Arquivo da categoria: Comportamento

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?

Especialistas em saúde infantil chamam a atenção para uma epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças que, ainda pequenas, precisam lidar com as pressões da sociedade moderna.

[Natalia Cuminale, Veja, 12 fev 12] Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais. Continue lendo

Clínicas britânicas fazem aborto de grávidas que rejeitam sexo do bebê

Clínicas particulares britânicas estão aceitando interromper a gravidez de mulheres que desistem de ter o bebê quando sabem de qual sexo ele será.

[FolhaSP/EFE, 23 fev 12] O procedimento é realizado principalmente quando o feto é de uma menina, afirma o jornal “The Daily Telegraph” nesta quinta-feira.

A reportagem do jornal fez uma reportagem com uma câmera escondida em que mostra como médicos de hospitais particulares consentem fazer abortos motivados unicamente pelo sexo do bebê. A prática é ilegal no Reino Unido.

Em declarações ao “Telegraph”, o ministro da Saúde, Andrew Lansley, da linha conservadora, expressou preocupação e disse que dará início a uma investigação urgente sobre o assunto. Continue lendo

Um em 10 menores vive com pai ou mãe alcoólatra nos EUA, revela estudo

[CB, 16 fev 12] Sete milhões e meio de jovens americanos, ou um em cada 10 menores de 18 anos, vivem com pai ou mãe alcoólatra, revela um estudo publicado nesta quinta-feira, segundo o qual estes menores são mais propensos a sofrer de depressão, ter baixo rendimento escolar ou sofrer abusos.

Também correm quatro vezes mais riscos do que outros jovens de virarem alcoólatras, segundo pesquisas feitas entre 2005 e 2010 para a agência governamental contra a dependência (Administração de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, SAMHSA).

Cerca de 1,4 milhão de menores nos Estados Unidos moram com um dos pais, que é alcoólatra. Nestes lares monoparentais, 1,1 milhão vive com a mãe e 300.000, com o pai, revelou o estudo, publicado por ocasião da campanha de prevenção dedicada aos filhos de alcoólatras, celebrada entre 12 e 18 de fevereiro.

“Este imenso problema de saúde pública vai além destes números terríveis, porque os estudos mostram que os filhos de alcoólatras não tratados têm maior risco de desenvolver dependência ao álcool”, disse a chefe da SAMHSA, Pamela Hyde, em um comunicado.

Casamentos entre mulheres são alternativa para infertilidade no Quênia

Atos homossexuais podem ser fora da lei no Quênia, mas uma antiga tradição de algumas comunidades permite casamento entre mulheres.

[Muliro Telewa, BBC Brasil, 16 fev 12] A surpresa maior é que isso acontece num país onde líderes religiosos dizem que uniões gays são “não-africanas” – e no qual os que mostram abertamente suas relações enfrentam reações hostis da população.

No entanto, estes casos envolvendo mulheres não são vistos sob o mesmo prisma.

Em determinadas comunidades no oeste do país, se uma mulher não tiver filhos, ela assume o que se considera o papel masculino em um novo casamento, oferecendo uma casa para uma mulher mais jovem. Continue lendo

O novo mapa dos homicídios no Brasil ~ por Raquel Rolnik

Estatísticas indicam: violência recuou sensivelmente em SP e RJ, mas espalhou-se pelo interior. Novos padrões de consumo, mineração sem-lei e grilagem de terras, na fronteira agrícola, são algumas das explicações.

[EcoDebate, 13 fev 12] Entre 2004 e 2007 morreram mais pessoas assassinadas no Brasil do que nos conflitos envolvendo israelenses e palestinos e mesmo na guerra do Iraque. Foram 538.324 homicídios em dez anos (2000 a 2010). Só no ano passado, foram 50 mil pessoas assassinadas em nosso país, mais de 130 por dia.

Estes números foram apresentados, em dezembro do ano passado, no “Mapa da violência 2012: os novos padrões da violência homicida no Brasil“. Utilizando a taxa de homicídios por 100 mil habitantes como parâmetro para medir a violência e com base nas estatísticas de mortalidade registradas pela rede de saúde no país, o estudo mostra a evolução do número de assassinatos na última década. Continue lendo

Mapa da Violência 2012 ~ Instituto Sangari

Desde 1998, ano de divulgação do primeiro, já foram elaborados uma dúzia de mapas da violência, praticamente um por ano. A metade deles, agrupados sob o subtítulo genérico Os jovens do Brasil, abordou as especificidades e a evolução da mortalidade violenta de nossa juventude, principal vítima desse drama brasileiro. Nesses trabalhos, a categoria de mortalidade violenta incluía não só os homicídios, mas também diversas outras violências letais, como suicídios e mortes em acidentes de transporte.

Outros mapas centraram suas baterias em temas mais específicos e delimitados. Dois deles trabalhando o panorama da violência nos municípios brasileiros. Outro tentou pesquisar os fatores determinantes das quedas sistemáticas da violência no estado de São Paulo. Outro ainda trabalhou uma perspectiva mais ampla, tomando como arcabouço a violência na América Latina e no mundo. Também tentamos elaborar, em mais um estudo, uma anatomia dos homicídios no Brasil.

Esse breve exame temporal nos leva, de forma quase inevitável, a nos perguntar: o que mudou nesse ínterim, desde a época da elaboração de nossos primeiros mapas, em fins do século passado, até nossos dias? Continue lendo

Tráfico de jovens teria comando no Nordeste

Investigações sobre rede de exploração sexual depende de trabalho conjunto entre polícias.

[Cleide Carvalho, OGlobo, 12 fev 12] O promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo, Thales de Oliveira, afirmou que investigações feitas pela polícia paulista sobre a rede de tráfico de adolescentes indicam que o comando da quadrilha estaria no Nordeste do país. Segundo ele, o avanço das investigações depende de um trabalho conjunto.

— Já há investigações em andamento também no Pará e no Ceará — afirmou.

Oliveira diz que adolescentes trazidos de outros estados, que receberam próteses de silicone e hormônios para se tornarem transexuais, se arrependeram do que fizeram como próprio corpo e falaram sobre o esquema. Continue lendo

Meninos são aliciados para virar transexuais em SP

Tráfico de adolescentes para prostituição começa nas redes da internet

[Cleide Carvalho, O Globo, 11 fev 12] Magra, cabelos compridos, short curto. M., 16 anos, abre o sorriso leve e ingênuo dos adolescentes quando perguntada se pode dar entrevista. Poderia ser uma das milhares de meninas que sonham com as passarelas. Mas não é. O relógio marca 1h de sexta-feira. M. é um garoto e está na calçada, numa das travessas da Avenida Indianópolis, conhecido ponto de prostituição de travestis e transexuais, escancarado em meio a casas de alto padrão do Planalto Paulista, na Zona Sul de São Paulo. A poucos passos, mais perto da esquina, está K., também de 16 anos. Continue lendo

Levantamento mostra que de cada quatro crianças desaparecidas no mundo, três fugiram de casa

[Agência Brasil, 9 fev 12] Fugas do lar representam 76% dos casos de desaparecimentos de crianças em todo o mundo. E desse total, 80% são casos de reincidência, as chamadas “fugas crônicas”. Somente 9% dos casos de desaparecimento de crianças estão ligados a pessoas estranhas. Os dados são do Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (Icmec).

“Infelizmente, não há hoje em dia uma estratégia internacional harmonizada ou um conjunto de melhores práticas de resposta à criança desaparecida, a exemplo do que ocorre com as práticas de proteção de crianças contra a exploração sexual”, disse a diretora de Políticas Públicas para a América Latina e o Caribe do Icmec, Kátia Dantas, à Agência Brasil. Continue lendo

Contra a infidelidade, região indonésia transfere salário de homens às esposas

O governo da Província de Gorontalo, na Indonésia, transformou em política pública um imbróglio envolvendo o salário de maridos supostamente infiéis e suas esposas e amantes.

[BBC Brasil, 9 fev 12] A partir de março, o salário dos funcionários públicos casados será depositado diretamente na conta de suas mulheres oficiais.

Segundo o porta-voz do governo provincial, Rudi Iriawan, a decisão foi tomada para combater a infidelidade, devido à crescente reclamação das esposas de que recebiam de seus maridos “dinheiro apenas para comprar a comida do dia”. A principal razão seria a partilha do salário entre amantes e esposas.

De acordo com o governo, a iniciativa visa diminuir os casos extraconjugais.

As esposas também reclamavam da falta de transparência dos maridos nas questões financeiras. Continue lendo

Solidão afeta equipes de trabalho

[FolhaSP/NYT, 9 fev 12] É solitário estar no topo, pelo menos é o que dizem. Na verdade, não importa onde uma pessoa está na hierarquia: funcionários de todos os níveis se sentem solitários, mesmo quando há muitos trabalhadores ao redor.

Pesquisas sobre solidão geralmente concentram-se na vida privada e em grupos que podem ter alguma tendência, como os idosos.
Alguns pesquisadores, no entanto, fizeram estudos sobre esse sentimento no local de trabalho e descobriram que ele afeta não somente os indivíduos mas também as organizações como um todo.

A solidão é uma percepção de isolamento ou estranhamento em relação aos outros, diz Sigal G. Barsade, professora de administração na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia. Ela surge da “necessidade humana de fazer parte de algo”.

Solidão não é a mesma coisa que estar só -condição que pode ser positiva e bem-vinda. Também não é sinônimo de depressão, embora as duas possam estar correlacionadas, diz Sarah Wright, palestrante sobre liderança organizacional na Universidade de Canterbury em Christchurch, na Nova Zelândia.

Com a solidão, há uma necessidade de livrar-se da tristeza, “integrando-se em novos relacionamentos”, explica. “Com a depressão, há um impulso de entregar-se a ela.” Continue lendo

“La penalización de la prostitución no funciona” ~ Catherine Hakim

La socióloga Catherine Hakim es la autora de ‘Capital erótico’, un ensayo polémico que ha dividido al feminismo

[Paula Corroto, Público.es, 1 feb 12] El lanzamiento de Capital erótico (Debate), el año pasado en Inglaterra, puso el gritoen el cielo de muchas feministas anglosajonas. Su autora, la socióloga Catherine Hakim, profesora de la London School of Economics, se atrevía a lanzar ideas como la despenalización de la prostitución, debido a las diferencias en cuanto al deseo sexual, mayor entre los hombres que en las mujeres. También señalaba que la mujer debía aprovechar más su belleza y erotismo para sacar más ventajas sociales y económicas. Muchas feministas se preguntaron si era una vuelta al feminismo prerrevolución sexual o si este es el feminismo del futuro. Ayer, Hakim estuvo en España para explicar sus polémicas conclusiones.

Usted habla de sacar más réditos al capital erótico que tienen las mujeres. ¿Esto no supone una condena más para la mujer? Es decir, se exigen estudios, ser una buena ama de casa y, además, estar superficialmente perfecta.

Lo que yo digo es que las mujeres ya tienen un capital erótico superior al de los hombres. El problema es que no están obteniendo beneficios de ese capital. Los estudios afirman que los hombres consiguen un 17% de sus salarios siendo guapos, mientras que las mujeres, sólo el 12% más siendo atractivas. Vemos que también hay discriminación sexual. Así que las mujeres tienen que recuperar el tiempo perdido, porque los hombres están consiguiendo más beneficios de su capital erótico que las mujeres. Continue lendo