A Comissão Nacional da Verdade (CNV) instalará um grupo de trabalho só para investigar a atuação das igrejas católica e evangélica no perÃodo da ditadura. Serão apurados não apenas o papel de religiosos na resistência à repressão e proteção a vÃtimas como também o daqueles que colaboraram com os militares.
O grupo se reúne pela primeira vez nessa quinta. E um dos primeiros a prestar depoimento deve ser Anivaldo Padilha. Evangélico, ele foi delatado por pastores da igreja que frequentava. Foi preso, torturado e partiu para o exÃlio. Sua mulher estava grávida de Alexandre Padilha, hoje ministro da Saúde -que só conheceu o pai quando tinha oito anos.
As apurações do capÃtulo religioso serão coordenadas por Paulo Sérgio Pinheiro, um dos integrantes da CNV. Pesquisadores autônomos e teólogos foram convidados a participar dos trabalhos.
Da coluna de Mônica Bergamo, jornalista, publicada na Folha de S. Paulo, 6 nov 12