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Automutilação é praticada por um em 12 adolescentes

[Mariana Versolato, Folha SP, 24 nov 11] Um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede.

Para os que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração, segundo especialistas. O problema é mais comum entre mulheres de 15 a 24 anos.

Esse é o primeiro trabalho a acompanhar a evolução da automutilação da adolescência à vida adulta. As conclusões são de um estudo publicado na revista médica “Lancet”, feito no King’s College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália.

Entre 1992 e 2008, foram avaliados 1.802 adolescentes, entre os quais 8% afirmaram ter se mutilado de alguma forma. Ao completarem 29 anos, menos de 1% dos jovens mantinham esse comportamento.

A conclusão dos autores é a de que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Continue lendo

Hábito perigoso: adolescentes usam absorventes com vodka para ficar bêbado mais rápido

[Hypescience, 16 nov 11] A prática parece ser feita a algum tempo, mas muitos ainda pensam (ou esperam) que isso possa ser um mito urbano. Mas a polícia afirma que introduzir absorventes cheios de vodka em… lugares escuros é muito popular entre jovens. E não apenas entre as garotas.

Ou eu estou ficando velho, ou sou um bêbado amador, porque nunca ouvi falar nessa técnica. Com uma pesquisa online rápida, você descobre que a prática não é tão incomum, e é popular entre adolescentes ansiosos em ficar bêbados rápido sem que ninguém veja (as garrafas, claro). E apesar de parecer algo mais direcionado às garotas, os rapazes descobriram que também conseguem usá-los. É chamado, aparentemente, de “drinque de bunda”.

Espero que você já tenha passado do momento “o quê? onde vai isso?”, porque a coisa continua. Policiais registraram casos de adolescentes bêbados por culpa do método alternativo. Quando você bebe da maneira “conservadora”, os ácidos estomacais e outras barreiras naturais impedem que todo o álcool seja absorvido. Mas áreas mais vascularizadas, como a vagina ou o reto, absorvem o álcool direto para o sangue. Isso ajuda quem pretende ficar bêbado rápido e intensamente. Alguns até afirmam que o efeito dura mais. Continue lendo

As revelações sobre o cérebro adolescente

Novas pesquisas decifram as transformações cerebrais que acontecem na adolescência, explicam comportamentos típicos e sugerem como lidar com eles.

[Mônica Tarantino, Monique Oliveira e Luciani Gomes; Isto É; 21 out 11] O que faz uma garota de 14 anos passar o dia inteiro emudecida, trancada no quarto? Ou ir do riso à fúria em menos de um segundo? Pode ser realmente difícil entender a cabeça de um adolescente. Para ajudar nesta tarefa, a ciência está empreendendo um esforço fantástico. Nos Estados Unidos, ele está sendo capitaneado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH). O órgão – um dos mais respeitados do mundo – está patrocinando uma linha de estudos focada na busca de informações para compreender o que está por trás das oscilações de humor e comportamentos de risco que marcam a adolescência. E as informações trazidas pelos estudos realizados até agora estão construindo uma nova visão da metamorfose sofrida pelos jovens. “O cérebro do adolescente não é um rascunho de um cérebro adulto. Ele foi primorosamente forjado por nossa história evolutiva para ter características diferenciadas do cérebro de crianças e de adultos”, disse à ISTOÉ o neurocientista americano Jay Giedd, pesquisador do NIMH e um pioneiro na investigação do cérebro adolescente.

Giedd e seus colegas estão redefinindo os conceitos da medicina sobre essa fase da vida. Para eles, os tropeços da adolescência são sinais de que o cérebro jovem está procurando se adaptar ao ambiente. Nos primeiros 13 anos de pesquisa, os cientistas estudaram mudanças cerebrais ocorridas do nascimento até a velhice, na saúde e na doença. Descobriram que a adolescência é marcada por um aumento das conexões entre diferentes partes do cérebro. É um processo de integração que continuará por toda a vida, melhorando o trabalho conjunto entre as partes. Continue lendo

Por que os jovens cristãos abandonam as Igrejas

Três de cada cinco jovens cristãos, mais ou menos, se afastam da fé e abandonam suas igrejas de origem. Isso, geralmente, acontece por volta dos 15 anos. É um fenômeno comum, que tem diversos graus, com todas as confissões religiosas cristãs do ocidente, na Europa e nos Estados Unidos. E a grande pergunta é: por que isso acontece, e por que com esta frequência?

[IHU, 14 out 11] A reportagem é de Marco Tosatti e está publicada no sítio Vatican Insider, 10-10-2011. A tradução é do Cepat.

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Um novo estudo, cujo resultado foi tornado público há alguns dias pelo Barna Group, indica seis razões diferentes para este êxodo juvenil. Os pesquisadores do Barna Group apresentaram seus questionários a uma variedade de pessoas: jovens, adultos, adolescentes, jovens pastores evangélicos e seus colegas mais idosos. A pesquisa teve uma extensão de período de tempo muito longa: cinco anos.

O primeiro problema: as igrejas dão a sensação de serem “excessivamente protetoras”. Quase um quarto dos jovens, na faixa de idade dos 18 aos 29 anos, responderam que “os cristãos demonizam tudo o que não tem a ver com a Igreja”, na maior parte dos casos. 22% declararam que as Igrejas ignoram os problemas do mundo real, 18% afirmaram que sua Igreja parecia muito preocupada com o impacto negativo dos filmes, da música e dos videogames. Continue lendo

Envolvimento de crianças e adolescentes com o tráfico de drogas tem crescido em São Bernardo do Campo

[Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil, 22 set 11] O envolvimento de crianças e adolescentes de São Bernardo do Campo (SP) com o tráfico de drogas tem crescido na cidade e gerado preocupação entre os especialistas da área. Só no primeiro semestre deste ano, o Centro de Atendimento Socioeducativo da Fundação Criança de São Bernardo do Campo atendeu 541 adolescentes nas medidas socioeducativas em meio aberto, ou seja, adolescentes que cometeram um ato infracional e se encontram em liberdade assistida ou realizando prestação de serviços à comunidade. Desses, 210 foram apreendidos por tráfico de drogas, superando o número de adolescentes envolvidos com roubo (169 casos) e furto (38).

“Tem nos preocupado muito a maior incidência e a maior presença de adolescentes envolvidos com o tráfico de drogas. Antes, o crime que mais envolvia adolescentes era o roubo. Hoje, já temos um número maior com o tráfico”, disse Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo (SP) e vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao participar hoje (22) de um seminário que discutiu a situação dos menores em conflitos com a lei.

Apesar do crescimento no envolvimento com o tráfico entre os adolescentes que cometeram um ato infracional, os números de São Bernardo do Campo (SP) apresentaram diminuição na taxa de reincidência no crime, em torno de 10%. Isso está relacionado, segundo Alves, aos vários programas que são desenvolvidos no município com esses jovens, entre eles o Bolsa Formação e o Jovem Aprendiz. Continue lendo

No País, 42,7 mil crianças e adolescentes com menos de 14 anos estão casados

Uniões são informais, já que prática é proibida pelo Código Penal; a maior parte dos casos está em locais com baixa renda per capita.

[Rodrigo Burgarelli, O Estado de SP, 11 set 11] Uma prática ilegal, mais relacionada a áreas rurais ou países distantes, persiste hoje até nos principais centros urbanos brasileiros. Um recorte inédito feito pelo Estado nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que existem ao menos 42.785 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos casados no Brasil. O número refere-se a uniões informais, já que os recenseadores não checam documentos.

Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos. O caso de P., uma jovem de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, é um exemplo do último. Ela se mudou para a casa do parceiro quanto tinha 11 anos. Seu namorado, na época, tinha 27. “Eu disse para ele que já tinha 14 e começamos a namorar. Meu pai foi contra porque me achava muito nova, e brigamos feio. Depois da discussão, fugi de casa e fui morar com ele”, conta. Continue lendo

Jovens engravidam menos e deixam de ter 200 mil bebês ao ano

[Folha SP, 8 ago 11] É como se uma cidade média, com mais de 200 mil habitantes, deixasse de sair das barrigas das adolescentes brasileiras por ano. Algo do porte de São Carlos ou Americana (ambas no interior de SP) só de bebês chorando.

Em dez anos, caiu quase 40% o número de partos em menores de 19 anos no país. Na semana retrasada, o governo paulista divulgou dados parecidos referentes ao Estado.

O governo atribui a queda às suas ações de conscientização e distribuição de preservativos e anticoncepcionais. Um médico e um estatístico especialistas no assunto consultados pelo Folhateen, porém, apontam um fator mais importante.

“Se a adolescente não tem projetos de vida, a gravidez vira o projeto de vida”, resume Marco Aurélio Galletta, médico responsável pelo setor de gravidez na adolescência do HC (Hospital das Clínicas). Continue lendo

Los 10 países con mayor índice de embarazos precoces

[La Patilla, 21 jun 11] Los embarazos en adolescentes se han convertido en un problema de salud pública en México. De acuerdo con cifras de la Secretaría de Salud, actualmente, tres de cada diez mujeres se convierten en madres antes de cumplir 20 años.

También mencionan que entre 40 y 60 por ciento de los embarazos entre las jóvenes, no son deseados.

Por ello, la Secretaría de Salud, lanzó una campaña con el objetivo de trabajar en la prevención entre las adolescentes; pues el embarazo en una mujer menor de 20 años es considerado por la Organización Mundial de la Salud como de alto riesgo, ya que puede morir.

Actualmente, más del 13 por ciento de las defunciones maternas ocurre en mujeres menores de 20 años. Además, es un factor que incide de manera directa en la aparición de las malformaciones congénitas en los recién nacidos.

En los últimos cinco años se ha detectado que la edad promedio en la que los adolescentes inician su vida sexual, es entre los 13 y 14 años de edad.

Las menores de 15 años, tienen cinco veces más riesgo de morir durante su embarazo, y más aún, si no asisten a sus revisiones periódicamente. Continue lendo

Pobreza Infantil atinge 45% dos menores de 18 anos na América Latina e Caribe

[Camila Queiroz, ADITAL, 18 mai 11] Na América Latina e no Caribe, 45% das crianças e adolescentes se encontram em situação de pobreza infantil, o que totaliza quase 81 milhões de menores de 18 anos. A conclusão é do estudo Pobreza infantil na América Latina e Caribe, realizado pela Comissão Econômica da América Latina e do Caribe (Cepal) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), tomando por base o período 2008-2009.

A pesquisa avalia fatores como a nutrição, acesso à água potável e serviços de saneamento, qualidade de moradia e número de pessoas por quarto, educação e acesso aos meios de comunicação e informação.

A privação a esses bens representa um quadro de pobreza e exclusão, enquanto a Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, que entrou em vigência em 1989, estabelece esses fatores como importantes para determinar a qualidade de vida dos pequenos.

Também se analisou a renda dos lares e a capacidade desses recursos em satisfazer as necessidades básicas das crianças e adolescentes. A conclusão não foi favorável. “Quase a metade das crianças latino-americanas e do Caribe vive em lares com rendas insuficientes para satisfazer suas necessidades básicas – o que afeta em especial aos mais novos – e há cerca de 4,1 milhões de lares com crianças que sofrem ao mesmo tempo a violação grave de seus direitos e fortes insuficiências de renda”, diz o documento.

Contudo, o estudo destaca que há bastante heterogeneidade entre os países com relação à porcentagem de menores de 18 anos em pobreza infantil. Na Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras e Peru, mais de dois terços das crianças são pobres. Já no Chile, Costa Rica e Uruguai, menos de um quarto das crianças está nessa situação. Continue lendo

Adolescentes e Internet (Kids on Line) ~ Rudá Ricci

[Publicado em Rudá Ricci, 24 mar 11] PESQUISA LONDON SCHOOL OF ECONOMICS: ADOLESCENTES E INTERNET

Pesquisa completa AQUI

1. Cerca de 70% das crianças europeias começa a usar a internet por volta dos sete anos. Quase 100% daquelas com idade entre nove e 16 anos navegam na Web e a grande maioria navega todo dia a partir de casa (87%). Este é o primeiro resultado de uma pesquisa realizada pela London School of Economics no ano passado, com mais de 25.000 crianças de 25 países da Europa. O objetivo do estudo “Kids on line” (crianças conectadas) é revelar a relação dos jovens com a internet, suas formas de consumo e, principalmente, sua consciência a respeito dos riscos que podem representar a navegação.

2. Metade das crianças europeias navega na Web no seu próprio quarto e 35% o fazem no seu celular. Isto mostra um uso mais particular e pessoal da tecnologia. Este uso pessoal, longe da presença de adultos, diminui a probabilidade de que as crianças conversem com suas famílias sobre o que fazem enquanto navegam, principalmente em relação aos riscos ou situações difíceis que possam encontrar.

3. Cerca de 60% das crianças possui perfil em alguma rede social. Incluindo 25% dos que tem entre nove e dez anos; 50% dos que tem entre 11 e 12 anos, e 75% daqueles que tem entre 13 e 14 anos. Vale lembrar que pelo regulamento das redes sociais, só podem ter um perfil aqueles maiores de 14 anos. É interessante verificar que entre todos aqueles que estão em uma rede social (incluindo 85% dos que tem 15 e 16 anos), um em cada três tem um perfil público, o que significa que além de serem lidos por seus amigos, podem ser acessados por qualquer pessoa que navega na internet. Continue lendo

Ops! Minha mãe está no Facebook

As redes sociais põem à prova a relação entre gerações. Os pais querem seguir os filhos para supervisionar suas vidas. Os especialistas se dividem diante da pressão à intimidade do menor.

[Texto de María R. Sahuquillo, El País, 12 jan; IHU 19 jan 2011. Tradução de Anne Ledur].

Tens 30 anos, mas tua mãe não sabe que fumas. Até agora. Alguma fotografia marcada na internet te delatou. Jamais teu pai pôde te escutar, exceto de passagem e por acidente. As conversas picantes que tens com teus amigos, tens certeza que faz alguns meses que ela as lê. Tudo à mão no Facebook e outras redes sociais.

O que começou sendo um espaço para universitários, jovens e adolescentes se converteu em um lugar plural no qual convive gente de todos os perfis, onde interatuam pessoas de três gerações, com suas vantagens e desvantagens, como a mistura de contatos. E isso não agrada todas as idades. Muitos adolescentes se queixam que isso é uma invasão do que consideram seu espaço virtual, por parte de seus pais, a quem acusam de espiar seus perfis e ser indiscretos em seus comentários. Continue lendo

Partos por adolescentes têm queda de 21,5%, diz estudo

[Joao Fellet, BBC Brasil, 14 dez 2010]

Um estudo do Ministério da Saúde revela que o número de partos por mulheres brasileiras dos 15 aos 19 anos de idade caiu 21,5% entre 2000 e 2008.

A pesquisa, intitulada Saúde Brasil 2009 e publicada anualmente pela Secretaria de Vigilância em Saúde, indica que houve queda de cerca de 10% no total de nascimentos ocorridos no Brasil no período.

Os grupos etários de 15 a 19 anos e de 20 a 24 concentram 93% da queda. Ainda assim, um quinto do total de partos registrados em 2007 foi de mães com idades entre 15 e 19 anos.

As regiões Norte e Nordeste são as que tiveram o maior número de partos entre mulheres mais jovens.

O total de nascimentos do Brasil passou de 3,2 milhões em 2000 para 2,9 milhões em 2008. A redução no número de partos só não ocorreu no Norte do país, mas o fato pode ser atribuído à melhoria do sistema de registros de nascimentos na região, segundo o Ministério da Saúde.

O estudo revela ainda progressos nas áreas de desnutrição infantil: entre 1989 e 2006, a proporção de crianças menores de cinco anos com baixo peso para a idade caiu de 7,1% para 1,8% e, com baixa altura, de 19,6% para 6,8%.

Também houve queda (de 56%) nas mortes maternas por complicações na gravidez e no parto entre 1990 e 2007.

Segundo a pesquisa, o risco de mortes por causas externas entre os homens foi 5 vezes maior do que entre as mulheres.

As principais causas de morte violenta para os homens foram as agressões (40,6%) e acidentes de trânsito (26,9%). A maioria dos mortos do sexo masculino estava na faixa dos 20 aos 39 anos (50,4%) e era de cor parda (48,1%).

As causas externas (acidentes e violências) representaram 12% do total de mortes ocorridas no Brasil em 2008.