De todos os efeitos que a rápida ascensão da China tiveram sobre a economia mundial na última década, a alta dos preços dos alimentos e de outras matérias-primas é, certamente, um dos que mais despertam a atenção dos economistas. Em poucos anos, muitas commodities ficaram duas ou três vezes mais caras do que no inÃcio dos anos 2000. E, apesar dos revéses sofridos após o estouro da crise financeira americana, em 2008, e do agravamento dos problemas europeus, nos últimos meses, os preços se mantêm bem acima das médias históricas.
[Gerson Freitas Jr, Valor, 21 dez 11] Poucos estudiosos acreditam se tratar de um movimento de curto prazo. Pelo contrário, para a maioria, a escalada dos últimos anos parece sepultar de vez a era das matérias-primas baratas, uma das bases que sustentaram o crescimento econômico durante o século 20. Agora, economistas de várias tendências se veem obrigados a repensar as questões relacionadas aos recursos naturais e ao desenvolvimento econômico dos paÃses produtores de commodities. E, como nunca, dispostos a questionar dogmas como a disseminada “maldição dos recursos naturais”. Afinal, é possÃvel para paÃses como o Brasil se desenvolver a partir de setores como a agricultura? Continue lendo