Arquivo da categoria: Comportamento

Gravidez de adolescentes cresce apenas na América Latina

da Efe, em Madri (Publicado na Folha SP)

A América Latina é a única região do mundo que registrou um aumento contínuo da gravidez adolescente desde 1980, diz um relatório divulgado nesta quinta-feira em Madri pela Organização Ibero-Americana de Juventude (OIJ).

Intitulado “Reprodução adolescente e desigualdades na América Latina e no Caribe: um chamado à reflexão e à ação”, o documento de 120 páginas é obra da OIJ e de dois organismos da ONU, a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês).

O texto ressalta que “a América Latina é a única região do mundo na qual, nos últimos 30 anos, a taxa de maternidade adolescente cresce”, disse a secretária-geral adjunta da OIJ, Leire Iglesias.

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Soldados britânicos no Afeganistão receberão fuzis com mensagem bíblica

Do Portal Terra

Os soldados britânicos no Afeganistão receberão fuzis com uma mira telescópica que terá referências bíblicas, uma decisão que os críticos temem que seja aproveitada pelos talibãs.

O ministério da Defesa (MoD) assinalou que fez um pedido de 400 visores à empresa americana Trijicon, acrescentando que não sabia do significado das inscriçoes.

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Jovem é maior alvo de publicidade de bebida

Por Cláudia Collucci, da Folha SP

“A indústria da bebida alcoólica está investindo mais em propagandas dirigidas a adolescentes do que nas voltadas a adultos. A conclusão é de um estudo publicado neste mês no ‘Journal of Adolescent Health’, que avaliou, durante cinco anos, 13.513 campanhas de bebidas em 118 revistas americanas.

Apesar de o trabalho ter sido feito nos EUA, há indícios de que a tendência é a mesma no Brasil. Pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que o adolescente se identifica com elementos da propaganda de cerveja -cores, gente jovem e bonita.

Outro estudo da Unifesp ainda não concluído mostra que há muita propaganda de bebida na TV sendo veiculada à tarde, quando a maior audiência é do público infantojuvenil.

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ONG Transparência Internacional divulga ranking da corrupção no mundo

Baseado na Folha online

A ONG Transparência Internacional divulgou nesta terça-feira um ranking mundial de percepção de corrupção que inclui 180 países. O país que aparece na pior colocação é a Somália, em 180º, seguida pelo Afeganistão.

O Brasil ficou em 75º, ao lado da Colômbia, Peru e Suriname, à frente de vários vizinhos da América do Sul. Chile e Uruguai são os melhores posicionados.

Veja a lista da América do Sul:

25 Chile (6,7)
25 Uruguai (6,7)

75 Brasil (3,7)
75 Colômbia (3,7)
75 Peru (3,7)
75 Suriname (3,7)

106 Argentina (2,9)

120 Bolívia (2,7)

126 Guiana (2,6)

146 Equador (2,2)

162 Venezuela (1,9)

Veja a lista completa:

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João Pessoa é a capital brasileira com maior consumo de crack

Fonte: www.onorte.com.br

O ex-integrante da Polícia Federal na Paraíba, Deusimar Guedes, que atualmente está aposentado e dedica-se a realizar palestras educativas junto ao público jovem, apontou que a capital paraibana tem o maior consumo de crack do país: “João Pessoa é a capital brasileira com o maior consumo de crack”, disse, referindo-se ao estudo apresentado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

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Brasil tem um ponto de exploração sexual infantil a cada 26 quilômetros

Fonte: Correio Braziliense

Milhares de crianças e adolescentes estão à deriva nas rodovias federais brasileiras oferecendo seus corpos por até R$ 2. O dinheiro é usado para diversas finalidades, desde comprar comida até fumar crack. De acordo com reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (3/11), a cada 26,7 quilômetros no Brasil há um ponto vulnerável à exploração sexual infantil. Esses dados levam em conta os locais percorridos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em que houve denúncia ou flagrante de menores de 18 anos nesta situação.
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Comemorar ou lamentar?

Fonte: ultimato.com.br
Por: Nancy Gonçalves Dusilek

Mulheres bem-sucedidas, mulheres violentadas. Mulheres com altos salários, mulheres sem salário. Mulheres com diplomas, mulheres analfabetas. Mulheres com filhos saudáveis e em boas escolas, mulheres com muitos filhos e sem perspectiva de vida. Mulheres bem casadas e amadas, mulheres abandonadas pelos consortes. Mulheres estruturadas emocionalmente, mulheres precisando de ajuda. A lista é longa e sempre inclui mulheres.

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Onda de suicídios leva França a discutir cultura ‘pós-privatizações’

Daniela Fernandes, de Paris, para a BBC Brasil

Uma onda de suicídios numa das maiores empresas francesas vem levando o país a discutir o “choque cultural” entre os valores tradicionais do funcionalismo público do país e o foco na competição adotado após processos de privatização.

Após o 25º suicídio de um funcionário da France Télécom em apenas 20 meses, o governo francês fixou nesta semana um prazo para que grandes empresas do país adotem medidas contra o estresse no trabalho.

A própria empresa, privatizada em 2004, anunciou a suspensão de seus processos de restruturação e de realocação obrigatória de funcionários após os 25 suicídios, além de 15 outras tentativas de empregados de tirar suas próprias vidas.

Para analistas, o fenômeno é consequência desse “choque cultural” que opõe a visão tradicional que atribuía ao funcionalismo público um caráter social e as novas políticas comerciais agressivas, que privilegiam o aumento constante das vendas e da rentabilidade.

Abertura

O primeiro “choque” empresarial sofrido pela France Télécom ocorreu em 1998, com a abertura do mercado francês de telecomunicações à concorrência, por determinação de uma diretiva europeia.

A segunda grande transformação foi em setembro de 2004, quando a empresa foi privatizada, 115 anos após ter sido nacionalizada.

Os empregados da operadora histórica de telefonia, que foram funcionários públicos durante mais de um século, se transformaram nos últimos anos em agentes comerciais e passaram a sofrer pressões constantes da direção em relação ao desempenho das vendas.

Para enfrentar a concorrência, a direção da empresa criou um plano de restruturação que vem obrigando os funcionários a mudar de serviço, desempenhar novas funções e serem transferidos para outras áreas geográficas.

Após o 25° suicídio em menos de dois anos, além de 15 tentativas de outros empregados de pôr fim à vida, a direção da France Télécom anunciou a suspensão de todas as reestruturações até o dia 31 de dezembro.

Em setembro, o grupo já havia anunciado o congelamento, também até o final do ano, da transferência obrigatória de trabalhadores para outras regiões.

Funcionários supérfluos

Muitos técnicos, que instalavam e faziam a manutenção das linhas telefônicas, se tornaram supérfluos devido às mudanças tecnológicas e também em razão do fato de o país ter atingido um nível de cobertura da rede que não necessitava mais a instalação de várias novas linhas, diz o economista Thomas Coutreau, que lida com questões de saúde no emprego no ministério francês do Trabalho.

“Eles se tornaram agentes comerciais sem preparo nenhum para a atividade. O trabalho deles não era vender qualquer coisa a qualquer preço. Eles viam antes sua função como um serviço público, algo que tinha valor para a sociedade. A cultura comercial de privilegiar vendas os deixou desestabilizados”, diz o economista.

O mal-estar dos empregados também foi ampliado pela instauração de uma competição individual, em relação a metas de vendas. “Isso minou a solidariedade entre os colegas”, afirma Coutreau.

“Há 30 ou 40 anos, não havia suicídios no trabalho. O surgimento disso está ligado à desestruturação da solidariedade entre trabalhadores. Ela foi esmagada pela avaliação individual dos desempenhos”, diz o psicanalista Christophe Dejours, co-autor do livro “Suicídio e Trabalho, o que fazer?”.

Os empregados que ocupam cargos de chefia na France Télécom também sofrem pressões da alta direção para demitir funcionários que não têm bom desempenho. O grupo demitiu 22 mil trabalhadores entre 2005 e 2008.

O psicanalista se diz cético em relação à utilidade dos questionários sobre o estresse no trabalho enviados nesta semana pela France Télécom aos seus empregados. A medida foi aprovada pelos sindicatos. “Essa pesquisa não diz o que é preciso fazer realmente”, afirma.

Comoção

Os suicídios na companhia comoveram a sociedade francesa e levaram a direção da France Télécom, que se recusa a demitir seu presidente, Didier Lombard, a substituir o número dois do grupo, Louis-Pierre Wenes.

Para o economista Coutreau, a crise na France Télécom não teria alterado a imagem dos franceses em relação à empresa. “Muitos se identificam com esses problemas porque vivem pressões semelhantes no trabalho”, diz ele.

“Mas alguns pensam que os ex-funcionários públicos não sabiam o que era a vida profissional e não aguentam a competição no mercado de trabalho”, afirma.

Entre os países ricos, a França possui uma das mais altas taxas anuais de suicídios, de 19,6 por 100 mil habitantes.