A sociedade capitalista valoriza mais a competição do que a cooperação e magnifica o indivÃduo que se constrói sozinho, e não a sociedade e a comunidade.
A base de toda construção ética, cujo campo é a prática, está nesta pressuposição: a ética surge quando o outro emerge diante de nós.
O outro pode ser a própria pessoa que se volta sobre si mesma, analisa a consciência, capta os apelos que nela se manifestam (ódio, compaixão, solidariedade, vontade de dominação ou de cooperação, sentido de responsabilidade), se dá conta de seus atos e das consequências que deles se derivam. O outro pode ser aquele que está à sua frente, homem ou mulher, criança, trabalhador, empresário, portador de HIV, negro etc. O outro podem ser os outros como uma comunidade, uma classe social, a sociedade como um todo, ou, numa perspectiva mais global, a natureza, o planeta Terra como Gaia e, em último termo, Deus. Continue lendo