Arquivo da tag: Saúde

Mundo árabe oculta epidemia de Aids, afirmam especialistas

[France Presse/Folha SP, 8 dez 11] Especialistas alertam para uma epidemia de Aids em crescimento no mundo árabe, dominado pelo estigma social, pela inércia do governo e por um acesso frequentemente limitado à educação.

“No Oriente Médio e no norte da África, a epidemia de HIV esteve em ascensão na última década”, afirmou Aleksandar Sasha Bodiroza, conselheiro de HIV e Aids do UNFPA (Fundo das Nações Unidas para a População).

“O número de pessoas que precisam de tratamento na região saltou de aproximadamente 45 mil em 2001 para quase 160 mil em 2010”, disse Bodiroza à agência de notícias AFP. Continue lendo

Jornalismo e estresse social ~ Francisco J C Karam

O ritmo da sociedade atual é refletido a cada dia no jornalismo. Há, no fundo, uma discussão de se o jornalismo e a mídia como um todo contribuem para tal ritmo ou se apenas refletem a pressa diária de parcela significativa da sociedade ocidental, industrial, contemporânea e capitalista.

[Francisco José Castilhos Karam, Observatório da Imprensa, 29 nov 11] O espaço de consumo, pelo qual a mídia deu e dá enorme contribuição ao fazer circular mensagens, produtos, informações e opiniões instantâneos, gera um ritmo intenso e praticamente estressante para o acompanhamento do noticiário e “daquilo que se passa”. O jornalismo fast food, bastante acusado de fazer fatos e opiniões perecerem sem serem digeridos ou contextualizados, não foge à regra geral da sociedade.

Da mesma forma, o crescimento de cesarianas, em lugar do parto normal, decorre da incapacidade e da falta de interesse em seguir os padrões mais recomendados para o nascimento, que leva certo número de horas. Ao invés de acompanhar sete ou oito horas um trabalho de parto, grande parte dos médicos decide que a cesárea pode ser mais “interessante” ou “necessária”. Assim, durante oito horas, um tempo razoável para um parto normal, podem fazer várias cesáreas e, ainda, dar consulta etc. Continue lendo

Casos de câncer cresceram 20% em uma década no mundo, diz ONG

A incidência de cânceres no mundo cresceu 20% na última década, sendo registrados 12 milhões de novos casos ao ano – número superior à população da cidade de São Paulo –, informou nesta quarta-feira a ONG World Cancer Research Fund (WCRF).

[BBC Brasil, 7 set 11] Para efeitos comparativos, na última década, a população global passou de ao redor de 6,2 bilhões de pessoas a 6,9 bilhões (aumento de cerca de 11%), segundo estatísticas da ONU.

Os cálculos do WCRF, feitos a partir de dados da Organização Mundial da Saúde, apontam que cerca de 2,8 milhões desses casos estão relacionados à alimentação, às atividades físicas e ao peso da população, “número que deve crescer dramaticamente ao longo dos próximos dez anos”, segundo a ONG. Continue lendo

Estudo questiona subestimação da pobreza como fator de risco à vida

[Nicholas Bakalar, Folha SP, 11 jul 11] A pobreza é frequentemente citada como fator contribuinte para as más condições de saúde. Agora, em uma abordagem nada comum, pesquisadores calcularam quantas pessoas a pobreza mata e apresentaram suas descobertas, juntamente com um argumento de que fatores sociais podem causar morte da mesma forma que comportamentos como o tabagismo.

Em um artigo publicado online para a edição de 16 de junho do “American Journal of Public Health”, cientistas calcularam o número de mortes atribuídas a cada um dos seis fatores sociais, incluindo baixa renda.

Para estimar o número de mortes causadas por cada fator, os cientistas analisaram 47 estudos anteriores sobre o assunto, combinando os dados em uma meta-análise. Os estudos eram geralmente baseados em pesquisas nacionais extensas, como o Estudo Nacional sobre Exame de Saúde e Nutrição, um estudo contínuo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Continue lendo

Doenças psiquiátricas roubam mais anos de vida do brasileiro

[Angela Pinho, Folha SP, 10 mai 11] Com mudanças no estilo de vida dos brasileiros, os transtornos psiquiátricos passaram a ocupar lugar de destaque entre os problemas de saúde pública do país.

De acordo com dados citados em uma série de estudos sobre o Brasil, publicada ontem no periódico médico “Lancet”, as doenças mentais são as responsáveis pela maior parte de anos de vida perdidos no país devido a doenças crônicas.

Essa metodologia calcula tanto a mortalidade causada pelas doenças como a incapacidade provocada por elas para trabalhar e realizar tarefas do dia a dia.

Segundo esse cálculo, problemas psiquiátricos foram responsáveis por 19% dos anos perdidos. Entre eles, em ordem, os maiores vilões foram depressão, psicoses e dependência de álcool.

Em segundo lugar, vieram as doenças cardiovasculares, responsáveis por 13% dos anos perdidos.

Outros dados do estudo mostram que de 18% a 30% dos brasileiros já apresentaram sintomas de depressão. Continue lendo

Brasileiro fuma menos, mas bebe mais, diz Ministério da Saúde

[Folha SP, 18 abr 11] O tabagismo no Brasil continua em declínio, mas, por outro lado, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem crescido, principalmente entre mulheres.

De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, o percentual da população adulta que bebe álcool em excesso passou de 16,2% em 2006 para 18% em 2010.

Os homens são a maioria entre os que bebem em excesso –26,8% em 2010, contra 25,5% em 2006. Foi entre as mulheres, no entanto, que se deu o aumento mais expressivo: a taxa passou de 8,2 para 10,6% nos quatro anos.

O ministério considerou consumo excessivo de álcool cinco ou mais doses em uma mesma ocasião em um mês para os homens ou quatro ou mais doses para as mulheres.

A pesquisa foi feita em todas as capitais por meio de 54 mil entrevistas telefônicas. [Veja o link no final do artigo] Continue lendo

Saúde Brasil 2009 ~ Ministério da Saúde divulga perfil da saúde do brasileiro

Estudo traça perfil da saúde do brasileiro

O Brasil reduziu a taxa de desnutrição infantil e atingiu meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo pesquisa inédita Saúde Brasil 2009, do Ministério da Saúde, entre 1989 e 2006 a proporção de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade caiu de 7,1% para 1,8%; e com baixa altura, de 19,6% para 6,8%. O perfil da mortalidade também vem mudando. A taxa de mortes de crianças menores de cinco anos, por exemplo, caiu 58% em 18 anos, além de queda de 56% nas mortes maternas por complicações na gravidez, parto e puerpério. O estudo também mostra queda de 17% nas mortes por doenças crônicas na população em geral. Entre a população de 20 a 29 anos, os homens morrem quatro vezes mais por agressões e acidentes do que as mulheres da mesma faixa etária. Em relação aos partos, o Brasil registra queda de 10% no total de nascimentos entre 2000 a 2008.

Clique aqui para baixar o arquivo com o resumo dos dados (PDF)

Publicado pelo Ministério da Saúde, 14 dez 2010

Sertão da Paraíba tem surto de doenças genéticas; casamento entre primos é a causa

[Texto de Sabine Righetti, publicado na Folha SP, 21 nov 2010]

A bióloga paulistana Silvana Santos foi para o Nordeste há cerca de uma década por causa da sua vizinha. Ela quis entender a origem da misteriosa doença da moradora da casa ao lado.

Como relatava a própria mulher, a moléstia era comum na sua cidade natal, Serrinha dos Pintos, no sertão do Rio Grande do Norte. Santos descobriu no Nordeste mais 70 casos de uma doença até então desconhecida, a síndrome Spoan, que paralisa os membros inferiores e afeta a visão. Era o mesmo mal de sua vizinha.

Depois de descrever a Spoan pela primeira vez em artigo científico de 2005, a bióloga encontrou outros problemas genéticos no sertão, causados por um mesmo motivo: o casamento consanguíneo entre primos.

Em Serrinha dos Pintos, 32% dos casamentos envolvem primos de primeiro e segundo grau. Todos os afetados pela síndrome são descendentes de um ancestral comum, que chegou à região há mais de século.

“As famílias conhecem a sua árvore genealógica, mas a maioria não aceita que as doenças genéticas são causadas pelos casamentos com pessoas do mesmo sangue”, afirma a pesquisadora.

Hoje, Santos é professora da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), instituição à qual se vinculou de tanto estudar a região. Continue lendo

Diabete mata mais em países pobres e em desenvolvimento, segundo a OMS

syringe needle with droplet of blood in front ...

Em 2005, 1,1 milhão de pessoas morreram pela doença; número deve dobrar na próxima década

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que quase 80% das mortes por diabete no mundo ocorrem em países pobres e em desenvolvimento. Em 2005, 1,1 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença. A estimativa é de que o número de mortes dobre na próxima década.

A quantidade de diabéticos no mundo já passa de 250 milhões, segundo a Federação Internacional de Diabete. A entidade, ligada à OMS, alerta: se não forem implantadas políticas de prevenção eficientes, em 2025 o número de portadores pode a chegar a 380 milhões. Na edição deste ano da campanha do Dia Mundial da Diabete, lembrada no último domingo, organizações médicas internacionais garantem que é possível prevenir a doença.

No Brasil, estima-se em 10 milhões o total de pacientes – 7,6 milhões deles acometidos pelo tipo 2 da doença, o mais comum e o único que pode ser evitado. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas com esse tipo de diabete equivale a 5,8% da população com mais de 18 anos. A maioria está concentrada na Região Sudeste, com cerca de 3,5 milhões (2,06 milhões só no Estado de São Paulo). Continue lendo

Curetagem após aborto é a cirurgia mais realizada no SUS, revela estudo

pregnant woman holding her belly and flower

Estudo foi feito por pesquisadores do Instituto do Coração com base em dados do Datasus de 1995 a 2007; especialistas avaliam que maioria dos procedimentos é decorrente de aborto provocado, pois os espontâneos, em geral, não exigem internação

A curetagem após aborto foi a cirurgia mais realizada no Sistema Único de Saúde (SUS) entre 1995 e 2007, segundo levantamento do Instituto do Coração (InCor), da Universidade de São Paulo. Com base em dados do Ministério da Saúde, os pesquisadores analisaram mais de 32 milhões de procedimentos nesse período. Ficaram de fora cirurgias cardíacas, partos e pequenas intervenções que não exigem a internação do paciente.

“Procuramos analisar o perfil epidemiológico das cirurgias que tinham um porte médio ou grande e, portanto, potencial maior de complicações”, diz a médica Pai Ching Yu, autora da pesquisa. Ela explica que tanto partos como cirurgias cardíacas são habitualmente estudados separadamente por terem características muito peculiares.

Entre os 1.568 tipos de procedimentos avaliados, as curetagens ficaram na frente, com 3,1milhões de registros. Em seguida vieram as cirurgias para correção de hérnia (1,8 milhão), retirada de vesícula (1,2 milhão), plástica de vagina e períneo (1,1 milhão) e retirada do apêndice (923 mil).

“As informações disponíveis no Datasus não permitem diferenciar a curetagem resultante do aborto espontâneo da do provocado”, explica a autora do estudo. O objetivo da pesquisa era avaliar dados como taxa de mortalidade e custo dos procedimentos para o sistema de saúde (mais informações nesta página). Os dados foram publicados na revista Plos One.

Segundo estimativa do Ministério da Saúde, a maioria das curetagens realizadas é decorrente de aborto provocado. O médico Thomaz Gollop, coordenador do grupo de estudos sobre o aborto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, concorda. “A maior parte dos abortamentos espontâneos não exige internação. As complicações são quase absolutamente resultantes de abortos provocados”, diz . “Isso mostra que a lei vigente é completamente ineficaz. Além de não coibir, faz com que o SUS gaste uma fortuna com abortos mal-assistidos.”

Lei. Pela legislação brasileira, o aborto só é permitido nos casos de estupro ou quando a gravidez representa risco de vida para a mãe. Também é possível obter autorização judicial quando o feto possui anomalia incompatível com a vida, como anencefalia.

De acordo com a antropóloga Debora Diniz, da Universidade de Brasília, levantamentos anteriores mostraram que o número de curetagens no País é alto, mas nunca havia sido feito um estudo comparativo desse porte. “E esses dados se referem apenas às mulheres que vão parar no serviço público.”

Outro estudo recente também coordenado por Débora apontou que 15% das brasileiras já abortaram e 55% dessas mulheres precisaram ser internadas por complicações.

Para a diretora da Comissão de Cidadania e Reprodução, Margareth Arrilha, o dado levantado pelo estudo do InCor é importante porque surge em um contexto livre de contaminações ideológicas. “É difícil encontrar informações dessa natureza. E, quando surgem, são acusadas de estarem vinculadas às ideologias de seus autores.”

A presidente da Associação Nacional de Mulheres, Dóris Hipólito, afirma que a solução não é legalizar o aborto, mas criar políticas públicas para as mulheres que incluam planejamento familiar, profissionalização e inserção no mercado de trabalho. “Problema de saúde pública não se resolve matando, mas salvando as vidas da mãe e do bebê.”

Entre 2004 e 2009, o número de curetagens realizadas no SUS caiu de 241 mil para 183 mil por ano. Segundo Adson França, assessor especial do ministro José Gomes Temporão, isso é resultado das políticas de ampliação do acesso a contraceptivos.

Fonte: Estado SP, 14 jul 2010

Brasil é antepenúltimo em ranking de qualidade de morte

flowers in the snow

O Brasil ficou em antepenúltimo lugar em um ranking de qualidade de morte realizado pela consultoria Economist Intelligence Unit na Grã-Bretanha.

Entre os 40 países analisados na pesquisa, o Brasil ficou na 38ª posição. Os outros países que formam os Bric, Índia (40ª), China (37ª) e Rússia (35ª), também ficaram atrás no ranking.

A Grã-Bretanha ficou em primeiro lugar, seguida da Austrália e Nova Zelândia. Segundo o documento, A Grã-Bretanha “é líder global em termos de rede hospitalar e provisão de cuidados a pessoas no fim da vida”.

Outros países desenvolvidos, no entanto, tiveram desempenhos ruins no ranking, como Dinamarca (22ª), Itália (24ª) e Finlândia (28ª).

“Muita gente, mesmo em países que tem sistemas de saúde excelentes, sofrem com mortes de baixa qualidade, mesmo quando a morte vem naturalmente”, disse a pesquisa.

Em muitos casos, segundo a Economist Intelligence Unit, isso ocorre porque a qualidade e a disponibilidade do tratamento paliativo antes da morte são baixas, e há deficiências na coordenação entre diferentes órgãos e departamentos para políticas sobre como lidar com a morte.

A pesquisa analisou indicadores quantitativos – como taxas de expectativa de vida e de porcentagem do PIB gasta em saúde – e qualitativos – baseados na avaliação individual de cada país em quesitos como conscientização pública sobre serviços e tratamentos disponíveis a pessoas no fim de suas vidas e disponibilidade de remédios e de paliativos.

De acordo com a Aliança Mundial de Cuidado Paliativo, mais de 100 milhões de pacientes e familiares precisam de acesso a tratamentos paliativos anualmente, mas apenas 8% os recebem.

Soluções

A pesquisa, encomendada pela Fundação Lien, uma organização não-governamental de Cingapura, aponta sugestões práticas que podem melhorar a qualidade da morte, como melhorar a disponibilização de medicamentos analgésicos.

“O controle da dor é o ponto de partida de todo o tratamento paliativo e a disponibilidade de opiáceos (morfina e equivalentes) é fundamental para o cuidado no fim da vida”, diz o relatório.

“Mas, no mundo, estima-se que cinco bilhões de pessoas não tenham acesso a opiáceos, principalmente por causa de preocupações sobre uso ilícito de drogas e tráfico.”

A organização disse também que combater as percepções sobre a morte e os tabus culturais é crucial para melhorar o cuidado paliativo.

“Em sociedades ocidentais, procedimentos curativos são frequentemente priorizados em detrimento do cuidado paliativo. Nos Estados Unidos, discussões sobre os cuidados no fim da vida muitas vezes inflamam o sentimento religioso que considera a manutenção da vida como um objetivo supremo. A questão é complicada ainda mais pela percepção de que ‘cuidado hospitalar’ acaba sendo associado a ‘desistir de viver'”.

Segundo a pesquisa, no entanto, um aumento na disponibilidade de tratamento paliativo – principalmente realizado em casa ou pela comunidade – reduz gastos em saúde associados a internação em hospitais e tratamentos de emergência.

Fonte: BBC Brasil, 14 jul 2010

Brasileiros estão entre os mais estressados do globo

Os brasileiros lidam pior com o estresse do que outros povos. Por aqui, as taxas daquilo que é definido como estresse extremo são mais altas que na maioria do países.

Esse último nível de estresse, ou “burn out”, caracteriza-se por um esgotamento mental intenso, geralmente associado ao trabalho.

Na população economicamente ativa do Brasil, 30% já chegaram a esse estado causado por uma pressão excessiva, segundo dados da Isma – Brasil, associação internacional que pesquisa dados sobre estresse.

Nesse quesito, o Brasil está atrás apenas do Japão, onde 70% das pessoas já perderam o controle sobre o estresse.

As altas taxas desse país são explicadas pela rotina de trabalho e pela cultura: jornada mais longa e maior dificuldade para verbalizar e expressar opiniões e emoções.

“As normas sociais são muito rígidas naquele país. Escândalos profissionais terminam em demissão e até mesmo em suicídio da pessoa envolvida”, diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma.

ESFORÇO E RECOMPENSA

Por aqui, a dificuldade de contrabalançar as tensões do dia a dia ocorre principalmente por causa da sobrecarga de tarefas e do medo de demissão, fatores de estresse apontados com mais frequência pelos entrevistados.

O favoritismo nos ambientes profissionais, em que se leva em conta mais a relação pessoal do que o mérito do trabalho gera um sentimento de injustiça que contribui para o aparecimento do “burn out”, segundo a psicóloga.

“No Brasil, em geral, não existe um equilíbrio entre esforço e recompensa. Você percebe isso quando o trabalhador vai para o exterior e é muito elogiado”, diz Rossi.

NA SAÚDE

Entre quem sofre de “burn out”, os índices de depressão, sentimento de incapacidade e exaustão são bem mais elevados do que no restante da população.

“Esses dados são assustadores. Vemos muitas pessoas cometendo tantos erros e com tanto descaso no trabalho, que isso pode mesmo ser sintoma de “burn out'”, diz a psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora da PUC- Campinas.

Ironicamente, o problema atinge profissionais altamente motivados, idealistas e que se dedicam excessivamente ao trabalho. Sentimentos de decepção podem desencadear o estresse exagerado.

“Reconheça o que é importante e não se imponha uma carga de trabalho acima do necessário”, aconselha Lipp.

1/3 TEM SAÚDE AFETADA PELO PROBLEMA

Um levantamento realizado em locais públicos de todo o Brasil mostrou que 35% dos avaliados apresentavam níveis de estresse que já traziam algum comprometimento à saúde. A pesquisa foi feita em 2009 pelo Centro Psicológico de Controle do Stress e avaliou aleatoriamente cerca de 3.000 pessoas.

Fonte: Folha SP, 14 jul 2010