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A face oculta do novo ~ Lee Siegel

© Martin Waldbauer

A notícia causou frisson na minha cidade suburbana ao lado de Nova York. Um rapaz de 17 anos, a poucas semanas de concluir o ensino secundário, parou diante de um trem de subúrbio em movimento, Teve morte instantânea.

[O Estado de S.Paulo, 9 jun 13] Como sempre ocorre quando se noticia um suicídio, a questão de por que ele o fez torturou familiares e amigos do jovem. Atormentou estranhos, também, porque o suicídio é o mais íntimo dos tipos de violência. Ele nos faz perguntar não somente por que determinada pessoa o cometeu, mas por que alguém o faria, confrontando-nos assim com o aspecto mais despojado da existência. Mas desta vez a tentativa de entender o mistério por trás de um suicídio cobriu-se de especial urgência. É que, segundo estudo divulgado algumas semanas atrás, o número de americanos que estão se matando atingiu um nível sem precedentes.

No período de 1999 a 2010, o suicídio de americanos entre 35 e 64 anos de idade cresceu quase 30%. Mais pessoas nos Estados Unidos morrem hoje pelas próprias mãos do que em acidentes de carro. Entre homens na faixa dos 50 anos, a taxa de suicídio cresceu 50%. Continue lendo

Com menos armas, Brasil tem três vezes mais mortes a tiro que os EUA

Apesar do número bem inferior de armas de fogo em circulação entre a população do que nos Estados Unidos, o Brasil registrou, em 2010, 36 mil vítimas fatais de tiros.

[Maurício Moraes, BBC Brasil, 18 dez 12] O total é 3,7 vezes o registrado pelos americanos, que tiveram 9.960 mortes, colocando o país no topo dos que mais registram óbitos por arma de fogo no mundo.

Os números oficiais foram recolhidos por um relatório do Escritório da ONU contra Drogas e Crimes (UNODC, na sigla em inglês). Os dados do Brasil foram fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Nos Estados Unidos, o debate sobre o porte de armas voltou à tona após o massacre em uma escola no Estado americano de Connecticut que resultou na morte de 20 crianças e 6 adultos. Continue lendo

EUA realizaram 77,7% das vendas de armas em 2011

Apesar das dificuldades atravessadas pela economia mundial, as vendas de armas no mundo em 2011 praticamente duplicaram em relação ao ano anterior, a 85,3 bilhões de dólares.

[AFP, 27 ago 12] Os Estados Unidos venderam em 2011 o maior número de armas em sua história, gerando 66,3 bilhões de dólares, o que representou 77,7% do mercado mundial, segundo um estudo do Serviço de Pesquisas do Congresso (CRS, sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira. Continue lendo

Abuso policial mancha direitos humanos no Brasil, dizem EUA

As prisões superlotadas e os abusos cometidos pelas polícias Civil e Militar dos Estados, junto com a exploração sexual de crianças e adolescentes, continuam a ser os principais calcanhares de Aquiles da situação dos direitos humanos no Brasil, na visão do Departamento de Estado americano.

[Pablo Uchoa, BBC Brasil, 24 mai 12] Ao publicar seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo – esta edição dedicada a 2011 –, as autoridades americanas criticaram também a discriminação contra minorias, mulheres e gays, a demora do Judiciário e a impunidade no Brasil. Continue lendo

Paralisia global ~ por Rubens Ricupero

Todos os problemas globais estão parados: a reforma financeira, a mudança climática, o comércio mundial. Enquanto a Europa se afunda, não há consenso sobre as causas da crise financeira ou as reformas para evitar-lhe a repetição. Impotente, o G20 resvala para a irrelevância das instituições que deveria substituir.

[FSP, 16 abr 12] O aquecimento global e as negociações comerciais padecem de mal igual: ausência de consenso, falta de vontade política, paralisia do processo negociador. O que está acontecendo? Todo poder tende a gerar uma determinada ordem. Estaríamos, como comentava Celso Lafer anos atrás, ante situação de desconexão entre o poder existente e a ordem desejada? Continue lendo

Nos EUA, empregadores agora exigem que candidatos informem a senha do Facebook

Legalidade da prática é questionada, e projetos de lei querem proibi-la.

[O Globo, 20 mar 12] SEATTLE – Pouco antes de chegar a uma entrevista de emprego recente, o que Justin Bassett esperava eram as perguntas usuais sobre experiência profissional. Mas ele foi surpreendido pelo entrevistador, que queria saber também a sua senha do Facebook.

Bassett, que é estatístico e vive em Nova York, recusou-se a informá-la e desistiu da vaga, alegando que não queria trabalhar para uma empresa que fuça esse tipo de informação. Mas seu caso não é isolado, pois várias empresas americanas vêm exigindo a mesma coisa de seus candidatos, e muitos não podem se dar ao luxo de dizer não. Continue lendo

Irã aceita pagamento em ouro para exportações de petróleo

Sanções econômicas dos EUA dificultam transações em dólar para iranianos

[O Globo, 29 fev 12] TEERÃ – Sofrendo com as sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia, o Irã decidiu aceitar ouro como pagamento pela exportação de seu combustível. A informação foi confirmada pelo presidente do Banco Central iraniano, Mahmoud Bahmani, em entrevista nesta quarta-feira à agência de notícias estatal do governo de Teerã, a IRNA.

– Em transações com outros países, o Irã não se limita ao dólar americano. Nosso parceiro pode pagar com sua própria moeda e, se o país desejar, ele pode pagar até em ouro. Nós iremos aceitar ouro sem nenhum problema – reforçou Bahmani.

A UE e os EUA impõem sanções econômicas ao Irã com o objetivo de fazer o país desistir de seu programa nuclear, que estaria investindo na criação de armas, segundo as potências ocidentais. No entanto, Teerã afirma que as intenções de suas pesquisas são pacíficas e resiste à pressão. As sanções do Ocidente incluem a proibição gradual da importação de petróleo do Irã, que os EUA, a UE e aliados como Japão e Coreia do Sul irão implementar até julho.

China e Índia, os maiores compradores do petróleo iraniano, não aderiram ao boicote. Mesmo assim, o valor da moeda corrente iraniana, o rial, caiu, gerando uma forte inflação dos preços gerais em todo o país.

 

Um em 10 menores vive com pai ou mãe alcoólatra nos EUA, revela estudo

[CB, 16 fev 12] Sete milhões e meio de jovens americanos, ou um em cada 10 menores de 18 anos, vivem com pai ou mãe alcoólatra, revela um estudo publicado nesta quinta-feira, segundo o qual estes menores são mais propensos a sofrer de depressão, ter baixo rendimento escolar ou sofrer abusos.

Também correm quatro vezes mais riscos do que outros jovens de virarem alcoólatras, segundo pesquisas feitas entre 2005 e 2010 para a agência governamental contra a dependência (Administração de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, SAMHSA).

Cerca de 1,4 milhão de menores nos Estados Unidos moram com um dos pais, que é alcoólatra. Nestes lares monoparentais, 1,1 milhão vive com a mãe e 300.000, com o pai, revelou o estudo, publicado por ocasião da campanha de prevenção dedicada aos filhos de alcoólatras, celebrada entre 12 e 18 de fevereiro.

“Este imenso problema de saúde pública vai além destes números terríveis, porque os estudos mostram que os filhos de alcoólatras não tratados têm maior risco de desenvolver dependência ao álcool”, disse a chefe da SAMHSA, Pamela Hyde, em um comunicado.

Dissidente chinês cristão busca asilo nos EUA

[Reuters, 13 jan 12] Um dos dissidentes cristãos mais conhecidos da China, Yu Jie, afirmou nesta sexta-feira que encaminhou aos EUA um pedido de asilo.

Ele prometeu também revelar pelo que passou durante um ano sob prisão domiciliar e a tortura a que foi submetido durante uma repressão do regime a opositores no ano passado.

Yu declarou que vai relatar os abusos em depoimento perante uma comissão do Congresso dos EUA na semana que vem, dando destaque assim à questão dos dissidentes antes da provável visita a Washington do vice-líder Xi Jingping –cotado para assumir o comando do país. Xi deve ir aos EUA nos próximos meses. Continue lendo

Instituição do casamento enfrenta ‘crise’ nos EUA

Pela primeira vez em que se tem notícia, o número de americanos não casados está prestes a superar o número de casados, segundo pesquisas recentes. Será que se trata de um divisor de águas?

[Brian Wheeler, BBC Brasil, 10 jan 12] À primeira vista, parece que, assim como em muitos países ocidentais, a instituição matrimonial está em declínio nos EUA.

Em 1960, 72% de todos os adultos americanos eram casados; em 2010, apenas 51% deles eram casados, de acordo com uma pesquisa do Centro Pew.
“Acho que estamos vendo o matrimônio se tornar menos central no curso de nossa vida e (na forma como) moldamos nossas crianças”, observa Bradford Wilcox, diretor de um programa de estudos do casamento e professor de sociologia na Universidade da Virgínia. Continue lendo

Pedofilia: a ”distração” do New York Times

Alguns dias atrás, publicamos a notícia, dada pelo New York Post, de um escândalo de abusos sexuais de menores que abalou a comunidade judaica ortodoxa de Nova York. Hoje, publicamos o que o sítio norte-americano TheMediaReport.com escreve sobre o assunto, observando o comportamento da mídia norte-americana.

[Marco Tosatti, Vatican Insider, 15 dez 11; IHU 16 dez 11, tradução Moisés Sbardelotto] “O procurador distrital Charles J. Hynes, de Kings County, Nova York, anunciou recentemente que, nos últimos três anos, 85 predadores de crianças acusados foram presos na comunidade ortodoxa judaica do Brooklyn. Os casos envolvem pelo menos 117 supostas vítimas.

“Um homem, Andrew Goodman, foi acusado por 144 abusos sexuais revoltantes de dois meninos ortodoxos – um de 11 a 15 anos de idade, e o outro de 13 a 16.

“Andrew Goodman é conhecido em nossa comunidade como um antigo molestador que ataca meninos e arruína as suas vidas’, disse um estudioso local ao New York Post. Uma câmera escondida mostra Goodman levando os meninos para a sua casa tarde da noite. O New York Post acompanhou toda essa narrativa com uma série de artigos reveladores”.

Até aqui, as habituais histórias de horror. Mas é o que se segue que nos parece interessante: Continue lendo

Pesquisa diz que uma em cada cinco mulheres foi estuprada nos EUA

[BBC Brasil, 15 dez 11] Uma pesquisa realizada por um órgão do governo dos Estados Unidos afirmou que cerca de uma em cada cinco mulheres do país já foi estuprada.

O relatório, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, informa que pouco mais da metade das vítimas femininas de estupro foi atacada por parceiro ou marido atual ou então por ex-parceiro ou ex-marido.

Um em cada sete homens também relatou ter passado por violência física grave perpetrada por um parceiro.

O relatório foi compilado a partir de dados coletados com mais de 18 mil homens e mulheres nos Estados Unidos em 2010.