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Crianças sírias passam por sofrimento ‘indescritível’, diz ONU

siria criancasUm novo relatório mostra que crianças têm passado por sofrimentos “indescritíveis e inaceitáveis” durante a guerra civil na Síria, informou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

[BBC Brasil, 5 fev 2014] Há relatos de crianças vítimas de abusos sexuais e tortura após serem detidas pelo governo; e os rebeldes – inclusive o Exército pela Libertação da Síria, apoiado pelo Ocidente – são acusados de recrutar crianças para combater o regime.

O relatório da ONU estima que mais de 10 mil crianças tenham sido mortas nos três anos de conflito. Outras milhares foram feridas ou estão desaparecidas.

Não é a primeira vez que a ONU acusa governo e rebeldes sírios de violações contra direitos infantis, mas este é o primeiro relatório a ser apresentado ao Conselho de Segurança da entidade.

A representante especial da ONU para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, deve apresentar o relatório a diplomatas na semana que vem.

Estupros

O relatório, que abrange período de 1º de março de 2011 a 15 de novembro de 2013, aponta que no início do levante contra o presidente Bashar al-Assad as violações eram cometidas sobretudo pelo Exército sírio, pelos serviços de inteligência e por milícias pró-governo.

Depois, à medida que o conflito se intensificou, a oposição armada se tornou mais organizada e cresceram as provas de que crimes contra crianças foram cometidos também pelos rebeldes.

Segundo o relatório, muitas delas foram detidas como adultos, maltratadas e torturadas pelo regime, sobretudo entre 2011 e 2012.

Testemunhas disseram que os abusos, contra meninos e meninas, incluíam “espancamentos com cabos de metal, chicotes e bastões; choques elétricos, inclusive nos órgãos genitais; unhas sendo arrancadas; estupros ou ameaças de estupro; fingir que vai matar a criança (como forma de tortura psicológica); queimaduras de cigarro; confinamento em solitárias; e exposição à tortura de parentes”.

Investigadores documentaram relatos de violência sexual perpetrada por soldados e oficiais de inteligência contra crianças suspeitas de serem ligadas à oposição.

Segundo testemunhas, a violência sexual foi usada para humilhar, forçar confissões ou pressionar um parente a se render.

Também houve relatos de estupros que teriam sido cometidos por rebeldes, mas os investigadores não conseguiram ir à fundo nas acusações.

Na semana passada, o vice-chanceler sírio, Faisal Mekdad, negou que o governo tivesse detido crianças e acusou rebeldes de sequestrar e matar menores.

Soldados mirins

O relatório da ONU também destaca o recrutamento de meninos de 12 a 17 anos, que aprenderam a usar armas para combater no conflito ou trabalhar em postos de checagem.

“Entrevistas com crianças e seus parentes indicam que a perda de familiares, a mobilização política e a pressão de amigos, familiares e comunidades contribuíram para o envolvimento de crianças com grupos associados ao Exército pela Libertação da Síria”, diz o texto. “Muitos meninos sentiram que era seu dever se unir à oposição.”

Um porta-voz dos rebeldes disse ao New York Times que seus integrantes têm de ter ao menos 18 anos, mas admitiu a possibilidade de alguns grupos recrutarem menores de idade.

O relatório afirma também que crianças foram usadas como escudos humanos e alvejadas durante protestos, em ataques aéreos, terrestres e de armas químicas.

Além disso, há suspeitas de que as forças rebeldes tenham promovido execuções primárias.

Ban instou os dois lados do conflito a proteger e preservar os direitos das crianças.

ONU alerta que 2,4 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano

Image: Kaleidoscope U of Alabama Birmingham

Em 80% dos casos as mulheres são transformadas em escravas sexuais. O tráfico de pessoas também é associado ao narcotráfico e ao contrabando de armas

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 4 abr 12] Brasília – O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) informou que cerca de 2,4 milhões de pessoas no mundo foram vítimas de tráfico de seres humanos pelo menos uma vez. Segundo dados da entidade, em 80% dos casos as mulheres são transformadas em escravas sexuais. O tráfico de pessoas também é associado ao narcotráfico e ao contrabando de armas, segundo especialistas. Continue lendo

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 10 dez 1948 (A/RES/217). Esboçada por John Peters Humphrey, do Canadá, delineia os direitos humanos básicos.

Conheça o texto! 

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Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; Continue lendo

Sob investigação, Israel rompe com Conselho de Direitos Humanos da ONU

Israel anunciou nesta segunda-feira o rompimento dos seus contatos com o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, que na semana passada decidiu investigar os assentamentos judaicos da Cisjordânia.

[Reuters/FSP, 26 mar 12] O rompimento, anunciado pela chancelaria de Israel, implica que os investigadores da ONU não poderão realizar seu trabalho pessoalmente no território israelense ou na Cisjordânia, que é um território palestino ocupado por Israel.

“Não estamos mais trabalhando com eles”, disse o porta-voz Yigal Palmor. “Estávamos participando de reuniões, discussões, arranjando visitas a Israel. Tudo isso acabou.” Continue lendo

Não há saída militar para o fim da violência na Síria, afirma ONU

O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro preside a comissão da Nações Unidas que investiga violações dos direitos humanos na Síria. Em segundo relatório, comissão diz que só diálogo resolverá a crise: “a Síria não é a Líbia”.

[DW, 23 fev 12] Em segundo relatório, divulgado nesta quinta-feira (23/02/12), a Comissão de Inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU afirma que só o diálogo pode acabar com a violência na Síria. O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que presidiu a investigação, conversou com a DW Brasil sobre as conclusões apontadas no documento. Continue lendo

Relatório da ONU sobre violência sexual em áreas de conflito lista piores criminosos

[ONU BR, 24 fev 12] O relatório anual das Nações Unidas sobre violência sexual em áreas de conflito nomeia, pela primeira vez, as forças militares, milícias e grupos armados suspeitos entre os piores criminosos.

O documento, que abrange o período de dezembro de 2010 a novembro de 2011, inclui o Exército de Resistência do Senhor (LRA) na República Centro-Africana e no Sudão do Sul, milícias e ex-militares na Costa do Marfim, além das Forças Armadas da República Democrática do Congo. Continue lendo

Estatuto dos Refugiados faz 60 anos com recorde de pessoas em fuga

Somália: cidadãos fogem da fome e buscam refúgio em países vizinhos

Criado para proteger sobreviventes da Segunda Guerra, Estatuto dos Refugiados visa dar proteção ampla a quem precisa deixar seu país de origem. Em 60 anos, refugiados passaram de 2,1 milhões a 43,7 milhões.

[DW 28 jul 11] Desde que o Estatuto dos Refugiados foi criado, há 60 anos, a preocupação em torno do tema aumentou ao longo das décadas. No ano passado, o número de pessoas em fuga alcançou o seu valor mais alto: 43,7 milhões de desalojados, dentre eles 15,6 milhões fora do próprio país.

A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados foi adotada em 28 de julho de 1951, entrando em vigor em abril de 1954. Diferentemente de antigas leis internacionais, o código foi elaborado com o intuito de abranger um grande número de pessoas, sem discriminação por raça, religião, sexo e país de origem. Na época, este documento só considerava pessoas que se haviam tornado refugiadas até 1951. Continue lendo

Número global de pessoas deslocadas é o maior em 15 anos, diz ONU

[BBC Brasil, 20 jun 11] A agência de refugiados da ONU afirmou que 43,7 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas no mundo até o final de 2010 – o maior número em 15 anos, e um total superior a toda a população da Argentina.

Essas pessoas foram obrigadas a fugir de conflitos armados, violência, perseguição, violações de direitos humanos e desastres naturais.

Os dados constam do relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados(Acnur), divulgado nesta segunda-feira, quando é marcado o Dia Mundial de Refugiado.

Dessas 43,7 milhões de pessoas, 27,5 milhões foram deslocadas internamente (não cruzaram a fronteira de seus países), 15,4 milhões têm o status de refugiadas e mais de 800 mil são solicitantes de asilo (pessoas que pediram proteção internacional, mas ainda não são consideradas refugiadas). Continue lendo

ONU aprova resolução de igualdade para homossexuais

[Folha SP, 17 jun 11] O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou pela primeira vez a discriminação com base na orientação sexual ao aprovar uma resolução histórica destinada a promover a igualdade dos indivíduos sem distinção.

A resolução afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito a sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades (…) sem nenhuma distinção”.

O texto, apresentado pela África do Sul, estabelece ainda um painel para rever leis discriminatórias e as violências contra as pessoas por sua orientação sexual ou identidade de gênero em todo o mundo.

A resolução foi aprovada por 23 votos a favor, contra 19 contrários e três abstenções. Entre os que aprovaram a medida está o Brasil, Estados Unidos e países da União Europeia. Continue lendo

ONU alerta sobre violência sexual na Costa do Marfim, Líbia, no Congo e em regiões de Angola

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 15 abr 11] Aumentou o número de denúncias de violência sexual nos conflitos armados na Costa do Marfim, Líbia, no Congo e em algumas regiões de Angola. O alerta foi feito ontem (14) pela  representante especial do secretário-geral sobre a Violência Sexual em Conflito nas Nações Unidas,  Margot Wallström. Para ela, é urgente que as autoridades tomem providências efetivas antes que a situação se agrave.

As informações são das Nações Unidas. “Mesmo na  tirania da urgência, as provas concretas aparecem”, afirmou Wallström durante apresentação no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Nossos esforços são para defender a segurança internacional e isso não será completo se não incluir o fim da violência sexual antes mesmo de ela começar.”

A representante lembrou que em dezembro de 2010, o Conselho de Segurança aprovou a resolução que define a necessidade de acabar com a impunidade para os crimes sexuais e recomenda a adoção de medidas para lidar com a “violência sexual generalizada e sistemática” em situações de conflito armado. Continue lendo

Violência é principal limitação para alcance de objetivos do milênio, diz Banco Mundial

[BBC Brasil, 11 abr 11] Um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Mundial afirma que a violência é a principal limitação para que países alcancem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Os objetivos são metas estabelecidas pela ONU para reduzir pobreza, fome, morte de mães e crianças, moradia inadequada, desigualdade entre os sexos e degradação ambiental até 2015.

Segundo o “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011: Conflito, Segurança e Desenvolvimento“, lançado em Washington, uma em cada quatro pessoas no mundo (ou 1,5 bilhão de habitantes) vive em países afetados por “repetidos ciclos de violência política e criminosa”.

“Nenhum país frágil e de baixa renda afetado por conflitos alcançou até hoje um único Objetivo do Milênio”, diz o Banco Mundial. Segundo o estudo, em países onde há violência prolongada, as taxas de pobreza são, em média, 20 pontos percentuais mais altas que em outras nações.

O relatório diz que países que passaram por conflitos violentos costumam enfrentar “repetidas ondas de instabilidade e violência política e criminal” e afirma que mais de 90% das guerras civis na década de 2000 ocorreram em países que já haviam enfrentado uma guerra civil nos 30 anos anteriores. Continue lendo

Relatório da ONU revela que os povos indígenas são parte da população mais pobre do mundo

Reportagem de Isabela Vieira, da Agência Brasil, publicado pelo EcoDebate, 15/01/2010

Os povos indígenas vivem em situação de pobreza no planeta. A afirmação consta de um relatório [The State of the World’s Indigenous Peoples] divulgado ontem (14) pela Organização das Nações Unidas (ONU) que mostra que cerca de 15% dos 370 milhões de índios representam um terço dos mais pobres do mundo e também um terço dos 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza, com menos de U$ 4,00 por dia, e habitam áreas rurais.

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