A Comissão Europeia e várias ONGs estão conclamando os paÃses-membros da UE a apoiar vÃtimas de mutilação genital que vivem no bloco e proteger adolescentes do risco desta prática que viola inúmeros direitos humanos.
Praticada na Ãfrica, bem como em alguns paÃses do Oriente Médio e em comunidades da Ãsia e América Latina, a mutilação genital feminina (MGF) é um termo internacionalmente reconhecido para designar o costume de cortar a genitália das mulheres.
Adolescentes são submetidas a esse procedimento por diversas razões, explica Christine Loudes, diretora de uma campanha contra a prática coordenada pela Anistia Internacional.
“A MGF não é cometida por motivos terapêuticos, mas feita em nome da tradição, da estética e, à s vezes, da religião”, diz ela. O procedimento envolve uma remoção parcial ou completa da genitália externa da mulher e é geralmente executado sob condições precárias de higiene e sem anestesia, em crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. A MGF representa uma violação severa dos direitos humanos.
“A prática constitui tortura e degrada a vÃtima. Trata-se de uma violação dos direitos da mulher à integridade fÃsica e também dos direitos da criança, para citar apenas alguns”, acrescenta Loudes.