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Indicadores sociais na contramão do crescimento econômico

Embora ocupe o posto de sexta maior economia do mundo, Brasil apresenta índices de educação, saúde e inovação muito aquém dos países ricos da OCDE.

[Gazeta do Povo, Anderson Gonçalves, 8 jan 12] Mesmo tendo sido considerado no fim do ano passado a sexta economia mundial, o Brasil passaria vergonha se ingressasse na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apelidada de “clube dos países ricos”. Enquanto a riqueza nacional tem crescido a olhos vistos, o mesmo não se pode dizer ao avaliar seus indicadores sociais. Quando se comparam os números brasileiros relacionados a saúde, educação e inovação com os de outras nações, o país continua na rabeira, perdendo para vizinhos, como Chile e Argentina, ou nações do leste europeu, como Estônia e Eslováquia.

O Brasil já foi convidado para fazer parte da OCDE, organização que reúne 34 países, a maioria deles com economia forte e qualidade de vida. No primeiro quesito os brasileiros estão em condição privilegiada, visto que no fim de 2011 uma empresa de consultoria britânica colocou o país à frente do Reino Unido, que desceu para o sétimo lugar no ranking das maiores economias do mundo. Já no segundo item, ainda há muito o que avançar. Relatórios divulgados pela própria OCDE no ano passado indicam que em três áreas o país mantém indicadores que em nada condizem com seu crescimento econômico. Continue lendo

Relatório aponta 26 países com nível de fome alarmante

[France Presse, Folha SP, 11 out 11] Um relatório publicado nesta terça-feira pelo IFPRI (Instituto Internacional de Investigação sobre a Alimentação), em parceria com mais três ONGs, indicou que 26 países, em sua maioria da África-subsaariana e Ásia, apresentam níveis de fome “alarmantes” ou “muito alarmantes”.

O relatório sobre o Índice de fome no mundo em 2011, assinado também pela Acted (Agência de Ajuda de Cooperação Técnica e Desenvolvimento), a Concern Worldwide e Welthungerhilfe, mostra que “o número de famintos caiu desde 1990, mas não significativamente, pois segue alto o nível o que correspondente a uma situação grave”.

Baseado em dados coletados entre 2004 e 2009, o IFPRI calculou o número da fome a partir de três critérios: a taxa de desnutrição, a taxa de desnutrição infantil e a taxa de mortalidade infantil. Com isso, o índice dos países eram classificados em 5 categorias: baixo, moderado, grave, alarmante e muito alarmante.

Mundialmente o índice de 2011 diminuiu 26% em relação a 1990, e passou de 19,7 para 14,6 –medição considerada grave.

De um total de 122 países pesquisados, os quatro que apresentam um índice muito alarmante são os africanos Burundi, Chade, Eritreia e República Democrática do Congo. Continue lendo

Mortalidade infantil indígena cresce 513%

[Leonardo Sakamoto, 1 jul 11] De tempos em tempos, vem à tona a notícia de que mais uma criança indígena morreu por desnutrição em algum lugar do Brasil. O avanço da agropecuária e das cidades têm expulsado muitos povos tradicionais de suas terras ou transformando-as em favelas, o que tira deles sua autonomia alimentar. Não é coincidência, portanto, que o Estado que é a principal ponta-de-lança do agronegócio nacional, o Mato Grosso, seja também o que apresenta os números mais preocupantes de morte de crianças. É claro, sem contar o sempre presente Mato Grosso do Sul, que é hour concours no quesito “roubo de terras de populações indígenas e apropriação ilegal de sua força de trabalho” .

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou, nessa quinta, o Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil -2010 destacando que a mortalidade infantil indígena cresceu 513% se comparada a 2009. Ao todos, foram 92 crianças mortas por desnutrição ou por doenças facilmente tratáveis. O Cimi destacou a situação do povo Xavante da Terra Indígena Parabubure, no Mato Grosso, onde 60 crianças morreram vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e doenças infecciosas – o que equivale a 40% do total de nascimentos no período.

De acordo com o Conselho, o fato é conseqüência do descaso e do abandono em que vivem os indígenas do país, sendo as crianças a população mais vulnerável. No Mato Grosso, a assistência médica é precária, faltam equipamentos, médicos, enfermeiros, medicamentos e transporte para levar os doentes até a cidade. Continue lendo

Mortalidade infantil da PB é 4ª maior do país

Fonte: Jornal da Paraíba (www.jornaldaparaiba.globo.com)
Por Natália Xavier
A Tábua Completa de Mortalidade da População do Brasil, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a Paraíba é o quarto Estado do país com o maior índice de mortalidade infantil.
De acordo com o levantamento, em 2008, de cada mil nascidos vivos, 36,50 morreram antes de completar um ano. O índice ficou bem acima da média nacional, que foi de 23,30 óbitos para cada mil nascidos vivos. Entre as causas relacionadas à mortalidade infantil, estão a desnutrição, falta de saneamento básico e a dificuldade de acesso ao serviço de saúde.