Arquivo da categoria: Brasil

Relatório da ONU revela que os povos indígenas são parte da população mais pobre do mundo

Reportagem de Isabela Vieira, da Agência Brasil, publicado pelo EcoDebate, 15/01/2010

Os povos indígenas vivem em situação de pobreza no planeta. A afirmação consta de um relatório [The State of the World’s Indigenous Peoples] divulgado ontem (14) pela Organização das Nações Unidas (ONU) que mostra que cerca de 15% dos 370 milhões de índios representam um terço dos mais pobres do mundo e também um terço dos 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza, com menos de U$ 4,00 por dia, e habitam áreas rurais.

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Dra Zilda Arns

Por Ariovaldo Ramos

Fonte: globo.com – blog de Jorge Antonio Barros

Lembro-me, idos do início dessa década, em frente da Universidade Metodista de Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, num pequeno e singelo restaurante, conversava com a dra Zilda Arns, sobre uma palestra que daríamos, na Metodista, sobre segurança alimentar. Éramos membros do CONSEA – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, da Presidência da República.

Lembro-me da presença e da força da Dra Zilda, no CONSEA, sua vigilância para que a questão fosse tratada com a objetividade necessária, em benefício dos despossuídos.

Lembro-me de como seu interesse era abrangente, não apenas as crianças, alvo de sua organização, mas de todo o leque de necessitados. Sua preocupação com a população indígena, por exemplo, era notória. População que, até hoje, padece de insegurança alimentar.

Lembro-me de sua capacidade de acionar os responsáveis. Bastava um telefonema e o responsável era acionado, fosse Ministro de Estado, fosse o que fosse. Gente, que, muitas vezes, debalde, tentávamos alcançar, a Dra Zilda colocava em linha na primeira chamada.

Lembro-me quando a Visão Mundial, ONG, que, então, eu presidia, decidiu criar o programa de ataque à subnutrição, e, depois de muita pesquisa, concluiu que o método da Pastoral da Criança, liderada por Dra Zilda, era o melhor que se podia utilizar, e passamos a aprender e a replicar o que faziam com eficácia.

Lembro-me que a seriedade da Dra Zilda com a sua fé, não a fez segregar quem quer que fosse, que desejasse somar na causa da proteção a criança e na luta contra a desnutrição. Na conversa, no restaurante, Dra Zilda me dizia que um dos cooperadores locais da Pastoral era membro de denominação protestante. Que a Pastoral vivia um ecumenismo, na prática.

Lembro-me dos enfrentamentos levados a efeito por ela. De como sua opinião era respeitada. De como ela conseguia influenciar o pleno do CONSEA, fazendo-nos lembrar do porquê estávamos ali.

Lembro-me de quando esperava que ela fosse laureada com o Nobel da Paz, e da frustração por ela não o ter sido. Bem… Depois do prêmio para o atual Presidente do EUA, fica a dúvida sobre o significado da homenagem.

Dra Zilda Arns… Como é triste falar dessa brasileira, excelente e por excelência, no passado! Lembro-me da Dra Zilda… E sempre me lembrarei!

Mais de 60 mil migraram para a PB entre 2002 e 2007

Fonte: Jornal da Paraíba

Por: Natália Xavier

Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revela que entre os anos de 2002 e 2007 cerca de 34 mil paraibanos que estavam morando em outros Estados brasileiros voltaram para a Paraíba. De acordo com a professora Liedje Siqueira, responsável pela pesquisa, no prazo de cinco anos, 63 mil pessoas migraram para a Paraíba, destas 34 mil são paraibanas que estavam morando em outros Estados. Isto significa dizer que 53% das pessoas que vieram morar na Paraíba fizeram a chamada “migração de retorno”.

Segundo a professora Liedje, entre as causas para que os paraibanos retornem ao Estado estão a motivação econômica, a vontade de ficar perto da família e o crescimento da violência nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, principais destinos de paraibanos que vão morar em outros Estados em busca de emprego.

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Índios da PB e PE fecham sede da Funai em Brasília durante protesto

Fonte: Da Agência Brasil

Cerca de 500 índios fecharam nesta terça-feira, dia 12, a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) protestando contra o Decreto 7.056, editado em 28 de dezembro do ano passado, que, segundo eles, extingue administrações e postos do órgão.

“Esse decreto, que havia sido anunciado como uma medida de reestruturação da Funai, nada mais significa do que a extinção de 24 das cerca de 50 administrações regionais [do órgão indigenista] e de todos os postos indígenas no país”, afirmou o cacique geral Caboquinho Potiguara, indicado porta-voz das cerca de 20 etnias que participam do protesto.

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Brasil pode zerar miséria e se igualar a países ricos em 2016, diz Ipea

MARIANA SALLOWICZFolha Online

O Brasil poderá praticamente zerar a pobreza extrema e alcançar indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos em 2016, caso mantenha o ritmo de desempenho que teve entre 2003 e 2008. A conclusão é de estudo “Pobreza, desigualdade e políticas públicas”, divulgado nesta terça-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A pobreza extrema é considerada para famílias com renda de até um quarto de salário mínimo per capita –atuais R$ 127,50.

Também há expectativa de alcançar uma taxa nacional de pobreza absoluta (até meio salário mínimo per capita, R$ 255) de 4% naquele ano, o que, segundo o Ipea, significa quase a sua erradicação. Em 2008, o índice estava em 28,8%.

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Exploração e extração de urânio ameaçam moradores e sistemas ecológicos no Brasil e na Guiana

Por Norbert Suchanek, para o EcoDebate

Febre de urânio na Amazônia – A Amazônia e seus habitantes estão ameaçados pela mineração de urânio. De fato, já há 30 anos foram descobertas reservas enormes do metal pesado radioativo na Amazônia brasileira (Rio Cristalino, no Pará, Pitinga, no Estado do Amazonas, e na região dos Ianomâmi em Roraima), assim como também no país vizinho Guiana. Mas só agora começou a febre do urânio na região. À procura de jazidas mais produtivas, atualmente várias mineradoras perfuram o solo da Guiana com equipamento pesado.

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João Pessoa registra queda de 30% em mortalidade infantil

Fonte: www.portalcorreio.com.br

Nos últimos quatro anos, a cidade João Pessoa vem registrando queda no número de óbitos entre crianças com sete dias de vida e cinco anos de idade. Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Diretoria de Vigilância à Saúde, indicam que, em 2005 foram registradas cento e oito mortes em crianças com até sete dias de vida. No ano seguinte esse número caiu para noventa e oito. Em 2009 foram setenta e sete óbitos, uma queda de 28,8% em análise comparativa ao primeiro ano da atual gestão. No caso de crianças de até cinco anos, a queda foi ainda maior, com 30% de redução em relação a 2005.

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Índices de analfabetismo ainda são alarmantes

Fonte: Correio Braziliense, por Renata Mariz

Desigualdade regional
No Nordeste, mais de 40% da população de 50 anos em diante é analfabeta. Veja os índices mais recentes, referentes a 2008, de cada região brasileira:

Proporção de analfabetos na população com 50 anos ou mais, por região:
Nordeste 41,3%
Norte 28,7%
Centro-Oeste 21,8%
Sudeste 13,2%
Sul 12,8%
Brasil 21,5%

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Analfabetismo funcional atinge 28% da população brasileira

Reportagem de Amanda Cieglinski, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 03/12/2009

Cerca de 28% da população ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da língua. Essas são algumas informações apontas pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) 2009, divulgado ontem (2). O índice é apurado desde 2001 pela organização não governamental (ONG) Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM).

O Inaf mede os níveis de analfabetismo funcional na população brasileira entre 15 e 64 anos, dividindo em quatro níveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, alfabetismo básico e alfabetismo pleno. São considerados analfabetos funcionais aqueles que se encaixam nas duas primeiras categorias.

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Mortalidade infantil da PB é 4ª maior do país

Fonte: Jornal da Paraíba (www.jornaldaparaiba.globo.com)
Por Natália Xavier
A Tábua Completa de Mortalidade da População do Brasil, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a Paraíba é o quarto Estado do país com o maior índice de mortalidade infantil.
De acordo com o levantamento, em 2008, de cada mil nascidos vivos, 36,50 morreram antes de completar um ano. O índice ficou bem acima da média nacional, que foi de 23,30 óbitos para cada mil nascidos vivos. Entre as causas relacionadas à mortalidade infantil, estão a desnutrição, falta de saneamento básico e a dificuldade de acesso ao serviço de saúde.

Lula regulariza terras quilombolas na PB e em mais 13 Estados

Fonte: PB Agora e UOL

O “Diário Oficial” da União desta segunda-feira (23) traz os decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que regularizam territórios quilombolas na Paraíba e em mais 13 Estados brasileiros. Para isso, estão sendo desapropriados 342 mil hectares de terra. Mais de 3.800 famílias serão beneficiadas. De acordo com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), esses são os primeiros decretos de áreas quilombolas que envolvem desapropriações (áreas que não são em terras públicas). Continue lendo

4 mil Famílias Quilombolas Sofrem sem Infraestrutura na Paraíba

Por João Paulo Medeiros, para o www.jornaldaparaiba.globo.com

“Aqui a gente vive com o mínimo que dá pra viver. Até agora não precisei comprar água, mas todo o pessoal já comprou e vai chegar um dia que iremos comprar também. Dos nossos sete filhos, apenas dois moram aqui e os cinco foram pra o Rio de Janeiro, tentar arranjar trabalho”.

O relato acima é do casal de aposentados Severina Maria Nascimento, 60 anos, e Mariano José do Nascimento, 65 anos, integrantes de uma das 140 famílias que residem na comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, localizada a 13 quilômetros da cidade de Alagoa Grande, Agreste paraibano, a 122 quilômetros da capital do Estado.

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