Onda de julgamentos na região cria o que especialistas chamam de ‘cascata de justiça’.
[Ruth Costas, Estadão, 25 fev 12] Parentes de vÃtimas de alguns dos massacres mais cruéis da história latino-americana passaram a última semana celebrando a decisão da Justiça da Guatemala de julgar o ex-ditador José EfraÃn RÃos Montt. Foi uma noticia bem-vinda no ano em que se completam 30 anos da matança de Dois Erres – um entre os muitos massacres ocorridos durante a ditadura de RÃos Montt (1981-1982).
É difÃcil prever os resultados do julgamento do ex-ditador, mas a decisão de colocá-lo no banco dos réus consolida uma tendência que ganha força na América Latina, definida pela cientista polÃtica Kathryn Sikkink como “cascata de justiça”. Nos últimos anos, um número cada vez maior de paÃses da região está abrindo os baús de seus perÃodos autoritários e levando para os tribunais agentes do Estado responsáveis por atrocidades. A Argentina foi a primeira a investigar os segredos dos generais e é o paÃs que mais avança nos julgamentos por graves abusos aos direitos humanos. Continue lendo