Cibercultura inventa uma forma de promover a essência da humanidade
Longe de ser uma subcultura de fanáticos da rede, a cibercultura exprime uma mutação maior da própria essência da cultura, pois ela inventa uma forma de promover a autoconsciência da humanidade sem impor uma unidade do sentido.
Num primeiro momento, a humanidade compõe-se de uma profusão de totalidades culturais dinâmicas ou de “tradições” mentalmente encerradas em si mesmas, o que não impede, é claro, nem os encontros nem as influências. “Os homens” por excelência são os membros da tribo. Raras são as proposições das culturas arcaicas que se referem a todos os seres humanos sem exceção. Nem as leis (não “os direitos humanos”), nem os deuses (não as religiões universais), nem os conhecimentos (não os procedimentos de experimentação ou de raciocÃnio universalmente válidos), nem as técnicas (não as redes nem os padrões mundiais) são universais em sua própria construção. Continue lendo