Da Veja
Um estudo da Universidade de Oxford divulgado recentemente e em destaque no The Times nesta segunda-feira levantou uma possÃvel importância que o número de Dunbar tem na relação social entre humanos. Segundo a pesquisa, o cérebro humano é capaz de administrar em redes sociais, no máximo, 150 amigos.
Robin Dunbar, antropólogo da instituição e autor da pesquisa, conseguiu pela primeira vez comprovar no mundo on-line a teoria que defendia na década de 90. Na época, o cientista concluiu a partir de observações de vários grupos que a capacidade de manter circulos sociais não passava do número 150, independente do grau de sociabilidade de cada pessoa.
Na web, a teoria já foi questionada. Em fevereiro, o sociólogo Cameron Marlow descobriu que um internauta comum consegue estabelecer uma relação estável com o próximo com no máximo 120 contatos em perfis no Facebook. Russerd Bernard, da Universidade da Flórida, concluiu que, nos Estados Unidos, os laços de amizade de uma pessoa podem chegar a 290.
Essas limitações existem devido a capacidade do neocórtex cerebral, que não se desenvolveu durante a evolução do homem. Em pouco tempo, o registro foi tão valorizado na internet que já existiram redes sociais que o adotavam para definir critérios de ingresso às plataformas participativas.
A rede social aSmallWorld, considerada como “Orkut dos ricosâ€, usou este discurso para defender seus princÃpios de uso e, claro, alcançar valorização e alarde em torno de seu serviço.
A construção do mito de que as novas tecnologias poderiam superar tal limitação não é o único fato que mais chama atenção. O estudo corrobora a premissa de que o internauta, hoje, reforça mais laços construÃdos de forma offline (cotidiano) do que propriamente criar novas amizades virtuais.