O ser humano não tem um corpo, é seu corpo. A troca do verbo ter pelo ser leva-nos a refletir.
Lá no longÃnquo passado, os romanos forjaram a expressão: “mens sana in corpore sano” (mente sadia num corpo sadio). Percebiam a unidade profunda entre ambos. E valorizavam o culto ao corpo nos exercÃcios fÃsicos, na ginástica, nas guerras, nas lutas, no enfrentamento com as feras. As estátuas, que a arte dos romanos nos deixou, refletem beleza, vigor, robustez fÃsica.
A humanidade cultivou, ao longo dos séculos, ora mais, ora menos, a visibilidade e aparência corporal. O cristianismo, porém, lançou, por influência de certa filosofia grega que prezava, sobretudo, a alma e que chegou a ver o corpo como cárcere, suspeitas ascéticas sobre ele. Cobriu-o cada vez com mais roupas, de modo que a estética deslocou, em grande parte, para o todo da pessoa. Mesmo que alguém não tivesse o corpo bem formado, conseguia embelezá-lo com vestes luxuosas e assim despertar admiração. Continue lendo