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Asleep in the Light ~ Keith Green

Asleep in the Light ~ Keith Green

Do you see, do you see
All the people sinking down
Don’t you care, don’t you care
Are you gonna let them drown

How can you be so numb
Not to care if they come
You close your eyes
And pretend the job’s done

“Oh bless me Lord, bless me Lord”
You know it’s all I ever hear
No one aches, no one hurts
No one even sheds one tear

But He cries, He weeps, He bleeds
And He cares for your needs
And you just lay back
And keep soaking it in,
Oh, can’t you see it’s such a sin?

Cause He brings people to you door,
And you turn them away
As you smile and say,
“God bless you, be at peace”
And all heaven just weeps
Cause Jesus came to you door
You’ve left him out on the streets

Open up open up
And give yourself away
You see the need, you hear the cries
So how can you delay

God’s calling and you’re the one
But like Jonah you run
He’s told you to speak
But you keep holding it in,
Oh can’t you see it’s such a sin?

The world is sleeping in the dark
That the church just can’t fight
Cause it’s asleep in the light
How can you be so dead
When you’ve been so well fed
Jesus rose from the grave
And you, you can’t even get out of bed

Oh, Jesus rose from the dead
Come on, get out of your bed

How can you be so numb
Not to care if they come
You close your eyes
And pretend the job’s done
You close your eyes
And pretend the job’s done

Don’t close your eyes
Don’t pretend the jobs done
Come away, come away, come away with Me my love,
Come away, from this mess, come away with Me, my love.

Do you see, do you see
All the people sinking down
Don’t you care, don’t you care
Are you gonna let them drown

Los caminos del viento ~ Eduardo Galeano

eduardo galeano

Querido Stig,

Ojalá seamos dignos de tu desesperada esperanza.

Ojalá podamos tener el coraje de estar solos y la valentía de arriesgarnos a estar juntos, porque de nada sirve un diente fuera de la boca, ni un dedo fuera de la mano.

Ojalá podamos ser desobedientes, cada vez que recibimos órdenes que humillan nuestra conciencia o violan nuestro sentido común.

Ojalá podamos merecer que nos llamen locos, como han sido llamadas locas las Madres de Plaza de Mayo, por cometer la locura de negarnos a olvidar en los tiempos de la amnesia obligatoria.

Ojalá podamos ser tan porfiados para seguir creyendo, contra toda evidencia, que la condición humana vale la pena, porque hemos sido mal hechos, pero no estamos terminados.

Ojalá podamos ser capaces de seguir caminando los caminos del viento, a pesar de las caídas y las traiciones y las derrotas, porque la historia continúa, más allá de nosotros, y cuando ella dice adiós, está diciendo: hasta luego.

Ojalá podamos mantener viva la certeza de que es posible ser compatriota y contemporáneo de todo aquel que viva animado por la voluntad de justicia y la voluntad de belleza, nazca donde nazca y viva cuando viva, porque no tienen fronteras los mapas del alma ni del tiempo.

Eduardo Galeano

Palabras de agradecimiento, al recibir el Premio Stig Dagerman, en Suecia, el 12 de septiembre, 2010

‘Sinto nojo de mim mesma’, afirma jovem síria vendida para se casar

menina síria

Aos 16 anos, Gazhal conta que sofreu abusos no primeiro casamento.
Centenas de meninas sírias são vendidas a homens muito mais velhos.

No norte da Jordânia, a poucos quilômetros da fronteira com a Síria, o campo de Al-Zaatari recebe cerca de dois mil refugiados por dia. São famílias que deixam o país de origem sem levar quase nada e procuram um espaço para suas barracas ou trailers doados pela Arábia Saudita, Catar, Kuwaitou pelo sultanato de Omã. As 150 mil pessoas que vivem no espaço – uma área equivalente a 530 campos de futebol no meio do deserto – perderam pelo menos um parente na guerra civil síria.

“Fugi da Síria devido à terrível violência da guerra e do regime de Assad. Vim para cá para fugir do caos e da insegurança. Sou um ser humano normal e só quero ter uma vida normal em uma casa decente”, conta o dirigente do campo de refugiados, Maruan Oslan. Com sete milhões de habitantes, a Jordânia abriga mais de 500 mil sírios, dois milhões palestinos e 750 mil iraquianos.

A maioria da população de Al-Zaatari é composta por crianças e adolescentes. Alguns vão às escolas financiadas pela ONU e pela União Europeia, mas há muitos, especialmente meninas a partir dos 13 anos, que foram forçados a abandonar as salas de aula. Com o grande número de casos de abuso sexual, algumas – mesmo não sendo muçulmanas praticantes – preferem cobrir o corpo todo, deixando aparecer apenas os olhos sob o véu para não chamar a atenção. É uma forma de se sentirem mais respeitadas e protegidas.

httpv://www.youtube.com/watch?v=CpGqQbGjN3U&feature=share&list=UUt2Djujxn5Z6K0XSD2ZqUug&index=3

Pais vendem filhas para se casar

Mesmo assim, centenas de meninas sírias entre 13 e 16 anos são forçadas ao casamento com homens muito mais velhos. Elas são vendidas para homens de fora do campo, normalmente do Golfo Pérsico. Os pais recebem entre US$ 2 mil e US$ 5 mil, dependendo de fatores como a beleza e a virgindade das jovens. Os noivos em potencial podem escolher as meninas por foto e, se pagarem uma taxa de US$ 50, têm o direito de ver o rosto que elas escondem sob o véu. O encontro é marcado em um local público e, se o homem gosta da menina, a transação é fechada.

“Não lhes importa a nacionalidade do noivo, a idade, o aspecto físico. Tudo o que lhes importa é se tem dinheiro ou não. Isso vale para as jovens e para as mais velhas”, conta a negociadora Um Muhamad, que vendeu mais de mil meninas em 18 meses. Ela diz que recebe ligações tanto de famílias querendo vender as filhas quanto de homens interessados em uma esposa.

A negociadora sabe dos abusos cometidos pelos maridos e afirma que teme pelas meninas. “No fundo, são elas que suplicam que lhes encontre noivos. Elas têm consciência do que pode acontecer, para o bem e para o mal”, aponta Um Muhamad, que tem duas filhas e destaca que permitira que elas se casassem dessa maneira. “A nossa situação é difícil. Ninguém tem pena de nós. Quando tiverem 12 ou 13 anos, é normal. Antes isso do que se tornar prostituta”, compara.

“Eu tenho medo, mas isso foi o que Deus decidiu para mim, e espero que ele seja bom comigo”

– Ola, de 13 anos, cujo noivo tem 60

“Quando entramos juntos no quarto, foi o pior momento da minha vida”

– Gazhal, 16 anos, sobre o primeiro marido

 

Com apenas 13 anos, Ola vai se casar com um homem de 60. Segundo ela, a família precisa do dinheiro e não há alternativa para livrá-los da difícil situação financeira em que vivem. “Eu me sinto triste, mas sei que preciso fazer isso para ajudar meus pais e meus irmãos. Eu tenho medo, mas isso foi o que Deus decidiu para mim, e espero que ele seja bom comigo”, afirma a jovem.

Gazhal, de 16 anos, vai se casar pela segunda vez, apesar do trauma vivido no primeiro casamento, que fez com que ela precisasse de tratamento psiquiátrico. “Vivi com meu marido menos de dois meses. O tempo todo ele me batia, estrangulava, bebia e se relacionava com outras mulheres. Não tinha vergonha de fazer isso. Quando entramos juntos no quarto, foi o pior momento da minha vida. Eu me odeio, sinto nojo de mim mesma”, revela.

Filhos de Abrão [charge]

chargejudaica

Dois judeus radicados no Rio, Adam Grzybowski (polonês) e Luis Goldman (argentino), vão ilustrar com esta charge o livro “Religiões do Mundo: Judaismo”, do Grupo Editorial alemão Klett, líder europeu em livros didáticos e culturais.

Versão não autorizada…

Eles foram escolhidos por causa do trabalho “Bíblia Versão não autorizada”, que aborda textos bíblicos com humor, e será publicado em 2014. Duas editoras estão disputando o título.

Publicado no O Globo.

O Bicho Homem ~ poema de Francisco Carvalho, musicado por Raimundo Fagner

O BICHO HOMEM (Francisco Carvalho)

Que bicho é o homem, de onde ele veio para onde vai?
De onde ele veio para onde vai?
Onde é que entra, de onde é que sai?
Que raio lhe acende a chama da fúria
O que é que sobra da cesta básica de sua penúria
Que bicho é o homem, do que se enfeita que mão o ampara
No chão de enigmas em que se deita
Que bicho é o homem
Que mama no seio da reminiscência
E que embala a morte em seu devaneio
Que bicho é esse que carrega o fardo de uma dor medonha
Que sucumbe o fardo mas ainda sonha?
Que bicho vagueia na treva hedionda
Que pantera esguia será mais veloz do que a própria sombra? Continue lendo