃna, particularmente decrack (droga derivada de cocaÃna) em alguns paÃses da América do Sul.
O uso de cocaÃna também aumentou entre as nações sul-americanas, inclusive no Brasil e em outros paÃses que fazem parte do Cone Sul, a partir de meados da década de 90 até 2005. “Dados de pesquisas recentes para o Brasil estão indisponÃveis, mas a preocupação com o aumento do uso de cocaÃna no Brasil se reflete no programa nacional que o paÃs lançou em dezembro de 2011. O aumento nas apreensões também pode refletir o papel do Brasil como um paÃs de partida para a cocaÃna contrabandeada por meio do Oceano Atlânticoâ€, destaca o relatório.
Veja também as “Referencias ao Brasil e Cone Sul” no relatório (PDF)