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Aumenta a participação de jovens menores de 18 anos em crimes violentos

[Saulo Araújo, Correio Braziliense, 01 fev 2012] Bastou um “não” para a adolescente de 17 anos puxar o gatilho e matar Ivandir José dos Santos, 37. O taxista se recusou a levar a menina e dois homens para Cidade Ocidental, município goiano situado a 45 quilômetros de Brasília. Irritada e sob o efeito de drogas, ela sacou um revólver calibre .38 e atirou na cabeça do trabalhador.

A tragédia, ocorrida há 10 dias, em Taguatinga, é um indicativo do envolvimento cada vez maior de jovens em crimes graves. Levantamento da Promotoria de Infância e Juventude Infracional de Brasília confirma que a juventude da capital federal até mesmo mata em mais quantidade. No ano passado, 180 pessoas foram assassinadas por menores de 18 anos, 50% a mais do que o registrado em 2010.

O relatório obtido pelo Correio revela ainda que os latrocínios (roubos com morte) cometidos por meninos e meninas aumentaram 62% na comparação dos dois últimos anos. Saltou de 16 para 26. É maior também a quantidade de jovens envolvidos com substâncias ilícitas. No ano passado, tramitaram pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) 795 processos relacionados ao uso e ao tráfico, com a participação de adolescentes, um crescimento de 42% na comparação com o ano anterior, quando passaram pelo órgão 558 ações. Só houve redução nos roubos.

Indianos são presos por sacrificar menina em troca de boa colheita

[EFE/Folha SP, 3 jan 11] A polícia indiana deteve duas pessoas suspeitas de degolar e extrair o fígado de uma menina de sete anos para oferecê-lo aos deuses em troca de boas colheitas, informou nesta terça-feira uma fonte policial.

Identificada pela imprensa como Lalita Tati, a menina desapareceu dois meses atrás em uma região de floresta do distrito de Bijapur, na região de Chattisgarh (centro do país), e seu corpo foi localizado por aldeões dias depois que avisaram seus pais.

“No princípio pensamos que se tratava de um caso de assassinato por causas desconhecidas após um estupro, mas depois soubemos que dois tios da menina, de cerca de 40 anos, foram os responsáveis pela morte em um ritual para terem melhores colheitas”, afirmou à agência de notícias Efe o superintendente do distrito, R. N. Das. Continue lendo

Média de homicídios no Brasil é superior à de guerras, diz estudo

[Paula Adamo Idoeta, BBC Brasil, 14 dez 11] Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, apontam cálculos do “Mapa da Violência 2012”, produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.

O estudo também conclui que, apesar da redução das mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice epidêmico de homicídios – 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido sobretudo no interior do país e em locais antes considerados “seguros”.

Calculando a média anual de homicídios do país em 30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de 36,3 mil mortos no ano – o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano. Continue lendo

Ano de 2011 bate recorde em números de minas terrestres no mundo

Até 2010, havia 4.191 artefatos registrados no mundo; tratado de proibição conta com a participação direta e apoio de 158 países

[Renata Giraldi. Agência Brasil, 23 nov 11] O ano de 2011 bateu o recorde em comparação aos anos anteriores no que se refere ao número de minas antipessoais (terrestres). Até 2010, havia 4.191 minas registradas no mundo. Os dados ainda estão sendo compilados. Mas a conclusão está no relatório da instituição independente Monitor de Minas Terrestres – formada por cinco organizações não governamentais – que monitora e informa sobre a execução de tratados humanitários e de desarmamento.

O organismo alerta que governos e grupos armados ainda fazem uso das minas antipessoais como armas de guerra. O Monitor de Minas Terrestres foi criado em 1998 e conta com o apoio de entidades civis de vários segmentos de defesa dos direitos humanos. No relatório, o organismo elogia os esforços da comunidade internacional em livrar o mundo das minas. Continue lendo

Aumento das taxas de homicídio no Brasil não pode ser associada somente à pobreza, dizem especialistas

[Daniella Jinkings, Agência Brasil, 6 out 11] O aumento das taxas de homicídio no Brasil não pode ser associada somente à condições de desenvolvimento econômico ou de pobreza, segundo o secretário executivo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sérgio de Lima. O Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado hoje (6) pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que o Brasil tem a terceira maior taxa de homicídios na América do Sul, com 22,7 casos para cada 100 mil habitantes. O país fica atrás apenas da Venezuela (49) e da Colômbia (33,4).

De acordo com Lima, o estudo só reforça um quadro que o Brasil sustenta há três décadas: ser um dos líderes do ranking da violência no continente. Em números absolutos, o Brasil, país mais populoso da América do Sul, é o primeiro da lista, com 43.909 registros. “Há países na região mais pobres e com taxas muito menores. Uma das razões do aumento das taxas no Brasil discutidas pelos especialistas é o sistema de Justiça extremamente caótico e falido”. Continue lendo

Redução do índice de homicídios em SP surpreende Nações Unidas

[Pedro Peduzzi, Agência Brasil, 6 out 11] A redução do índice de homicídios em São Paulo, apontado pelo Estudo Global de Homicídios 2011, surpreendeu o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), responsável pelo relatório que foi divulgado hoje (6). Ao contrário da tendência apontada pelo estudo de que, quanto maior a cidade, maiores os riscos de ocorrência de crimes violentos, a cidade mais populosa do Brasil vem conseguindo diminuir o número de homicídios em relação à população.

De acordo com o relatório, em São Paulo os assassinatos caíram, por grupo de cem mil habitantes, de 20,8 em 2004 para 10,8 em 2009. A queda mais acentuada foi registrada entre 2004 e 2005 (de 4 pontos, chegando a 16,8). “A diminuição dramática dos homicídios cometidos em São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, mostra que muito pode ser feito por meio de medidas preventivas e repressivas, focando fatores de risco específicos”, concluiu o estudo. Continue lendo

ONU vê disparidade nas taxas de homicídios de SP e Rio

[Folha SP, 6 out 11] Um estudo da ONU divulgado nesta quinta-feira afirma que as diferentes tendências nas taxas de homicídio nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo mostram que as políticas de prevenção de crime adotadas por governos locais podem ter impacto considerável nos índices de criminalidade.

O Estudo Global de Homicídios 2011, produzido pela Agência da ONU para Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), compara a evolução nos índices de homicídios nas duas cidades desde 2001. À época, São Paulo tinha uma taxa de homicídios próxima de 120 por 100 mil habitantes, superior à do Rio, de cerca de 105 por 100 mil habitantes.

Em 2009, no entanto, São Paulo baixara sua taxa para 40 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto no Rio o índice permanecia próximo de 100 mortes por 100 mil. Continue lendo

Estudo do UNODC mostra que partes das Américas e da África registram os maiores índices de homicídios

[Unodc, 6 out 11] O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou hoje o seu primeiro Estudo Global sobre Homicídios. O Estudo mostra que jovens do sexo masculino, principalmente nas Américas Central e do Sul, Caribe, e África central e do sul, estão mais expostos aos riscos de serem vítimas de homicídio intencional. Já as mulheres correm mais riscos de serem assassinadas por violência doméstica. Existem evidências de aumento dos índices de homicídios na América Central e Caribe, que estão “próximos a um ponto de crise”, de acordo com o Estudo.

Nas duas regiões, as armas de fogo são as responsáveis pelas crescentes taxas de homicídios, onde quase três quartos de todos os homicídios são cometidos com armas de fogo, em comparação com índice de 21 por cento na Europa. Os homens enfrentam riscos muito mais altos de sofrer uma morte violenta (11.9 por cento por 100.000 habitantes) do que as mulheres (2.6 por cento por 100.000 habitantes), apesar de algumas variações entre países e regiões. Em países com elevados índices de homicídios, especialmente envolvendo armas de fogo, como os da América Central, 1 em cada 50 homens com mais de 20 anos de idade será morto antes de chegar aos 31 – estimativa centenas de vezes maior do que em algumas partes da Ásia. Continue lendo

Brasil é terceiro em ranking de homicídios na América do Sul

O Brasil detém o terceiro maior índice de homicídios na América do Sul, atrás da Venezuela e da Colômbia, segundo um relatório da Agência da ONU para Drogas e Crime divulgado nesta quinta-feira.

[João Fellet, BBC Brasil, 6 out 11] A agência afirma que houve no Brasil 43.909 homicídios em 2009 (ano mais recente para o qual há estatísticas), fazendo com que o país tenha uma taxa de 22,7 homicídios por 100 mil habitantes.

Na América do Sul, o índice só é inferior ao da Venezuela (49 por 100 mil) e ao da Colômbia (33,4). O Brasil é seguido no ranking por Guiana (18,4), Equador (18,2) e Guiana Francesa (14,6). Já os países com as menores taxas de homicídios na região são Chile (3,7), Peru (5,2), Argentina (5,7) e Uruguai (6,1). Continue lendo

Mortalidade do alcoolismo no Brasil é quase tão grande quanto a do crack

Estudo da Unifesp revela que 17% dos dependentes atendidos morreram após cinco anos; na Inglaterra, o índice é de 0,5%; violência e doenças relacionadas ao vício em álcool foram as principais causas de morte; religião é apontada como fator de proteção.

[Lígia Formenti, Estadão, 19 set 11] O índice de mortalidade entre dependentes de álcool no Brasil está próximo do registrado entre usuários de crack. Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que, em cinco anos, 17% dos pacientes atendidos em uma unidade de tratamento da zona sul de São Paulo morreram.

“É um número altíssimo. Na Inglaterra, o índice não ultrapassa 0,5% ao ano”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo.

O trabalho, que será publicado na próxima edição da Revista Brasileira de Psiquiatria, segue uma linha de pesquisa de Laranjeira sobre morte entre dependentes de drogas. O estudo feito entre usuários de crack demonstrou que 30% morreram num período de 12 anos. “Naquela mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos. Podemos dizer que os índices estão bastante próximos.” Continue lendo

Para especialistas, falta de perspectiva motiva violência em Londres

Insatisfação com as severas medidas de austeridade implementadas pelo governo britânico e o alto nível de desemprego gerariam frustração principalmente entre os jovens britânicos, acreditam observadores.

[DW, 10 ago 11] A dimensão e a intensidade da recente onda de violência em Londres, Manchester, Birmingham, e a velocidade com que os tumultos se espalharam pela capital e arredores, chocou as autoridades e a população.

Comportamentos antissociais e ações criminosas entre jovens britânicos, no entanto, não são novidade. No ano passado, 19 jovens foram mortos em Londres em crimes relacionados a gangues. Um relatório do governo concluiu que os ataques e o vandalismo praticados por essas gangues são uma “influência maligna na vida de milhões”. Continue lendo

Quatro milhões de idosos sofrem maus-tratos na Europa por ano

[Folha SP, 16 jun 11] Pelo menos quatro milhões de idosos sofrem abusos físicos a cada ano na Europa e cerca de 2.500 são mortos por um membro da família, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os idosos são vítimas de humilhações como bofetadas, murros, socos, queimaduras e cortes e são trancados em seus quartos durante horas ou até dias, afirma o relatório divulgado durante a 3ª conferência europeia de prevenção de maus-tratos e promoção da segurança, realizada em Budapeste.

Segundo o estudo –que analisou a situação dos idosos em 53 países europeus–, além dos quatro milhões que sofrem abusos físicos, 29 milhões são submetidos a agressões psicológicas, como insultos ou ameaças, e seis milhões são vítimas de roubos de dinheiro ou fraudes.

Além disso, cerca de um milhão de idosos sofrem abusos sexuais em forma de assédio, estupros ou exposição à pornografia. Continue lendo