[Isis Brum, JT, 15 mai 11] Se a sala de aula fosse um campo de futebol, a indisciplina seria a bola no clássico ‘alunos contra professores’. O mau comportamento dos estudantes está entre as principais causas dos conflitos escolares, dizem os professores. E, sob a perspectiva dos alunos, essa relação também é vista como complicada. Em São Paulo, o descontentamento é ainda maior em relação ao restante do PaÃs: apenas 37,6% dos alunos paulistanos consideram que sua relação com o professor é “boa ou ótimaâ€, Ãndice inferior à média nacional, de 45%, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco).
“Indisciplina é um sintoma de que algo não vai bem em sala de aula. O aluno quer dizer: ‘estou sendo obrigado a fazer algo que não me interessaâ€, diagnostica Maria Regina Maluf, doutora em Psicologia da Educação e professora da Pós Graduação em Psicologia da Educação na PontifÃcia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para resgatar a atenção e restabelecer a ordem em sala, um dos desafios é apresentar o conteúdo de forma interessante, de forma que ele possa competir com o mar de informações à disposição nas redes sociais e em outras ferramentas do dia a dia do aluno.
“O professor, hoje, tem de tornar o método mais interessante e se colocar no papel desse alunoâ€, aponta Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar e da Educação Infantil da PUC-SP. Isso significa que aulas muito teóricas, distantes da realidade dos estudantes e formatadas para serem copiadas da lousa, por exemplo, tornam-se enfadonhas para uma geração que já nasceu em meio à s tecnologias interativas. Continue lendo