Em entrevista a CartaCapital, escritora Ayaan Hirsi Ali, ex-muçulmana, defende a conversão de islâmicos ao cristianismo para conter extremistas religiosos.
[Gabriel Bonis, CartaCapital, 18 out 11] Em 1992, Ayaan Hirsi Ali foi para a Holanda fugindo de um casamento arranjado pelo pai. No pequeno paÃs europeu, onde viveu como refugiada e depois cidadã, a somali viu seus valores islâmicos entrarem em colapso. Passou de militante da Irmandade Muçulmana à agnóstica, parlamentar e crÃtica ao Islã.
Na Holanda, despertou a ira dos muçulmanos ao produzir o curtaSubmissão (2004), no qual uma muçulmana aparece vestida com uma burca parcialmente transparente, enquanto reza e critica o Islã. O vÃdeo resultou no assassinato de Theo van Gogh, diretor holandês do filme, por um extremista religioso.
Mutilada genitalmente na infância, a autora do best seller de memórias Infiel virou alvo de extremistas religiosos. Atualmente vive sob escolta nos EUA, de onde conversou com o site de CartaCapital, por telefone, sobre seu novo livro, Nômade (Companhia das Letras, 392 págs., R$ 46,00).
O trabalho traz uma postura polêmica da autora: o Ocidente precisa enxergar o perigo do Islã. Ali sugere também que o cristianismo conquiste os muçulmanos para conter os extremistas. Continue lendo