Arquivo da tag: homossexualidade

Pannemberg e as uniões homossexuais

“Os resultados exegéticos estabelecem estritos limites no tocante ao homossexualismo, para qualquer Igreja que esteja sob a autoridade das Escrituras”.

Ele é considerado um dos mais importantes teólogos alemães da segunda metade do século XX, por 27 anos lecionou Teologia Sistemática na Universidade de Munique e foi diretor do Instituto de Teologia Ecumênica. O jornal inglês Church Times publicou o artigo “Deveríamos Apoiar o Casamento Gay?” no qual Wolfhart Pannemberg elaborou, dentre outros, as seguintes reflexões:

“As referências bíblicas à prática homossexual são, sem sombra de dúvida, pela sua rejeição, e todas as suas declarações sobre o tema são concordes nessa direção.  Continue lendo

“Casamento gay? Farei assim que a lei permitir”, diz reverendo anglicano

[Juliana Sayuri, FolhaSP, 28 fev 12] Dizem que o reverendo Aldo Quintão, 49, é polêmico. “Não é bem assim. Sou contemporâneo”, diz ele, que é casado há 23 anos e tem um filho de 22.

Na Catedral Anglicana, em Santo Amaro, zona sul, o brasiliense conquistou fiéis com um discurso sem restrições. O direito ao aborto e o respeito aos gays estão na pauta.

O padre, em São Paulo desde 1984, já celebrou mais de 3.000 casamentos. Para este ano, não há vagas nos dias mais procurados, sextas e sábados.

Qual é o maior pecado paulistano?

O individualismo, que se traduz na insensibilidade diante dos dramas sociais. Precisamos de mais solidariedade. Parece óbvio, mas é muito difícil encontrar isso em uma cidade como São Paulo. Continue lendo

Rio pode virar capital mundial do turismo gay, diz “The Guardian”

Uma série de iniciativas da prefeitura do Rio de Janeiro para promover a diversidade sexual ajuda a preparar a cidade para se transformar na capital mundial do turismo gay, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário britânico “The Guardian”.

[BBC Brasil, 12 jul 11] O jornal relata a festa de lançamento da semana da diversidade, “uma celebração das diferenças culturais e étnicas da cidade e uma tentativa de posicioná-la como a capital global do turismo gay”.

O jornal relata ainda que nos últimos meses houve “uma avalanche de iniciativas amigáveis à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no Rio: cursos vocacionais para travestis, projetos contra intimidação de estudantes gays e lésbicas e uma nova lei proibindo a discriminação nos clubes noturnos da cidade”. Continue lendo

ONU aprova resolução de igualdade para homossexuais

[Folha SP, 17 jun 11] O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou pela primeira vez a discriminação com base na orientação sexual ao aprovar uma resolução histórica destinada a promover a igualdade dos indivíduos sem distinção.

A resolução afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito a sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades (…) sem nenhuma distinção”.

O texto, apresentado pela África do Sul, estabelece ainda um painel para rever leis discriminatórias e as violências contra as pessoas por sua orientação sexual ou identidade de gênero em todo o mundo.

A resolução foi aprovada por 23 votos a favor, contra 19 contrários e três abstenções. Entre os que aprovaram a medida está o Brasil, Estados Unidos e países da União Europeia. Continue lendo

A hora da maturidade: uma nova abordagem da temática homossexual

[Por Tim Stafford, Cristianismo Hoje, 29 ago 2010] Maior entidade cristã de apoio a ex-gays, ministério Exodus International investe em uma nova abordagem da temática homossexual.

Desde o início dos anos 1970, um movimento de resistência ao comportamento homossexual tem ganhado força ao apregoar a possibilidade de um gay mudar sua orientação sexual graças à fé cristã. Baseados na Bíblia Sagrada, que condena o comportamento gay classificando-o como “abominação contra Deus”, os evangélicos defendem que a homossexualidade é um pecado que precisa ser combatido. As armas desta batalha são os testemunhos daqueles que garantem que, graças a Jesus, mudaram seu estilo de vida. Por outro lado, a sociedade moderna tende a defender que a orientação sexual é coisa que nasce com o indivíduo – e, portanto, seria impossível alterá-la sem acarretar violentos transtornos emocionais. O debate, que tem esquentado em todo o mundo, prosseguiu em junho último, quando o Exodus Internacional, maior grupo ministerial de orientação cristã que trata do assunto, promoveu sua 32ª Conferência Anual em Irvine, no estado americano da Califórnia.

O que se discutiu ali é se a abordagem evangélica no trato da questão tem sido a mais apropriada. Apesar dos inúmeros relatos de mudança – não se fala em “cura”, uma vez que, há pelo menos 30 anos a homossexualidade já não é vista como doença –, a postura evangélica tradicional já não tem rendido resultados satisfatórios. Além disso, o patrulhamento da militância gay, apoiada por expressivos setores da mídia e da sociedade, tem conseguido isolar os grupos cristãos mais incisivos. Que o digam, principalmente, aqueles que, após passarem um período seguindo fielmente o que diz a Palavra de Deus, acabaram saindo novamente do armário e retornaram à prática sexual homossexual. Durante a conferência mesmo, três ex-integrantes do Exodus deram entrevistas falando de sua desilusão com a possibilidade de uma mudança de comportamento. Continue lendo

Alunos ‘afeminados’ da Malásia serão enviados a acampamento, diz jornal

[BBC Brasil, 19 abr 11] O jornal da Malásia New Straits Times afirmou que um grupo de 66 adolescentes malaios com “tendências afeminadas” será enviado a um acampamento com o objetivo de “passar por uma reeducação”.

O jornal credita a informação a autoridades da Malásia, país que não tolera a homossexualidade.

Segundo o Departamento de Educação do Estado de Terengganu, o acampamento começou a funcionar no último domingo. Os jovens enviados ao local foram indicados por suas escolas, que foram instruídas no ano passado a “denunciar alunos que pudessem ser gays”.

A Malásia considera ilegais as relações entre pessoas do mesmo sexo. Homossexuais malaios denunciam medidas do governo que consideram discriminatórias, como, por exemplo, a pena de 20 anos de prisão por sodomia.

De acordo com o New Straits Times, os estudantes terão aulas de educação física e religião, conduzidas por “palestrantes motivacionais”.

O diretor do departamento, Razali Daud, disse ao New Straits Times que, embora os “sintomas” variem, o comportamento dos 66 jovens – todos estudantes do ensino médio – “não são comuns para rapazes normais desta idade”.

“Nós não estamos interferindo com o processo da natureza, e sim meramente tentando guiar estes estudantes a seguir um caminho adequado em suas vidas”, afirmou Daud.

“Nós sabemos que algumas pessoas acabam se tornando mak nyah (travestis) ou homossexuais, mas nós faremos o melhor para limitar este número”, disse.

A entidade malaia Grupo Unido de Ação para a Igualdade de Gêneros (JAG, sigla em inglês) afirmou, em comunicado publicado pelo site de notícias The Malaysian Insider, que a medida vai contra os direitos humanos, além de promover a homofobia e o preconceito.

Secretário de Estado do Vaticano relaciona pedofilia à homossexualidade

alabaster windows

Cardeal disse a uma rádio do Chile que este é ‘o verdadeiro problema’ dos casos de abuso

SANTIAGO – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, disse na segunda-feira, 12, no Chile, que os múltiplos casos de pedofilia envolvendo membros da Igreja Católica estão vinculados à homossexualidade, e não ao celibato sacerdotal. No Chile, um dos casos mais famosos de pedofilia envolvia um sacerdote que mantinha relações sexuais com meninas adolescentes.

“Demonstraram muitos psicólogos, muitos psiquiatras, que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos demonstraram – e disseram isso recentemente – que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia”, afirmou Bertone. “Isso é verdade, este é o problema”, disse, em declarações transmitidas pela Rádio Cooperativa.

Em visita ao país sul-americano, Bertone abriu a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal chilena. O religioso reiterou que a Igreja Católica nunca impediu investigações de pedofilia envolvendo padres e bispos.

Reações

A fala de Bertone levou a reações fortes por parte dos defensores dos direitos dos homossexuais no Chile. “Nem Bertone nem o Vaticano têm a autoridade moral” para oferecer lições de sexualidade, afirmou Rolando Jiménez, presidente do Movimento para a Integração e Liberação Homossexual no Chile.

Jiménez também notou que não há um estudo bem elaborado respaldando as declarações do cardeal. “É uma estratégia perversa do Vaticano para fugir de sua própria responsabilidade”, afirmou ele.

Pelo menos um dos pedófilos mais famosos da Igreja Católica do Chile atacava meninas – uma das jovens ficou grávida. O arcebispo de Santiago recebeu muitas queixas sobre o sacerdote José Andrés Aguirre por parte de famílias preocupadas com suas filhas. Apesar disso, o sacerdote, conhecido por seus paroquianos como o padre Tato, manteve contato com um grupo de meninas católicas da cidade.

Depois, por causa das acusações, Aguirre foi enviado em duas ocasiões para fora do Chile, e acabou condenado a 12 anos de prisão por abusar de dez jovens. Uma delas, identificada como Paula, disse que começou a ter relações sexuais com o sacerdote aos 16 anos e continuou até os 20 anos.

Paula disse ao jornal chileno La Nación ter pensado que não havia problemas em fazer sexo com ele, porque quando relatou o caso a outros sacerdotes, na confissão, eles disseram para ela orar e que isso era tudo. A jovem afirmou que eles sabiam e alguns supunham que se tratava do padre Tato, mas nenhum a ajudou.

Renúncia

Um desses sacerdotes procurados por Paula foi o arcebispo Francisco José Cox, também envolvido em acusações de pedofilia. Arcebispo da cidade de La Serena, 470 quilômetros ao norte de Santiago, Cox foi obrigado a renunciar em 1997. Foi transferido para Santiago, depois para Roma, em seguida para a Colômbia e agora está recluso na Alemanha.

Em 2002, o cardeal arcebispo de Santiago, Francisco Javier Errázuriz, confirmou que Cox foi transferido por “condutas impróprias” com menores.

Fonte: Estadão, 13 de abril de 2010