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Geração desconcentrada

As distrações constantes causadas pelo meio digital já afetam o aprendizado de adolescentes e jovens.

[Larry Rosen*, Estadão, 18 nov 12] Uma pesquisa recente do Pew Internet & American Life Project, em que foram entrevistados 2.462 professores dos ensinos fundamental e médio nos EUA, conclui que: “A vasta maioria concorda que as atuais tecnologias estão criando uma geração que se distrai com facilidade e só consegue se concentrar por breves intervalos de tempo”. Dois terços dos professores concordam que as tecnologias contribuem mais para distrair os alunos do que para o seu desempenho escolar.

Recentemente, minha equipe de pesquisa observou 263 alunos dos ensinos médio e superior estudando em casa por 15 minutos. O objetivo era verificar se os jovens conseguiam se manter concentrados e, em caso negativo, o que motivava a dispersão. A cada minuto, anotávamos o que eles faziam: se estavam estudando, trocando mensagens de celular, se havia um som ou uma TV ligados, se estavam diante de um PC e quais sites visitavam. Continue lendo

Facebook tem 5,6 milhões de crianças em sua rede social

[Diane Bartz, Reuters, 19 set 12] O Facebook tem um segredo, um número não revelado em seus volumosos documentos para tornar-se uma companhia de capital aberto, e agora apenas ligeiramente abordado por representantes da empresa.

Estima-se que 5,6 milhões de clientes do Facebook –cerca de 3,5 por cento de seus usuários norte-americanos– sejam crianças, as quais a companhia diz que estão banidas de participar da rede social. Continue lendo

Geração conta-tudo expõe a vida numa internet incapaz de esquecer

Os elefantes e a internet têm algo em comum: eles nunca esquecem.

Lucieny Moraes, 18, que o diga. Ao digitar o próprio nome no Google, a garota encontrou o fotolog que havia abandonado em 2006.

Ela não gostou da surpresa. “As fotos são velhas, e o jeito como eu escrevia era engraçado”, diz. “Se alguém vir isso, vai ser uma desgraça!”

Como não se lembra da senha de acesso ao site, Lucieny não consegue apagar as fotos. E, mesmo que conseguisse, a informação ainda apareceria na busca do Google (leia mais no infográfico abaixo).

“As ferramentas da internet foram construídas para guardar toda informação que chega a elas”, explica Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife.

Mas, ao contrário da web, “a natureza humana é baseada no esquecimento”, diz. “Não nos lembramos dos detalhes após um certo tempo.”

Isso, é claro, sem a forcinha da internet. Ele cita o vídeo de Daniela Cicarelli na praia, que, mesmo depois de deletado, ainda circula na internet. “As pessoas baixam e ‘repostam'”, explica.

É esse tipo de questão que a geração conta-tudo, que cresceu com acesso à rede, nem sempre tem em mente.

“Os ‘nativos digitais’ não têm maturidade emocional para avaliar o que pode ser exposto ou não”, diz a psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP.

Essa imaturidade pode ter consequências. A pesquisa “Norton Online Family Report” aponta, por exemplo, que 79% dos brasileiros de oito a 17 anos já tiveram experiências negativas on-line.

Segundo um estudo inédito da Safernet Brasil, os jovens divulgam na rede desde nome (57%) até celular (5%).

“Eles se assustam quando se dão conta da repercussão que a web pode ter”, diz Rosa.

FORA DE CONTROLE

Em ferramentas como o Twitter, uma informação pode viajar rápido e longe.

Uma pesquisa feita pela equipe do site constatou que 50 milhões de “tweets” são publicados por dia: são 600 tuitadas por segundo.

E isso inclui os “RTs”. Como os usuários repassam os “tweets”, não adianta o autor tentar apagá-los mais tarde.

Daniela Adamek, 16, tuita quase 40 vezes por dia. Mas não teve problemas com o que compartilhou na rede.

“Eu penso muito antes de mostrar as coisas”, afirma.

Saber o que dizer e o que guardar para si foi a fórmula que Gustavo Jreige, 21, seguiu nos sete anos em que manteve um blog pessoal.

Assim, o rapaz ganhou destaque e foi convidado para ser sócio de uma agência de publicidade voltada a mídias sociais. “A internet é uma representação do mundo real, e é cruel como ele.”

VIDA SEM SENHA

O quanto compartilhar a vida na rede prejudicará os jovens depende de um futuro ainda incerto. Especialistas apostam no “perdão social”: lá na frente, as pessoas vão relevar informações antigas que circulam na web.

Mas não é esse o cenário atual. “Vivemos em uma era sem capacidade para o arrependimento on-line”, afirma Patricia Peck Pinheiro, advogada especialista em direito digital.

“Aos 40 anos, alguém pode ser julgado pelo que fez aos 16”, completa Félix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil. “Pode ser que haja tolerância, mas é melhor se precaver.”

Fonte: Folha SP, 26 jul 2010

Internet remodela o cérebro e prejudica poder de concentração dos jovens, diz novo e polêmico estudo

O Globo, 11 fev 10

Os jovens estão perdendo a capacidade de concentração por causa da internet, diz um novo e polêmico estudo da University College de Londres. Segundo os pesquisadores, a revolução digital estaria remodelando o funcionamento do cérebro de crianças e adolescentes, tornando-as mais hábeis para executar tarefas múltiplas, mas prejudicando o poder de concentração. A descoberta corrobora a ideia de que a internet e os aparelhinhos eletrônicos não estão apenas mudando o comportamento das pessoas, mas também a maneira como elas pensam.

O pesquisador David Nicholas, da Universidade College London, avaliou a capacidade de 100 voluntários e pediu para que respondessem a uma série de questões a partir da navegação na internet. Os primeiros resultados mostraram que aqueles entre 12 e 18 anos gastam menos tempo na busca pela informação antes de darem a resposta do que os voluntários mais velhos. Este grupo de 12 a 18 anos, em média, respondeu a uma pergunta depois de olhar metade do número de sites e gastar 1/6 do tempo olhando a informação quando comparado ao grupo mais velho.

Os adolescentes que cresceram no mundo da web se destacaram na realização de tarefas múltiplas. Os voluntários mais jovens – nascidos depois de 1993 – também consultaram mais as respostas dos amigos ao invés de buscarem suas próprias informações e deram respostas mais incompletas. Os mais novos também usaram a internet de uma maneira diferente dos mais velhos: navegaram por um maior número de sites e raramente voltavam para uma mesma página duas vezes.

– A maior surpresa foi que os jovens pareciam estar saltando na web. Eles entravam em sites, olhavam uma ou duas páginas, e continuavam em frente. Ninguém pareceu se dedicar um tempo maior a qualquer assunto – diz Dave Nicholas.

Esse novo modo de pensar estaria associado uma capacidade menor de lidar com disciplinas lineares, como leitura e escrita, porque as mentes dos jovens estariam remodeladas para pensar de uma maneira diferente.

– Está claro que, para o bem ou para o mal, essa nova geração está sendo remodelada pela web – garante o psicólogo Aleks Krotoski, ligado ao estudo.

O cientista político David Runciman, da Universidade de Cambridge, conta a sua experiência em sala de aula:

– Todos os alunos no primeiro dia de aula perguntam: ‘o que teremos que ler?’ Quando digo que será um livro, todos reclamam, como se não fizessem isso há dez anos. Para logo depois perguntarem: ‘De quantas páginas?’.

Adolescentes estão perdendo interesse nos blogs, indica pesquisa

BBC Brasil, 4 fev 2010

Os internautas mais jovens estão perdendo o interesse nos blogs e se voltando cada vez mais para formas mais curtas e portáteis de comunicação pela rede, enquanto a popularidade dos blogs entre os mais velhos se mantêm inalterada, segundo indica uma pesquisa americana.

Segundo o estudo feito pelo Pew Research Center, o número de jovens internautas americanos entre 12 e 17 anos que escrevem blogs caiu de 28% para 14% desde 2006.

Os adolescentes que disseram ter feito comentários em blogs de colegas caiu de 76% para 52% no mesmo período.

A pesquisa indica que os adolescentes vêm preferindo colocar postagens curtas em sites de redes sociais ou de micro-blogging, como o Facebook ou o Twitter, ou acessar a internet pelo telefone celular.

Ao mesmo tempo, a proporção de internautas adultos que disseram manter um blog na rede se manteve constante de 2006 para cá, em cerca de 10%.

Apesar de a popularidade dos blogs ter se mantido constante de uma maneira geral entre os adultos, a pesquisa mostra uma diferença clara quando analisados os dados entre os grupos por faixas etárias específicas.

A proporção de internautas entre 18 e 29 anos que mantêm um blog caiu de 24% para 15% desde 2007, enquanto entre os internautas com 30 anos ou mais essa proporção cresceu de 7% para 11%.

Redes sociais

Se por um lado a popularidade dos blogs tradicionais vem caindo entre os mais jovens, segundo indica a pesquisa, os dados mostram um envolvimento cada vez maior dos adolescentes em redes sociais na internet.

Segundo um estudante ouvido pela pesquisa, os adolescentes estão perdendo o interesse nos blogs porque eles precisam de rapidez e “as pessoas não acham a leitura tão divertida”.

De acordo com o estudo da Pew, 73% dos adolescentes americanos disseram usar sites de relacionamento social atualmente, contra 55% em novembro de 2006 e 65% em fevereiro de 2008.

A pesquisa indica ainda um aumento da popularidade do acesso à internet pelo celular – 55% dos jovens entre 18 e 29 anos e 27% dos adolescentes de 12 a 17 disseram acessar a rede dessa maneira.

Outro resultado interessante da pesquisa é que, ao contrário da maioria dos sites de relacionamento ou micro-blogging, o uso do Twitter é mais popular entre os adultos jovens do que entre os adolescentes.

Segundo o estudo, 8% dos adolescentes leem postagens ou escrevem no Twitter, contra 19% dos adultos maiores de 18 anos. Na faixa etária entre os 18 e os 29 anos, o uso da rede de micro-blogging chega a 37%.

Nativos vs. imigrantes digitais: o atual conflito virtual na publicidade

Por Leonardo Rios, na Revista Webdesign

De cara já falo que sou um “Nativo Digital”. Mas o que é isso? Nasci e cresci em uma geração que tem em seu interior a cultura virtual desde sua infância até os dias atuais. Com três anos, ganhei minha primeira televisão, com cinco meu primeiro videogame e com 12 meu primeiro computador, um Pentium 166 com 4GB de HD: top de linha na época.

Esses são os “nativos digitais”: aqueles que nasceram a partir dos anos 80 e acompanharam uma evolução tecnológica completamente acelerada, com mudanças enormes em curtíssimos períodos de tempo e inserida em uma linguagem nova, onde o teclado e o mouse são os maiores acompanhantes durante todos os dias. Pen-drivers então? Essas são indispensáveis. Já vêm até na lista de material escolar.

Trabalhamos, estudamos e nos divertimos na frente de uma tela, conectados à internet. E se ela “cair”, ficamos completamente perdidos, sem saber como fazer nada. Somos verdadeiros dependentes, tendo o Brasil 64,5 milhões de usuários que passam em média 25% do seu tempo na rede.

Em contrapartida, lidamos com uma geração que precede a nossa, onde, salvo exceções, são leigos em assuntos virtuais, ou seja, não “falam nossa língua”. Esses são os “Imigrantes Digitais”. Tudo é mais difícil, desde descobrir funcionalidades de um novo programa de computador, até entender o porquê é importante estar na internet, seja como forma de pesquisa ou de divulgação de seus negócios e empresas. E é aí que começa o conflito.

Como em todo tipo de migração, aprender a nova língua – e seus costumes – é algo difícil e demorado. Twitter, Flickr, Facebook, MySpace, Plurk, Widget, LastFM, Orkut, Delicious, Blog, Flashmob, Hotsite e outros milhares de termos são complicados de se familiarizar. E entender os benefícios que eles podem trazer para uma marca é algo mais complicado ainda.

Em sua grande maioria, presidentes, diretores e donos de empresa são esses imigrantes. Vieram da geração televisão e ainda não entendem que, atualmente, ela é só uma companheira em todos os lares. Fazendo uma comparação grosseira, ela é um rádio com imagens, que ligamos para não nos sentirmos sozinho enquanto navegamos pela internet. Por serem dessa geração, continuam investindo a maioria da sua verba publicitária nestes veículos do passado, apesar de saber que necessitam estar de alguma maneira na web. Eles só não entendem como e quem procurar para instruí-los nessas horas.

Nesse momento, aparece outra grande questão colocada pela grande maioria destes imigrantes: por que uma campanha on-line não custa R$1.000,00? Parece-me algo tão simples… Bastam meus produtos ali, alguns cliques e pronto. Está ótimo! E foi ao longo dessas conversas e reuniões que cheguei a uma conclusão da qual tenho certeza ser a maior responsável por essa percepção sobre a web: a intangibilidade de uma campanha digital. Como pagar caro por algo intangível, que não possui matéria-prima (na teoria) e não se vê nas ruas, bancas de jornal e televisão?

É nessa hora que eu explico a complexidade que envolve uma estratégia digital acertada. Para que se obtenha resultado em qualquer segmento, você precisa ter o melhor nas mãos. E esse melhor sempre tem um custo um pouco mais alto. Para desenvolver um simples site, uma agência passa por uma série de etapas que vou resumir abaixo:

Reunião com Cliente > Briefing > Brainstorm Criativo > Planejamento de Mídia > Levantamento de Custos > Elaboração de Proposta Comercial Personalizada > Reunião de Entrega Comercial > Elaboração de Contrato > Elaboração de Layout > Programação em Diversas Linguagens > Mudanças do Cliente > Depuração de Bugs > Entrega Final > Relatório de Mensuração de Resultados. Isso sem contar na capacidade criativa, pois boas ideias são imensuráveis, não possuem um preço determinado.

Vendo tudo isso, dá para imaginar quantos profissionais estão envolvidos no processo, não é? Em um simples projeto, temos pelo menos duas pessoas focadas no atendimento, um trio de criação contendo um Designer, um Programador e um Redator, um Diretor de Criação, Departamento Jurídico e Financeiro e um profissional de planejamento…

Isso sem contar com custos fixos e depreciação de materiais caros e máquinas de última geração para suportar os melhores programas da atualidade, o que faz com que tenhamos que mudar 90% da estrutura maquinaria da empresa a cada dois anos no máximo. E isso é o básico. Projetos de maior complexidade envolvem diferentes linguagens de programação, interações e “aplicabilidades”: PHP, ASP.net, AS 3.0, Java, Ruby on Rails, entre outras.

Felizmente, pesquisas mostram uma grande evolução nesta área, com uma perspectiva alta da internet ultrapassar outros meios de comunicação devendo se tornar o principal veículo publicitário em menos de três anos na Europa.

Por aqui, ela ainda é responsável por somente 4% do investimento publicitário, sendo a métrica de mensuração de resultados uma das maiores responsáveis pela desconfiança dos investidores, pois ainda não entendem como o calculo é feito e os resultados são atingidos.

Dentre em breve, nativos e não nativos digitais estarão cada vez mais juntos e com a mesma maneira de pensar, descobrindo milhares de novas possibilidades e utilidades para a maior rede do mundo. E esta é a maior notícia que nosso mercado pode ter, provando a importância de profissionais cada vez mais qualificados e soluções cada vez mais criativas.

Por Leonardo Rios
Bacharel em Propaganda e Publicidade, com ênfase em Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM), pós-graduado em Gestão de Design pela ESPM-RJ e sócio da Zign Marketing Digital .

La nueva generación de adolescentes valora la familia, la ecología y lo digital

EFE, Madrid

Unos 3.200 chavales de ocho a catorce años fueron entrevistados en Alemania, Italia, España, Francia, Reino Unido y Polonia para hacer una radiografía de esta primera generación con mentalidad digital. Si bien crecen en un mundo dominado por la cultura del éxito sin esfuerzo, dan más valor a la familia y a los amigos.

Han recibido una educación completamente digital y no se imaginan la vida sin internet, ordenadores o teléfono móvil, pero también están más concienciados socialmente, son ecologistas y, ante todo, poseen profundos valores familiares. Es la Generación XD, adolescentes de entre 8 y 14 años.

Son los hijos e hijas de unos padres que nacieron en la década de los 70 del siglo pasado, la que se conoce como Generación X, y que para algunos es la de la apatía o la generación perdida. Hoy tienen de 35 a 45 años y en su adolescencia jugaron a las canicas, pero también a la Playstation.

Unos 3.200 chavales entre ocho y 14 años fueron entrevistados en Alemania, Italia, España, Francia, Reino Unido y Polonia para hacer una radiografía de esta primera generación con mentalidad digital.

Una generación “positiva y socialmente concienciada que utiliza la tecnología que les rodea para crear un impacto positivo en sus vidas y en su comunidad”, según Victoria Hardy, directora ejecutiva de esta investigación realizada por la multinacional Disney, la consultora TNS y The Future Laboratory.

Aunque crecen en un mundo dominado por la cultura del éxito sin esfuerzo, los adolescentes XD, asegura el estudio, rompen con el mito y dan más valor a la familia y a los amigos. La persona más admirada es su madre.

En el caso concreto de los adolescentes españoles el porcentaje alcanza el 39%, mientras que la figura del padre, con un 32%, ocupa el segundo puesto en el ránking de admiración. De ahí que la familia ocupe, entre los chicos XD españoles, el primer puesto en la lista de las cinco cosas más importantes para su futuro. La felicidad, la salud, un buen trabajo y los amigos son las otras cuatro.

Como ocurre en el resto de Europa, las profesiones tradicionales son las que más atraen a los españoles (profesor, médico, veterinario, policía), si bien la de futbolista ocupa el tercer puesto de preferencias.

Los resultados “rompen con el mito que establece que la cultura de los famosos es tan persuasiva que los niños de mayores quieren ser famosos por encima de todas las profesiones”, dice el informe.

La nueva generación utiliza las tecnologías “para crear un impacto positivo en sus vidas y en su comunidad”, sin renunciar al “cara a cara” en sus relaciones sociales, la manera preferida por el 30% de los encuestados para verse con los amigos, frente a los que prefieren los mensajes de texto (15%), chatear en la red (14%) o los mensajes a través del móvil (8%). Para el 95%, internet y los ordenadores son “importantes”.