Luciane Kohlmann – CANAL RURAL
A Caatinga perdeu mais de 16 mil quilômetros quadrados de mata em seis anos, o equivalente a 2% da área total. Mas o maior problema é que quase a metade da vegetação tÃpica do nordeste brasileiro não existe mais.
O balanço do Ministério do Meio Ambiente mostra que, entre 2002 e 2008, Bahia e Ceará foram os Estados que mais desmataram a Caatinga.
As cidades que lideram o ranking de destruição do bioma são:
1 – Acopiara (CE)
2 – Tauá (CE)
3 – Bom Jesus da Lapa (BA)
4 – Campo Formoso (BA)
5 – Boa Viagem (CE)
A produção de lenha e de carvão foram as grandes responsáveis pelo desmatamento da Caatinga, segundo o governo federal. Em seguida, aparece a pecuária bovina que, ao contrário da criação de cabras e ovelhas, acaba destruindo totalmente a vegetação. O Ministério pretende lançar até 28 de abril, Dia Nacional da Caatinga, um plano para preservar essa vegetação.
– Não haverá solução para a defesa da caatinga sem mudar a matriz energética, com o uso de energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas e do gás natural. Tudo isso tem que ser pensado como alternativas para ter atividade econômica, que gere emprego e renda sem destruir a Caatinga num ritmo de 16 mil quilômetros quadrados em seis anos – diz o ministro Carlos Minc.
Nesta quarta, dia 4, começa em Juazeiro, na Bahia, e em Petrolina, em Pernambuco, um encontro entre os governos federal e dos Estados da região Nordeste, além de produtores e bancos para discutir o combate ao desmatamento da Caatinga.