Estudo da Unifesp revela que 17% dos dependentes atendidos morreram após cinco anos; na Inglaterra, o Ãndice é de 0,5%; violência e doenças relacionadas ao vÃcio em álcool foram as principais causas de morte; religião é apontada como fator de proteção.
[LÃgia Formenti, Estadão, 19 set 11] O Ãndice de mortalidade entre dependentes de álcool no Brasil está próximo do registrado entre usuários de crack. Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que, em cinco anos, 17% dos pacientes atendidos em uma unidade de tratamento da zona sul de São Paulo morreram.
“É um número altÃssimo. Na Inglaterra, o Ãndice não ultrapassa 0,5% ao ano”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo.
O trabalho, que será publicado na próxima edição da Revista Brasileira de Psiquiatria, segue uma linha de pesquisa de Laranjeira sobre morte entre dependentes de drogas. O estudo feito entre usuários de crack demonstrou que 30% morreram num perÃodo de 12 anos. “Naquela mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos. Podemos dizer que os Ãndices estão bastante próximos.” Continue lendo