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As religiões diante das crises globais

Não há um segundo a perder nas emergências que já estão diante de nós. E é preciso que todas as instâncias – a religiosa incluída – estejam empenhadas em mudanças de paradigmas que nos levem a soluções verdadeiras.

[Washington Novaes, Estadão, 31 ago 12] Não há mais dia em que não estejam na comunicação notícias, análises, debates sobre as várias crises em que estamos mergulhados – da água, das mudanças climáticas, da desertificação, da perda da biodiversidade, do consumo excessivo no mundo, já além da capacidade de reposição do planeta -, agravadas pela perspectiva de que mais 2 bilhões de pessoas venham somar-se aos 7 bilhões de atuais viventes, 1 bilhão dos quais passa fome e mais de 2 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza. Como sair desse quadro dramático, quando as únicas instituições universais de que dispomos – como a Organização das Nações Unidas (ONU) – se veem paralisadas diante da falta de consenso entre os países e as pessoas, que impede a tomada de decisões globais? Que fazer, se conflitos armados continuam a eclodir e podem ampliar-se? E que atitudes adotar diante de ameaças novas, como a da guerra cibernética? Continue lendo

Desastres naturais deslocaram 42 milhões em 2010, diz estudo

Número é creditado ao impacto de mega desastres como as inundações na China e no Paquistão e os terremotos no Chile e Haiti.

[Estadão, 7 jun 11] Cerca de 42 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas por conta de desastres naturais no mundo em 2010, mais do que o dobro do número registrado no ano anterior, disseram experts do Centro Internacional  de Monitoramento do Deslocamento.

Uma razão para o aumento da diáspora podem ser as mudanças climáticas e a comunidade internacional deveria estar fazendo mais para contê-las, disseram os especialistas. Segundo a instituição, a diferença entre os 42 milhões deslocamentos em 2010 e os 17 milhões registrados em 2009 pode ser creditada ao impacto de  mega desastres como as inundações na China e no Paquistão e os terremotos no Chile e Haiti.

O estudo diz que mais de 90% dos deslocamentos por desastres foram causados por riscos relacionados ao clima, como inundações e tempestades que foram provavelmente influenciadas pelo aquecimento global, embora não se saiba a extensão dessa influência. “A intensdidade e a frequência de eventos climáticos extremos está aumentando, e essa tendência deve continuar. Com toda a probabilidade,  o número dos afetados e deslocados vai aumentar e as mudanças climáticas induzidas pelo homem vão estar em pleno vigor”, disse Elisabeth Rasmusson, secretária geral do Conselho Norueguês para os Refugiados. Continue lendo

Desastres naturais mataram 3,3 milhões de pessoas em 40 anos, diz estudo

Os desastres naturais, como enchentes, terremotos e tsunamis, mataram 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos 40 anos, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial, em parceria com as Nações Unidas.

Desse total, cerca de 1 milhão de pessoas morreram na África, vítimas da seca.

Após dois anos de pesquisa, os dois organismos internacionais estimaram ainda que os prejuízos causados por esses desastres poderão triplicar até o final do século, atingindo a cifra de US$ 185 bilhões ao ano.

De acordo com o levantamento, o número fica ainda maior quando considerado o impacto das mudanças climáticas. Apenas os ciclones tropicais têm potencial de causar prejuízos que variam de US$ 28 bilhões a US$ 68 bilhões a cada ano, diz o estudo.

Além disso, cerca de 1,5 bilhão de pessoas poderão estar expostas a tempestades e terremotos até 2050 – o dobro do número considerado atualmente.

Com 250 páginas, o levantamento tem como objetivo “alertar” os ministros das finanças em todo o mundo para a necessidade de programas de prevenção aos desastres naturais.

O documento também traz uma série de sugestões sobre o que pode e deve ser feito nesse área e, segundo os autores, muitas dessas ações surpreendem por sua “simplicidade”.

São os mais vulneráveis, e não os ricos, que acabam enfrentando o peso das ameaças naturais, muitas vezes agravadas por políticas ruins”, diz o texto.

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Texto de Fabrícia Peixoto publicado na BBC Brasil, em 11 nov 2010