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O colapso dos seminários [católicos]

Vivemos um momento fascinante da história eclesial. Para aqueles que acompanham os comentários nas publicações mais intelectualmente atentas ao redor do mundo, o colapso agora é quase palpável, apesar de acontecimentos como a canonizações em Roma há poucas semanas.

O Vaticano II tem sido visto por muitos como uma oportunidade para a Igreja se renovar e manter sua relevância no mundo moderno. Tom McMahon, como muitos de nós, ficou muito animado com o horizonte que o Concílio entreabriu. Hoje, a iniciativa se perdeu, e a instituição parece estar desmoronando em um museu e em uma reminiscência, largamente irrelevante para as necessidades da grande maioria que ela uma vez batizou em nome de Jesus.

McMahon continua sua exploração do colapso. Hoje, ele chama a atenção para o sistema de seminários, que está no núcleo do poder da instituição desde o Concílio de Trento.

Tom McMahon é ex-padre e agora casado, vive em San Jose, nos EUA, e continua contribuindo com a discussão católica em diversos âmbitos. O artigo foi publicado no sítio Catholica, 26-10-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto. Continue lendo

Igreja pede contribuições de fiéis para ver o papa na Grã-Bretanha

A Igreja católica da Grã-Bretanha pediu que os fiéis do país paguem entre 10 e 25 libras (equivalente a entre R$ 27 e R$ 70) para assistir a missas e outros eventos públicos do papa Bento 16 durante sua visita ao país em setembro, de acordo com o jornal britânico The Times.

Os donativos vão ser usados para pagar parte dos custos da viagem de quatro dias, calculados em 12 milhões de libras (aproximadamente R$ 33,5 milhões) para o contribuinte do país.

A Igreja britânica deve contribuir com 7 milhões de libras (cerca de R$ 19,5 milhões).

Bento 16 deve passar quatro dias viajando pela Grã-Bretanha e irá visitar Londres, Edimburgo, Glasgow e Birmingham.

Produtos

O alto custo da viagem do papa – e o seu ônus para o contribuinte – provocaram polêmica no país, onde a maioria da população é anglicana, não católica.

O evento mais caro (25 libras) será a missa em Birmingham dia 19 de setembro, na qual o cardeal John Henry Newman será beatificado, diz uma nota divulgada pela Conferência de Bispos da Inglaterra e do País de Gales.

O evento mais barato será uma vigília de orações no parque londrino Hyde Park, dia 17, com ingressos a cinco libras.

Cada fiel que contribuir financeiramente receberá, além do ingresso para o evento, um CD comemorativo e um cartão postal.

De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, salientou que aqueles que não possam pagar para ver o papa serão isentos da contribuição.

O coordenador da visita papal, monsenhor Andrew Summersgill, também enfatizou que o que a igreja está pedindo “é uma contribuição, não uma taxa”.

Merchandising

Também começaram a ser comercializados na Grã-Bretanha produtos comemorativos da visita, como camisetas, bandeiras, bonés, velas e canecas.

As camisetas têm estampas variadas e preços que variam de 15 a 20 libras (cerca de R$ 42 a R$ 55). Os bonés saem por 15 libras e canecas, por entre oito e dez libras (R$ 22 e R$ 28).

A última visita de um papa ao país foi em 1982, quando João Paulo 2º fez uma visita pastoral.

Bento 16 foi convidado pela rainha Elizabeth 2ª para uma visita tanto pastoral, como de chefe de Estado.

Fonte: BBC Brasil, 5 ago 2010

Papa João Paulo II se flagelava frequentemente, diz livro

Philip Pullella, Reuters (via Estadão)

ROMA - O papa João Paulo II se flagelava regularmente para imitar o sofrimento de Cristo e teria assinado um documento secreto comprometendo-se a renunciar ao pontificado, em lugar de ocupá-lo de modo vitalício, se ficasse incuravelmente doente. As revelações estão contidas em um livro recém-lançado.

Papa João Paulo II queria renunciar ao pontificado por doença

O livro, intitulado Why a Saint? (Por que um santo?), foi escrito pelo monsenhor Slawomir Oder, o funcionário do Vaticano encarregado do processo que pode levar à canonização de João Paulo, e inclui alguns documentos inéditos.

João Paulo II morreu em 2005 e esteve doente, passando por sofrimento físico, durante vários momentos de seu pontificado. Ele foi baleado e quase morto em 1981, foi submetido a várias cirurgias, incluindo uma devida a um câncer, e sofreu da doença de Parkinson por mais de uma década.

Lançado na terça-feira, o livro revela que, mesmo quando não estava doente, João Paulo se flagelava, algo que no cristianismo é conhecido como mortificação, para sentir-se mais próximo de Deus.

“Tanto em Cracóvia como no Vaticano, Karol Wojtyla se flagelava”, escreve Oder no livro, citando depoimentos de pessoas do círculo mais próximo de João Paulo na época em que ainda era bispo em seu país de origem, a Polônia, e depois de ser eleito papa, em 1978.

“Em seu armário, em meio a suas vestimentas, um tipo especial de cinto ficava pendurado num cabide, e ele o usava como açoite”, escreve Oder.

Ainda segundo o autor, quando era bispo na Polônia João Paulo frequentemente dormia no chão duro para praticar o asceticismo.

Muitos santos da Igreja Católica, incluindo São Francisco de Assis, Santa Catarina de Siena e Santo Inácio de Loyola, praticavam a flagelação e o asceticismo como parte de sua vida espiritual.

O livro também confirma que, quando sua saúde ficou fragilizada, João Paulo redigiu um documento para seus assessores afirmando que renunciaria ao pontificado se ficasse incuravelmente doente ou permanentemente incapacitado de cumprir seus deveres de papa.

Ele assinou o documento em 15 de fevereiro de 1989, oito anos após o atentado fracassado contra sua vida. A existência do documento foi motivo de muitos rumores e relatos ao longo dos anos, mas o texto foi publicado na íntegra no livro, pela primeira vez.

No final, o papa decidiu permanecer em sua função até sua morte, dizendo que isso era para o bem da Igreja. Se tivesse renunciado, teria sido o primeiro pontífice católico a fazê-lo por vontade própria desde 1294.

João Paulo chegou mais perto da canonização no mês passado, quando o papa Bento aprovou um decreto reconhecendo que seu predecessor viveu a fé cristã heroicamente. Foi um dos passos chaves no procedimento pelo qual a Igreja reconhece seus santos.

O próximo passo será o reconhecimento de um milagre atribuído a João Paulo. O milagre envolve uma freira francesa que foi inexplicavelmente curada do mal de Parkinson depois de fazer uma oração para o papa.

Depois de o Vaticano reconhecer o acontecimento como milagre, João Paulo poderá ser beatificado. A beatificação é o último passo antes da canonização.