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‘Sinto nojo de mim mesma’, afirma jovem síria vendida para se casar

menina síria

Aos 16 anos, Gazhal conta que sofreu abusos no primeiro casamento.
Centenas de meninas sírias são vendidas a homens muito mais velhos.

No norte da Jordânia, a poucos quilômetros da fronteira com a Síria, o campo de Al-Zaatari recebe cerca de dois mil refugiados por dia. São famílias que deixam o país de origem sem levar quase nada e procuram um espaço para suas barracas ou trailers doados pela Arábia Saudita, Catar, Kuwaitou pelo sultanato de Omã. As 150 mil pessoas que vivem no espaço – uma área equivalente a 530 campos de futebol no meio do deserto – perderam pelo menos um parente na guerra civil síria.

“Fugi da Síria devido à terrível violência da guerra e do regime de Assad. Vim para cá para fugir do caos e da insegurança. Sou um ser humano normal e só quero ter uma vida normal em uma casa decente”, conta o dirigente do campo de refugiados, Maruan Oslan. Com sete milhões de habitantes, a Jordânia abriga mais de 500 mil sírios, dois milhões palestinos e 750 mil iraquianos.

A maioria da população de Al-Zaatari é composta por crianças e adolescentes. Alguns vão às escolas financiadas pela ONU e pela União Europeia, mas há muitos, especialmente meninas a partir dos 13 anos, que foram forçados a abandonar as salas de aula. Com o grande número de casos de abuso sexual, algumas – mesmo não sendo muçulmanas praticantes – preferem cobrir o corpo todo, deixando aparecer apenas os olhos sob o véu para não chamar a atenção. É uma forma de se sentirem mais respeitadas e protegidas.

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Pais vendem filhas para se casar

Mesmo assim, centenas de meninas sírias entre 13 e 16 anos são forçadas ao casamento com homens muito mais velhos. Elas são vendidas para homens de fora do campo, normalmente do Golfo Pérsico. Os pais recebem entre US$ 2 mil e US$ 5 mil, dependendo de fatores como a beleza e a virgindade das jovens. Os noivos em potencial podem escolher as meninas por foto e, se pagarem uma taxa de US$ 50, têm o direito de ver o rosto que elas escondem sob o véu. O encontro é marcado em um local público e, se o homem gosta da menina, a transação é fechada.

“Não lhes importa a nacionalidade do noivo, a idade, o aspecto físico. Tudo o que lhes importa é se tem dinheiro ou não. Isso vale para as jovens e para as mais velhas”, conta a negociadora Um Muhamad, que vendeu mais de mil meninas em 18 meses. Ela diz que recebe ligações tanto de famílias querendo vender as filhas quanto de homens interessados em uma esposa.

A negociadora sabe dos abusos cometidos pelos maridos e afirma que teme pelas meninas. “No fundo, são elas que suplicam que lhes encontre noivos. Elas têm consciência do que pode acontecer, para o bem e para o mal”, aponta Um Muhamad, que tem duas filhas e destaca que permitira que elas se casassem dessa maneira. “A nossa situação é difícil. Ninguém tem pena de nós. Quando tiverem 12 ou 13 anos, é normal. Antes isso do que se tornar prostituta”, compara.

“Eu tenho medo, mas isso foi o que Deus decidiu para mim, e espero que ele seja bom comigo”

– Ola, de 13 anos, cujo noivo tem 60

“Quando entramos juntos no quarto, foi o pior momento da minha vida”

– Gazhal, 16 anos, sobre o primeiro marido

 

Com apenas 13 anos, Ola vai se casar com um homem de 60. Segundo ela, a família precisa do dinheiro e não há alternativa para livrá-los da difícil situação financeira em que vivem. “Eu me sinto triste, mas sei que preciso fazer isso para ajudar meus pais e meus irmãos. Eu tenho medo, mas isso foi o que Deus decidiu para mim, e espero que ele seja bom comigo”, afirma a jovem.

Gazhal, de 16 anos, vai se casar pela segunda vez, apesar do trauma vivido no primeiro casamento, que fez com que ela precisasse de tratamento psiquiátrico. “Vivi com meu marido menos de dois meses. O tempo todo ele me batia, estrangulava, bebia e se relacionava com outras mulheres. Não tinha vergonha de fazer isso. Quando entramos juntos no quarto, foi o pior momento da minha vida. Eu me odeio, sinto nojo de mim mesma”, revela.

Mulheres reagem à ‘pornografia da vingança’

porn revancheO que você faria se descobrisse que alguém postou fotos nuas suas na internet, sem sua permissão? Chamado de “pornografia da vingança”, o fenômeno tem feito cada vez mais vítimas à medida que mais pessoas usam câmeras de celulares e mensagens para produzir, trocar e armazenar conteúdo íntimo.

[James Fletcher, BBC Brasil, 15 dez, 2013] Nos Estados Unidos, pessoas que tiveram fotos sem roupa publicadas na rede contra a sua vontade buscam mudanças na lei para punir responsáveis. A americana Hollie Toups, 33, se lembra bem do dia que mudou a sua vida. Ela estava no trabalho quando recebeu um telefonema de um amigo, avisando que tinha visto fotos nuas delas em um site pornográfico.

Ela correu para casa, abriu o computador e se deparou com fotos topless que ela tinha feito para um ex-namorado, quando tinha 24 anos. E não apenas fotos, mas seu nome, um link para suas páginas no Facebook e no Twitter, um mapa do Google com a sua localização – e um mar de comentários.

“Via as pessoas comentando as fotos em tempo real, dizendo que eu tinha de ser estuprada e coisas do tipo. Chorei por dias”, conta. “Você se sente julgada e envergonhada.”

Ela ficou com medo de sair de casa e, quando saiu, chegou a ser abordada por homens que tinham visto as fotos.

Hackers

Toups achou inicialmente que seu ex-namorado havia postado as fotos. Afinal, com o próprio termo (“pornografia da vingança”) faz supor, essa é a forma mais comum que essas imagens acabam online). Até que se deparou com imagens que ela sequer havia mostrado para ele. Seus registros haviam sido roubados ou hackeados.

Há casos de hackers que invadiram e-mails ou “nuvens” online para roubar fotos de mulheres; no caso de Hollie, ela acha que suas fotos foram roubadas quando ela deixou seu telefone na assistência técnica.

Rapidamente, a americana descobriu que não estava sozinha. Dezenas de mulheres da região tiveram fotos suas publicadas pelo site Texxxan.com, sofrendo consequências parecidas. Algumas perderam empregos e namorados. Uma cogitou o suicídio.

Toups e outras vítimas procuraram a polícia e advogados, mas a resposta costumava ser a mesma: não havia nada a ser feito.

Mas, com a ajuda de investigadores, elas começaram a levantar potenciais atos ilegais cometidos pelos sites de pornografia da vingança.

Algumas das meninas fotografadas tinham menos de 18 anos, o que configuraria pornografia infantil. Outras vítimas alegam que sites pediram dinheiro para remover as fotos delas do ar – o que poderia configurar extorsão.

E, se as mulheres forem as autoras das fotos, podem alegar direitos autorais para acionar os sites na Justiça.

Responsabilidade

Mas a quem responsabilizar? A responsabilidade recairia sobre a primeira pessoa que tiver postado as fotos online – ainda que seja muito difícil identificar um usuário anônimo.

No fim das contas, as alegações de pornografia infantil resultaram no fechamento do Texxxan.com neste ano.

Toups e outras vítimas também iniciaram um processo judicial conjunto, com base em leis de privacidade do Estado do Texas, onde moram. O alvo do processo são os donos do site, a empresa de hospedagem do site e alguns dos suspeitos de postarem as fotos.

Até o momento, elas conseguiram impedir a reabertura do Texxxan.com. Mas muitos acreditam que isso não se sustentará por muito tempo.

Hunter Taylor, criador do site, não quis dar entrevistas. Em seu depoimento em juízo, ele negou ter cometido crimes ou ter praticado extorsão e acrescentou que seu site é apenas uma plataforma para usuários postarem o que quiserem.

Criminalização

A experiência de Toups é parecida com a de outras vítimas, e no último ano mais delas têm vindo a público contar suas histórias. Esses casos – muitos deles ocorridos no Brasil – têm humanizado o debate ao redor da pornografia da vingança.

Nos EUA, muitas das vítimas querem que esses atos sejam criminalizados, e que sites de internet percam a imunidade a respeito do conteúdo que seus usuários postam.

“Não queremos dinheiro, queremos que eles sejam responsabilizados”, diz Toups.

Leis antipornografia da vingança começam a ser redigidas em estados como Wisconsin, Nova York e Maryland; Califórnia e Nova Jérsei aprovaram medidas a respeito.

Mas a lei californiana não cobre autorretratos (conhecidos popularmente pelo termo ‘selfie) – que, segundo ativistas, são as fotos mais usadas pelos responsáveis pela pornografia da vingança. A ativista Charlotte Laws diz esperar que a lei possa receber emendas no futuro.

Liberdade

Ao mesmo tempo, nem todos nos EUA concordam que a questão deva se tornar criminal. O advogado criminalista Mark Bennett concorda que a pornografia da vigança seja indesejável, mas argumenta que essa prática está constitucionalmente protegida pelo direito à liberdade de expressão.

“Protegemos os direitos das pessoas más de forma a proteger os direitos de todos nós”, diz. “Se começamos a abrir exceções porque o cara que postou as imagens é claramente um ser humano ruim, damos licença ao governo para decidir quem são as pessoas más. E não queremos que o governo faça essas distinções.”

Nem todo o debate tem argumentos tão elaborados. Após a mudança de lei na Califórnia, Hunter Moore, ex-dono de um site de pornografia da vingança, fez um vídeo se queixando: “Ah, a menina reclama porque mandou fotos nuas para algum idiota que as colocou na internet. Por que proteger essas pessoas? Assuma responsabilidade por suas ações e pare de culpar os outros”.

A ativista Charlotte Laws discorda. “Trinta ou 40 anos atrás as pessoas tiravam polaroides, mas se alguém entrasse em sua casa e roubasse as fotos, não acho que a sociedade consideraria isso culpa delas. É chocante querer culpar a vítima.”

E, se pudesse voltar no tempo, Hollie Toups voltaria a tirar fotos de si mesmo? Ela diz que sim.

“Não fiz nada de errado. Milhares de pessoas tentaram jogar a culpa em mim, (mas) sou muito teimosa.”

Será preciso mais teimosia para mudar as leis federais americanas e criminalizar a pornografia da vingança, mas ela e outras mulheres veem isso como uma busca pela justiça.

Os desdobramentos disso jogam luz sobre uma questão-chave de nossos tempos: à medida que as mudanças tecnológicas geram consequências inimaginadas, será que é a lei ou o comportamento humano que precisam se atualizar?

ONU constata que tráfico de seres humanos atinge principalmente mulheres e crianças

De 2007 a 2010, 27% das vítimas de tráficos foram crianças, segundo relatório feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Pelo menos 55% das pessoas traficadas são mulheres e o percentual chega a 75% quando somadas as meninas. Dos 132 países analisados, 118 apresentaram dados relativos ao tráfico humano.

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 13 dez 12]  O diretor executivo do Unodc, Yury Fedotov, cobrou providências das autoridades. Segundo ele, é necessário dar uma “resposta enérgica” baseada na assistência e proteção, assim como um sistema de Justiça eficiente. Continue lendo

Homicídio de Mulheres no Brasil

Entrando no sexto ano de vigência da lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, o governo federal e o sistema de justiça do país unem esforços para aprofundar o enfrentamento da violência contra a mulher. Dia 7 de Agosto de 2012, lembrando a data, é lançado em Brasília um Compromisso Nacional visando combater a tolerância e impunidade diante do crescimento das violências contra a mulher.

Para colaborar com esse compromisso CEBELA e FLACSO divulgam uma atualização do Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil, incorporando os novos dados – de homicídios e de atendimentos via SUS, que no relatório anterior eram ainda preliminares – recentemente liberados pelo Ministério da Saúde.

Clique para baixar (PDF)

ONGs temem retrocesso na igualdade de direitos após Primavera Árabe

Nas revoluções no mundo árabe, a igualdade para mulheres foi muitas vezes deixada de lado. No Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, muitas organizações falam de um retrocesso. Que lições se podem tirar?

[Mirjam Gehrke, DW, 25 nov 2012] Elas estavam na vanguarda na Praça Tahrir no Cairo, na Avenida Habib Bourghiba em Túnis, ou na Praça dos Mártires em Trípoli: durante a Primavera Árabe, as mulheres lutaram lado a lado com os homens em prol de um recomeço democrático – e com sucesso. No entanto, não puderam colher os frutos de seu triunfo. Continue lendo

O que há por trás da alta taxa de estupro na Suécia?

A Suécia tem a segunda maior taxa de estupros do mundo, atrás de Botsuana.

[Ruth Alexander, BBC Brasil, 18 set 12] A possível extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, do Reino Unido à Suécia, chamou atenção recentemente para a alta taxa de estupros do país escandinavo, considerado um dos mais seguros do mundo. Mas até que ponto as estatísticas suecas podem ser comparadas com as de outras nações?

O comparativo internacional de dados sobre criminalidade é, muitas vezes, questionável, algo já sabido por criminalistas e estatísticos, mas ainda desconhecida em grande parte por jornalistas e pelo público em geral. Continue lendo

Rio teve média de 335 mulheres vítimas de estupro por mês em 2011

Entre as 4.871 queixas de estupro registradas no estado do Rio de Janeiro no ano passado, 82,6% das vítimas eram do sexo feminino. Desse total, 53,6% eram meninas de até 14 anos e 24,1% tinham até 9 anos.

[Flávia Villela, Agência Brasil, 14 ago 12] Os dados fazem parte do Dossiê Mulher, divulgado (14 ago 12) pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), a partir das notificações da Polícia Civil de 2011.

O estudo apontou também um aumento de 7,2% no total de vítimas mulheres em relação ao ano anterior, mais 271 vítimas. Os registros de estupro ocorridos no estado no ano passado tiveram uma média de 335 mulheres vítimas desse tipo de crime, por mês. Continue lendo

Casos de estupros crescem mais no interior que em São Paulo

Os registros de estupros cresceram mais no interior de São Paulo do que na capital nos últimos dez anos –o número mais do que triplicou no interior, enquanto não chegou nem a dobrar na capital.

[Marília Rocha, Folha SP, 4 mai 12] O crescimento da população sem um aumento proporcional de políticas públicas e a maior disposição das vítimas para a denúncia são possíveis explicações para o índice.

Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que a concentração de denúncias no interior (que inclui também o litoral) vem crescendo.

Do total de ocorrências registradas no Estado em 2001, 46% estavam no interior, porcentagem que subiu para 56% no ano passado. A capital tinha 33% dos casos, índice que caiu para 23%. Já a Grande SP passou de 22% para 21%. Continue lendo

Mais de cem meninas podem ter sido envenenadas em escola no Afeganistão

Mais de cem alunas de uma escola no nordeste do Afeganistão foram levadas a um hospital local nesta terça-feira com suspeita de envenenamento.

[BBC Brasil, 17 abr 12] As meninas foram hospitalizadas após apresentarem sintomas como náuseas, dor de cabeça e tontura.

O responsável pelo setor de saúde da província de Takhar disse que as estudantes adoeceram pouco após tomarem água nos bebedouros da escola, no distrito remoto de Rustaq.

Autoridades de educação na capital afegã, Cabul, disseram que investigações preliminares apontam que a água da escola pode ter sido propositalmente envenenada por radicais que se opõem à educação de mulheres no país.

O país já registrou casos semelhantes, mas não houve indícios conclusivos que incriminassem os responsáveis.

Boko Haram ameaça sequestrar mulheres cristãs na Nigéria

O grupo militante islâmico nigeriano, Boko Haram, tem cumprido as ameaças que fizeram aos cristãos nigerianos de que iriam atacar constantemente as comunidades cristãs do norte do país para que o cristianismo seja extinto na região.

[Portas Abertas, 9 mar 12] Membros do grupo extremista islâmico Boko Haram fizeram novas ameaças contra a comunidade cristã nigeriana do norte do país. Eles disseram que começaram a sequestrar as mulheres cristãs como parte do seu mais recente “projeto terrorista”.

Dois dias depois que o grupo terrorista nigeriano divulgou seus planos de realizarem ataques coordenados para erradicar os grupos cristãos do país, eles disseram que já existem novas estratégias para a realização de seus planos.

O porta-voz do Boko Haram disse: “estamos planejando e vamos colocar em ação novos planos para atacar os cristãos e amedrontá-los em nome do Islã.  Nós iremos raptar as mulheres deles”. Continue lendo

Afeganistão inaugura primeiro cibercafé só para mulheres

Mulheres afegãs navegam na internet em Cabul; país inaugura 1º cibercafé feminino/Ahmad Jamshid/Associated Press

O Afeganistão inaugurou nesta quinta-feira o seu primeiro cibercafé só para mulheres, na expectativa de dar a elas a chance de se conectar ao mundo sem assédio verbal ou sexual, e livres dos olhares dos homens do país.

[Folha SP/Reuters, 8 mar 12] Cabul – Diversas jovens vestindo hijab [véu islâmico] lotaram o pequeno café em uma rua tranquila no centro de Cabul no Dia Internacional da Mulher. As mulheres ainda enfrentam dificuldades enormes no país, embora o Taleban tenha sido derrubado há mais de uma década. Continue lendo

Congo: uma guerra contra as mulheres

Cerca de 500 mil mulheres foram estupradas na República Democrática do Congo desde o início da guerra civil em 1996.

Um estudo recente da ONU estima que os soldados são responsáveis ​​por cerca de um terço de todos os estupros e crimes de violência sexual cometidos nas províncias orientais do país. A disciplina no exército nacional é fraca, os soldados raramente são pagos, e muitos recebem ordens de seus superiores para “viver da terra”: um convite para os abusos. Tanto soldados como militantes agem impunemente. O problema é agravado pela falta de infra-estrutura legal e uma indiferença em relação à situação das mulheres.

Uma média de 1.100 novos incidentes de estupro são relatados a cada mês, mas um estudo descobriu que o número de mulheres congolesas estupradas todos os dias é maior que este.

As enfermarias do Hospital Panzi em Bukavu, que trata as vítimas de estupro, estão frequentemente lotadas.

Dr. Denis Mukwege, um ginecologista-obstetra fundador do hospital e finalista do Prêmio Nobel da Paz 2010, frequentemente realiza 10 cirurgias por dia. Ele diz que chegou a reconhecer os autores pelas cicatrizes que deixam nas mulheres. “Posso dizer que grupo fez isso, mesmo antes dela me diz”, diz ele. “Alguns grupos usam facas, outros só violentam jovens, e ainda outros usam armas de fogo. Desta forma, é como se eles deixassem uma assinatura no corpo.”

Clique para ver a reportagem do Washington Times (em Inglês) sobre o estupro na República Democrática do Congo.

Esta matéria foi publicada originalmente em Inglês aqui.