Arquivo da categoria: Comportamento

Droga mais devastadora que o crack é vendida na noite paulistana

Comprimido de metanfetamina chega a custar R$ 200 e é confundido com ecstasy.

[Jaqueline Falcão, O Globo, 13 dez 11] Confundida com comprimido de ecstasy, a metanfetamina é a droga do momento em baladas em jovens de classe média alta em São Paulo. Seu efeito é mais devastador que o crack. Um comprimido chega a custar R$ 200 e garante euforia de oito horas e potência sexual de até 30 horas. A “potência” do comprimido azul e a curiosidade em experimentá-la fazem aumentar o consumo da droga na capital. Neste ano, a Polícia Federal de São Paulo apreendeu 145.333 comprimidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A Polícia Federal não informou dados de apreensões em outros estados.

Os comprimidos de metanfentamina chegam mesmo, muitas vezes, a confundir a própria polícia. Muitas apreensões foram feitas como ecstasy. Mas a substância só era descoberta, segundo a polícia, quando a análise feita por laboratórios apontavam resultado negativo para ecstasy. E posteriormente se confirmava se tratar de metanfetamina em forma de comprimidos. Isso explica as sete apreensões na capital e região do Grande ABC, neste ano. Continue lendo

Conversa de casal tem tudo para dar errado, diz linguista

[Juliana Vines, Folha SP, 13 dez 11] A guerra dos sexos ganhou outro capítulo com o lançamento de “Duels and Duets”, do linguista americano John Locke, sem edição no Brasil.

O livro diz que homens e mulheres se expressam de formas bem diferentes: eles duelam, disputando poder, e elas falam como se estivessem fazendo duetos, compartilhando informações.

Locke, doutor em psicologia cognitiva e professor do Lehman College, em Nova York, não descobriu a pólvora. Pesquisas em neurociência e psicologia já provaram que vários estereótipos de gênero têm sua razão de ser.

É nesses estudos que Locke se apoia. “Mulheres passam longos períodos discutindo problemas”, disse o pesquisador, em entrevista à Folha. Se elas têm disposição ao diálogo e são polidas, eles interrompem uns aos outros e amam piadas infames.

O motivo da diferença, para ele, é biológico: por milênios, homens e mulheres seguiram seus próprios caminhos evolutivos. Eles foram selecionados para agredir, lutar e caçar. Elas, para acertar na escolha de parceiro e cuidar da família. Boa parte do tempo, cada um ficou cercado de gente do mesmo sexo. Continue lendo

Mundo árabe oculta epidemia de Aids, afirmam especialistas

[France Presse/Folha SP, 8 dez 11] Especialistas alertam para uma epidemia de Aids em crescimento no mundo árabe, dominado pelo estigma social, pela inércia do governo e por um acesso frequentemente limitado à educação.

“No Oriente Médio e no norte da África, a epidemia de HIV esteve em ascensão na última década”, afirmou Aleksandar Sasha Bodiroza, conselheiro de HIV e Aids do UNFPA (Fundo das Nações Unidas para a População).

“O número de pessoas que precisam de tratamento na região saltou de aproximadamente 45 mil em 2001 para quase 160 mil em 2010”, disse Bodiroza à agência de notícias AFP. Continue lendo

Mães antes dos 15

Aumenta o número de meninas que engravidam no País, segundo relatório do Unicef, contrariando a tendência de queda da taxa de natalidade entre as brasileiras

[Rachel Costa, Isto É, 6 dez 11] Era feriado da Proclamação da República, 15 de novembro. Em vez de sair com os amigos, Victoria Pereira Rocha, 14 anos, aproveitou o dia de folga para ir até a farmácia sem levantar suspeitas e esclarecer uma dúvida que a atormentava havia um mês, desde que sua menstruação atrasou. Com o teste de gravidez em mãos, fez o exame em casa, escondido da mãe. Quase caiu para trás quando viu surgir os dois tracinhos vermelhos no bastão branco: como temia, estava grávida. “Eu sempre falava que não queria ter filhos”, diz Victoria. Nove meses depois, nascia Pedro Henrique. Victoria e seu filho fazem parte de uma triste estatística revelada pelo relatório Situação da Infância Brasileira 2011, divulgado na semana passada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em cinco anos, contrariando a queda da taxa de natalidade (21,9% em dez anos no País), subiu em 6% o número de filhos de meninas com menos de 15 anos. A cada hora, são mais de três partos de grávidas nessa faixa etária no Brasil. “Isso nos preocupa”, disse à ISTOÉ a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier. “Temos uma lei no País que fala que toda relação sexual até os 14 anos tem presunção de estupro. Nem era para essa relação sexual ter acontecido.” Continue lendo

Jornalismo e estresse social ~ Francisco J C Karam

O ritmo da sociedade atual é refletido a cada dia no jornalismo. Há, no fundo, uma discussão de se o jornalismo e a mídia como um todo contribuem para tal ritmo ou se apenas refletem a pressa diária de parcela significativa da sociedade ocidental, industrial, contemporânea e capitalista.

[Francisco José Castilhos Karam, Observatório da Imprensa, 29 nov 11] O espaço de consumo, pelo qual a mídia deu e dá enorme contribuição ao fazer circular mensagens, produtos, informações e opiniões instantâneos, gera um ritmo intenso e praticamente estressante para o acompanhamento do noticiário e “daquilo que se passa”. O jornalismo fast food, bastante acusado de fazer fatos e opiniões perecerem sem serem digeridos ou contextualizados, não foge à regra geral da sociedade.

Da mesma forma, o crescimento de cesarianas, em lugar do parto normal, decorre da incapacidade e da falta de interesse em seguir os padrões mais recomendados para o nascimento, que leva certo número de horas. Ao invés de acompanhar sete ou oito horas um trabalho de parto, grande parte dos médicos decide que a cesárea pode ser mais “interessante” ou “necessária”. Assim, durante oito horas, um tempo razoável para um parto normal, podem fazer várias cesáreas e, ainda, dar consulta etc. Continue lendo

Nota do Brasil em ranking de corrupção tem ligeira melhora

A nota do Brasil no Índice de Percepção de Corrupção, divulgado nesta quarta-feira pela ONG Transparência Internacional, evoluiu ligeiramente, de 3,7 para 3,8, na comparação com o ano passado.

[Maurício Moraes, BBC Brasil, 30 nov 11] A nota, no entanto, ainda é baixa na escala que vai de 0 (muito corrupto) a 10 (muito limpo). Apesar da leve melhora, o Brasil caiu na listagem, de 69º lugar em 2010 para 73º lugar neste ano, entre os 182 países pesquisados.

A queda no índice se explica pela melhora mais acentuada de outros países no último ano e pela entrada de outros na medição, como as Bahamas e Santa Lúcia, cuja colocação é melhor que a brasileira.

Na escala de 0 a 10, o Brasil obteve nota 3,8, ficando em 73º lugar entre os 182 países pesquisados pela organização Trasparência internacional. A situação é praticamente estável em relação à lista do ano passado, quando o país obteve nota 3,7, ficando em 69º lugar.

O país mais bem colocado no ranking geral é a Nova Zelândia (9,5), seguida pela Dinamarca (9,4). Nos últimos lugares estão Somália e Coreia do Norte (ambos com 1,0). Continue lendo

Registro Civil 2010 – Principais Destaques (nascimentos, casamentos, mortes) e download

[IBGE, 30 nov 11] A taxa geral de divórcio atingiu, em 2010, o seu maior valor, 1,8% (1,8 divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais) desde o início da série histórica das Estatísticas do Registro Civil, em 1984, um acréscimo de 36,8% no número de divórcios em relação a 2009. Por outro lado, a taxa geral de separação teve queda significativa, chegando a 0,5‰ (0,5 separações para cada mil pessoas de 20 anos ou mais), o menor índice da série. As Estatísticas do Registro Civil 2010 mostram também que cresceu o compartilhamento da guarda dos filhos menores entre os cônjuges divorciados, que passou de 2,7% em 2000 para 5,5% em 2010. Em Salvador, quase metade deles ficaram sob a guarda de ambos os pais. Constatou-se um crescimento proporcional das dissoluções cujos casais não tinham filhos, passando de 30,0% em 2000 para 40,3%, em 2010. Por outro lado, houve um incremento de 4,5% no número de casamentos em relação a 2009. Já os recasamentos (casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo) totalizaram 18,3% das uniões, 11,7% a mais que em 2000.

Houve queda no percentual de subregistros de nascimentos (nascimentos ocorridos em 2010 e não registrados até o primeiro trimestre de 2011) no país, de 21,9% em 2000 para 8,2% em 2009, chegando a 6,6% em 2010. Continue lendo

Automutilação é praticada por um em 12 adolescentes

[Mariana Versolato, Folha SP, 24 nov 11] Um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede.

Para os que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração, segundo especialistas. O problema é mais comum entre mulheres de 15 a 24 anos.

Esse é o primeiro trabalho a acompanhar a evolução da automutilação da adolescência à vida adulta. As conclusões são de um estudo publicado na revista médica “Lancet”, feito no King’s College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália.

Entre 1992 e 2008, foram avaliados 1.802 adolescentes, entre os quais 8% afirmaram ter se mutilado de alguma forma. Ao completarem 29 anos, menos de 1% dos jovens mantinham esse comportamento.

A conclusão dos autores é a de que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Continue lendo

Igreja americana promove adoção de embriões congelados para tirar ‘vidas do freezer’

Maria diz que a filha Elisha é 'prova de que vida começa na concepção'

A Igreja Cedar Park Assembly of God, no Estado americano de Washington, oferece um serviço incomum para uma instituição religiosa: o de agência de adoção de embriões congelados.

[BBC Brasil, 23 nov 11] A ideia de criar um programa para unir casais que têm embriões no freezer e outros que não conseguem ter filhos foi inspirada na história de Maria Lancaster.

Aos 46 anos de idade, após várias tentativas de engravidar e inúmeros abortos espontâneos, Maria achava que o sonho de ser mãe nunca seria realizado.

“Os médicos já haviam desistido de mim”, disse ela à BBC Brasil.

Hoje, nove anos depois, ela e o marido, Jeff, são pais de Elisha, 8 anos.

A história dos Lancaster começou a mudar quando Jeff ouviu em um programa de rádio uma entrevista com uma mulher que havia adotado um embrião.

“Nunca havíamos ouvido falar disso”, lembra Maria. “Resolvemos tentar, adotamos um embrião, e hoje eu tenho uma filha linda.” Continue lendo

Cómo separar la Iglesia del Estado

[Mariana Carbajal, Página 12, 21 nov 11] De paso por Buenos Aires, Micheline Milot contó cómo la Corte Suprema de Canadá viene marcando límites a los intentos de grupos religiosos de imponer sus ideas. El aborto, el matrimonio igualitario, el velo de las musulmanas, el multiculturalismo.

“Cada vez que existió un intento de la Iglesia Católica de ejercer un poder indebido sobre los individuos en Canadá, las sentencias de la Corte Suprema siempre hicieron recordar que en nombre de la igualdad el Estado debía ser neutro”, destacó la socióloga canadiense Micheline Milot, durante una conferencia que brindó en Buenos Aires sobre “Estado laico, religión y diversidad cultural”, en su país. Profesora en el Departamento de Sociología de la Universidad de Québec, en Montreal, Milot es miembro del grupo Sociedades, Religión y el Laicismo en el Centre National de la Recherche Scientifique de París, y experta en el tema en el Consejo de Europa. Con tono didáctico, dio ejemplos de los límites que viene marcando el tribunal supremo a los intentos de grupos religiosos de imponer sus valores o preceptos morales en políticas públicas. Y despertó en el auditorio un sentimiento, tal vez inesperado para ella: envidia. Además, Milot explicó las razones del éxito del multiculturalismo en Canadá, donde –a diferencia de Francia– a las mujeres musulmanas se les permite llevar el velo islámico en espacios públicos como escuelas y hospitales. Continue lendo

“Translating Hip Hop” discute o gênero como novo idioma global

Rappers da Alemanha, Colômbia, Quênia, Filipinas e Líbano traduziram suas letras e buscaram diferenças e semelhanças de uma cultura extremamente local e ao mesmo tempo globalizada.

[DW, 16 nov 11] Para as gerações mais velhas, o hip hop é algo difícil de entender e quase impossível de apreciar. A simplicidade musical, aliada a letras que falam a linguagem da rua, cheias de gíria, é algo que para muitos passa longe de ser arte ou de ter um valor cultural respeitável.

Para entrarmos no mundo do hip hop, primeiro precisamos entender que a cultura hip hop vai além da música. “Hip hop é o rap, grafite, breakdance, um pouco de cultura do vinil e beatbox”, declarou Ale Dumbsky, curador do “Translating Hip Hop” (literalmente, Traduzindo hip hop). O projeto, realizado em cinco países, durou dois anos e teve seu encerramento em Berlim no fim de semana.

Muitos dialetos, um idioma

O projeto começou há mais de dois anos, quando a Casa das Culturas do Mundo, em Berlim, procurou o curador com a ideia de colocar rappers alemães em contato com rappers de diferentes partes do mundo e traduzir suas letras. Veterano na cena hip hop alemã, Ale Dumbsky foi o fundador da gravadora Buback, que nos anos 1980 lançou o primeiro disco de rap em alemão. Continue lendo

Hábito perigoso: adolescentes usam absorventes com vodka para ficar bêbado mais rápido

[Hypescience, 16 nov 11] A prática parece ser feita a algum tempo, mas muitos ainda pensam (ou esperam) que isso possa ser um mito urbano. Mas a polícia afirma que introduzir absorventes cheios de vodka em… lugares escuros é muito popular entre jovens. E não apenas entre as garotas.

Ou eu estou ficando velho, ou sou um bêbado amador, porque nunca ouvi falar nessa técnica. Com uma pesquisa online rápida, você descobre que a prática não é tão incomum, e é popular entre adolescentes ansiosos em ficar bêbados rápido sem que ninguém veja (as garrafas, claro). E apesar de parecer algo mais direcionado às garotas, os rapazes descobriram que também conseguem usá-los. É chamado, aparentemente, de “drinque de bunda”.

Espero que você já tenha passado do momento “o quê? onde vai isso?”, porque a coisa continua. Policiais registraram casos de adolescentes bêbados por culpa do método alternativo. Quando você bebe da maneira “conservadora”, os ácidos estomacais e outras barreiras naturais impedem que todo o álcool seja absorvido. Mas áreas mais vascularizadas, como a vagina ou o reto, absorvem o álcool direto para o sangue. Isso ajuda quem pretende ficar bêbado rápido e intensamente. Alguns até afirmam que o efeito dura mais. Continue lendo