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Católicos passam de 93,1% para 64,6% da população em 50 anos, aponta IBGE

A pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010 alcançaram 22,2%.

[Denise Menchen e Fabio Brisolla, Folha SP, 29 jun 12] Entre 1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara católica cair de 93,1% para 64,6%. A queda foi constatada com a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de novas informações do Censo 2010.

A pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010 alcançaram 22,2%.

O número de pessoas sem religião também teve aumento expressivo, passando de 0,6% para 8% nos mesmos cinquenta anos. Continue lendo

Os indígenas no Censo Demográfico 2010 (PDF)

Primeiras considerações com base no quesito cor ou raça.

Introdução

O crescimento de 10,8% ao ano da população que se declarou indígena, no período 1991/2000, principalmente nas áreas urbanas do País, foi atípico. Não existe nenhum efeito demográfico que explique tal fenômeno.

A primeira divulgação dos resultados definitivos do Censo Demográfico 2010, no que se refere ao indígena, é proveniente do quesito cor ou raça. Essas informações são oriundas das características que foram investigadas para todos os domicílios do País, e com esses resultados foi possível comparar e analisar três referências censitárias: 1991, 2000 e 2010. Continue lendo

Índios já estão presentes em 80,5% dos municípios brasileiros; diz IBGE

Os índios já estão presentes em 80,5% dos municípios brasileiros, como mostra o resultado do Censo realizado pelo IBGE em 2010, considerando o número de índios residentes em áreas não isoladas do país. Os resultados também mostram uma pequena queda da população indígena na área urbana, que pela primeira vez foi superada pela rural.

[FSP/IBGE, 19 abr 12] Com uma população total de 817.963 mil, o número de índios em áreas rurais do país chefa a 502.783, enquanto nas zonas urbanas, o número é de 315.180. Em 2000, a população urbana de índios era de 383.298. Já na área rural, o censo de 2000 apontava uma população de 350.829 índios. O crescimento da população até 2010 foi de 178%. Continue lendo

IBGE: 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas e ocupações

Em 2010, o país possuía 6.329 aglomerados subnormais (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros) em 323 dos 5.565 municípios brasileiros.

[JB, 21 dez 11] Eles concentravam 6,0% da população brasileira (11.425.644 pessoas), distribuídos em 3.224.529 domicílios particulares ocupados (5,6% do total).

Vinte regiões metropolitanas concentravam 88,6% desses domicílios, e quase metade (49,8%) dos domicílios de aglomerados estavam na Região Sudeste. O levantamento, parte dos dados do Censo Demográfico 2010, foi divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE e também traça o perfil de serviços, como água e esgoto, disponíveis nesses locais de ocupação irregular. Continue lendo

Desigualdade entre regiões brasileiras diminui, aponta IBGE

[Pedro Soares, Folha SP, 23 nov 11] Ainda que de modo lento, segue o processo de redução da desigualdade regional da economia brasileira. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam participação de 2002 para 2009. Em contrapartida, o Sudeste manteve a tendência de redução de seu peso.

No intervalo de 2002 a 2009, o Nordeste passou de 13% de participação no PIB para 13,5%. O Norte saltou de 4,7% para 5%. Já o Centro-Oeste teve o maior avanço: de 8,8% para 9,6% –sob influência da expansão da fronteira agrícola e do peso da maior administração pública, concentrada no Distrito Federal.

Já as regiões mais ricas perderam espaço. O Sudeste viu seu peso cair de 56,7% para 55,3%de 2002 a 2009. O Sul cedeu de 16,9% para 16,5%.

De 2008 a 2009, o Nordeste teve o maior avanço e ganhou 0,4 ponto percentual. Seu peso em 2008 era de 13,1%.

Mesmo com o processo de descontração regional, apenas oito Estados –SP, RJ, MG, RS, PR, BA, DF e SC– detinham 78,1% da economia nacional em 2009. Sozinho, São Paulo abocanhava um terço do PIB –exatos 33,5%–, mas esse percentual era maior em 2002, de 34,6%.

Já em termos de crescimento econômico, a liderança em 2009 ficou com Rondônia, com alta de 7,3%, seguido por Piauí –6,2%. O pior resultado foi o do Espírito Santo, com queda de 6,7%.

Em São Paulo, a retração foi de 0,8% em razão do fraco desempenho da indústria, ramo importante na economia do Estado e que teve forte impacto da crise iniciada em 2008. O mesmo ocorreu com o Espírito Santo. Na média nacional, o PIB teve retração de 0,3% em 2009.

População do Brasil cresce 1,6 milhão em um ano

[Folha SP, 31 ago 11] A população brasileira cresceu 1,6 milhão de pessoas em um ano, de acordo com a estimativa divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Veja a população de todas as cidades (PDF)

No dia 1º de julho, segundo o instituto, a população somada dos 5.565 municípios atingiu 192.376.496 habitantes, contra 190.755.799 em 2010.

A tabela com os dados de todas as cidades foram publicados na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, e obedece determinação de leis federais, que prevêem uma divulgação anual.

As estimativas populacionais também são fundamentais para o cálculo de indicadores socioeconômicos nos períodos entre Censos, e é um dos parâmetros usados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.

Representantes de governos e prefeituras têm até 20 dias para apresentar reclamação sobre os dados ao IBGE, que decide os casos e encaminha os números finais para o TCU até o fim de outubro.

Entre as cidades, São Paulo continua sendo a mais populosa, com 11,3 milhões de habitantes, seguida pelo Rio (6,4 milhões), Salvador (2,7 milhões), Brasília (2,6 milhões) e Fortaleza (2,5 milhões). Os 15 municípios mais populosos somam 40,5 milhões de habitantes, representando 21% da população.

O conjunto das 27 capitais concentra 23,8% da população, participação semelhante à do ano 2000. Segundo o IBGE, “isso mostra que o dinamismo populacional do Brasil está seguindo novas rotas, particularmente rumo ao interior e se manifestando nos municípios de porte médio, especialmente aqueles com população entre 100 mil e 200 mil habitantes”.

Entre esses municípios, destacam-se aqueles cujas economias estão voltadas para o agronegócio, para as atividades petrolíferas e os que demandam mão de obra para a construção civil.

Fora das capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (1,2 milhão) e Campinas (1,1 milhão), em São Paulo, e São Gonçalo (1 milhão), Duque de Caxias (861,2 mil) e Nova Iguaçu (799,0 mil), no Rio.

Das seis cidades que em 2000 tinham menos de mil habitantes, somente Borá (806 habitantes), em São Paulo, e Serra da Saudade (811 habitantes), em Minas, continuam nessa situação neste ano.

Brasil tem 16,2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza

[Carolina Pimentel; Agência Brasil, 3 mai 11] Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal.

Anunciada hoje (3), a linha estipula como extremamente pobre as famílias cuja renda per capita seja de até R$ 70. Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado em breve pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

De acordo com a ministra do MDS, Tereza Campello, o valor definido é semelhante ao estipulado pelas Nações Unidas.

Para levantar o número de brasileiros em extrema pobreza, o IBGE levou em consideração, além do rendimento, outras condições como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e também energia elétrica. O IBGE também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.

Dos 16,2 milhões em extrema pobreza, 4,8 milhões não tem nenhuma renda e 11,4 milhões tem rendimento per capita de R$ 1 a R$ 70.

Edição: Lílian Beraldo

IBGE lança mapa inédito que mostra evolução do uso da terra no Brasil

[Paulo Virgílio, Agência Brasil, 8 dez 2010] O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou hoje (8) o primeiro Mapa da Utilização e do Uso da Terra no Brasil, produto inédito que revela dados sobre a história e as tendências de ocupação e utilização do território nacional. O mapa é apresentado na escala 1:5.000.000, em que cada centímetro corresponde a 50 quilômetros de território, e pode ser acessado no site do IBGE, por meio do link ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais.

O mapa transforma em imagens os dados do último Censo Agropecuário do IBGE, de 2006, e traz ainda dados, provenientes de fontes diversas, sobre extrativismo, mineração, unidades de conservação, terras indígenas e uso das águas.

De acordo com o IBGE, as informações contidas no mapa são indispensáveis para o desenvolvimento de estudos e ações nacionais e internacionais relacionados, direta ou indiretamente, ao uso da terra. É o caso, por exemplo, das áreas de economia e preservação do meio ambiente.

Quem acessar o mapa pode visualizar concentrações e direções do uso da terra no país. A lavoura temporária se organiza desde o Sul, estende-se pelo Sudeste e entra no Norte, com a abertura de frentes de ocupação mais recentes. Também é possível constatar o crescimento da pastagem plantada no Centro-Oeste, onde, desde 1985, vem substituindo a pastagem natural.

O novo mapa do IBGE mostra ainda a importância do extrativismo vegetal na Região Norte, onde, apesar dos desmatamentos, a cobertura florestal representa a maior reserva de biodiversidade do mundo. Já o Nordeste se destaca pela grande diversidade de usos agrícolas e extrativos.

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Você também pode acessar o mapa (PDF) diretamente aqui.

Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

[Publicado pelo IBGE, 26 nov 2010]

O número de domicílios brasileiros que se encontrava em algum grau de insegurança alimentar caiu de 34,9% para 30,2% entre 2004 e 2009. Isso significa que, no ano passado, 65,6 milhões de pessoas residentes em 17,7 milhões de domicílios apresentavam alguma restrição alimentar ou, pelo menos, alguma preocupação com a possibilidade de ocorrer restrição devido à falta de recursos para adquirir alimentos. Estes dados são revelados pelo levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009 sobre segurança alimentar, que registrou, ainda, que 69,8% dos 58,6 milhões domicílios particulares no Brasil estavam em situação de segurança alimentar. Eram 40,9 milhões de residências com 126,2 milhões de pessoas, o equivalente a 65,8% dos moradores em domicílios particulares do país.

A pesquisa constatou, ainda, que a insegurança de alimentos era mais aguda nas regiões Norte e Nordeste, atingindo, respectivamente, 40,3% e 46,1% dos domicílios. Além disso, segundo algumas variáveis socioeconômicas, a insegurança alimentar era maior em domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo por pessoa (55%), naqueles onde residiam menores de 18 anos (37,2%), entre os pretos e pardos (43,4%) e para aqueles com menos de 1 ano de estudo (20,2% – moderada ou grave).

Assim como a edição de 2004, o levantamento de 2009 foi realizado em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Continue lendo

IBGE: 4 em cada 5 vítimas de morte violenta no Brasil são homens

Estudo aponta que 14,9% das mortes de homens em 2009 tiveram causa violenta.

A cada cinco pessoas que morrem por causas violentas no Brasil, quatro são homens e uma é mulher. A informação faz parte das Estatísticas do Registro Civil de 2009, divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, 14,9% das mortes de homens em 2009 tiveram causas violentas, contra 16,2% em 2002. Para as mulheres, o percentual se manteve praticamente estável desde 2002, em cerca de 4%.

A proporção de mortes violentas de homens em relação às mulheres tem seu pico no Estado do Rio de Janeiro, onde 5,5 homens morrem por causas violentas para cada mulher. Em seguida, vêm Alagoas, Bahia e Paraíba (com 5,3) e Pernambuco (com 5,2).

O número de mortes violentas apresentou aumento no Norte e no Nordeste (no Norte, houve aumento de 16% para 18% em cinco anos) e redução no Sudeste (de 17% para 14%). Continue lendo

Simplificação de exigências impulsiona divórcio, constata IBGE

O impacto da simplificação no processo de divórcio já foi medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1998, estimou-se que 1,1% dos casamentos formalizados terminaram em divórcio. Esse índice chegou a 1,5% dez anos depois, o maior percentual do período. O crescimento foi identificado no levantamento “Estatísticas do Registro Civil 2008”, divulgado um ano após a publicação da Lei 11.441/07, que alterou o Código de Processo Civil (CPC) para permitir que separação e divórcio consensuais fossem feitos em cartório.

Segundo esse estudo, os divórcios realizados em cartório e aqueles decididos pela Justiça, sem recurso, totalizaram 188.090 procedimentos em 2008. Desse montante, 181.456 envolveram cônjuges com 20 anos ou mais de idade, faixa que experimentou um crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior. O IBGE atribuiu esse comportamento não só à edição da lei 11.441/07, mas também à maior aceitação do divórcio pela sociedade brasileira e à ampliação no acesso aos serviços judiciais.

É importante ressaltar que a tendência de crescimento na taxa geral de divórcios foi observada em todos os estados brasileiros de 1998 a 2008. Nesse último ano, o IBGE constatou que o volume de divórcios realizados após dois anos de separação de fato (o casal não vive mais junto) representava 70,1% do total de divórcios por escritura pública ou concedidos, sem recurso, pela Justiça. Já os divórcios concretizados após um ano da separação formal (judicial ou no cartório) alcançaram a proporção de 29,8% em 2008.

Enquanto os divórcios apresentaram um ritmo de crescimento na década analisada, as separações experimentaram um declínio, registrando-se, em 2008, uma diferença de 4,9% nas de natureza consensual. Essa redução se deve, de acordo com o levantamento, ao aumento na procura pelo divórcio direto ou pelo divórcio realizado em cartório e dependente não só de consenso entre as partes, mas também da ausência de filhos menores ou incapazes.

A maior parte das separações judiciais concedidas sem recurso e formalizadas em cartório, em 2008, foi de natureza consensual (76,2%). Em todos os estados brasileiros, prevaleceu o desejo da mulher em pedir a separação. Em 2008, a iniciativa feminina motivou 71,7% das separações judiciais não consensuais.

Já a classificação por faixa etária evidenciou, no estudo do IBGE, médias de idade mais altas para os divórcios. Os homens que recorreram à separação e ao divórcio tinham em média, em 2008, 39 e 43 anos, respectivamente. Quanto às mulheres, situavam-se na faixa de idade de 35 e 40 anos, em média, ao recorrer a cada um desses procedimentos.

Fonte: Simone Franco / Agência Senado, 29 out 2010