Havia sido um longo dia. Acalmar e organizar a multidão, ouvir os apelos das pessoas que buscavam por cura, libertação e conselho não foi fácil. Eram mais de cinco mil, de várias localidades. O Mestre, como sempre, tranqüilo. Perguntávamos uns aos outros de onde ele tirava tanta paciência para tratar com gente tão sofrida, tão complicada. Nada parecia lhe incomodar! Nem o calor, nem os gritos das crianças, o murmúrio impaciente dos doentes. Atendia a todos. Um a um!
A tarde chegou e com ela a fome. Não havia cidade por perto e o povo também não levou lanche. O que será que pensaram? Somente um garotinho fora prevenido. Parece que era um gordinho… (Desses que sempre tem um lanchinho escondido para as emergências…). Mas como alimentar a multidão? Melhor despedi-la, pensamos nós. O Mestre, pra variar, nos colocou numa sinuca: Alimentem-lhes! Continue lendo