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Fora do radar do governo, País tem 700 mil famílias em ‘extrema pobreza’

Pente-fino promovido pelo ministério mostra que estatísticas oficiais ignoravam legião de miseráveis, que ficaram descobertas até pelos programas sociais incrementados na gestão do ex-presidente Lula.

[Roldão Arruda, O Estado de SP, 27 mai 12] Um ano atrás, o governo federal pôs em andamento uma operação para localizar os chamados miseráveis invisíveis do Brasil – aquelas famílias que, embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família. Na época, baseado em dados do IBGE, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu como meta encontrar e cadastrar 800 mil famílias até 2013. Na semana passada, porém, chegou à mesa da ministra Tereza Campello, em Brasília, um número bem acima do esperado: só no primeiro ano de busca foram localizadas 700 mil famílias em situação de extrema pobreza e invisíveis. Continue lendo

Abuso policial mancha direitos humanos no Brasil, dizem EUA

As prisões superlotadas e os abusos cometidos pelas polícias Civil e Militar dos Estados, junto com a exploração sexual de crianças e adolescentes, continuam a ser os principais calcanhares de Aquiles da situação dos direitos humanos no Brasil, na visão do Departamento de Estado americano.

[Pablo Uchoa, BBC Brasil, 24 mai 12] Ao publicar seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo – esta edição dedicada a 2011 –, as autoridades americanas criticaram também a discriminação contra minorias, mulheres e gays, a demora do Judiciário e a impunidade no Brasil. Continue lendo

Fecundidade no Brasil não supera reposição; veja destaques do censo 2010

O número de filhos por mulher no Brasil caiu em 2010 e está abaixo do nível de reposição da população, segundo dados divulgados pelo IBGE.

[BBC Brasil, 27 abr 12] Isso significa que a população total – descontando-se a imigração – está em tendência de queda, já que o número de pessoas que nasce é menor do que o número de pessoas que morre.

O nível de reposição do Brasil – necessário para garantir a substituição de gerações – é de 2,1 filhos por mulher. Em 2000, a média de filhos por mulher no Brasil era de 2,38. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, referentes a 2010, esse índice caiu para 1,9. Continue lendo

Brasil desponta em número de ‘solitários’ entre emergentes

“Os estudos mostram que, ao se separarem de seus parceiros, homens e mulheres dificilmente se casam novamente, e escolhem morar sozinhos por conveniência”.

[Luís Guilherme Barrucho, Folha SP, 25 mai 2012] Uma das principais economias do mundo emergente, o Brasil também desponta na proporção de pessoas morando sozinhas entre os países em desenvolvimento, tendência já verificada em nações ricas.

Atualmente, segundo o Censo de 2010, divulgado pelo IBGE, quase 7 milhões de lares brasileiros possuem apenas um único ocupante, número a equivalente a 12,2% do total de domicílios ou a 3,7% da população brasileira. Continue lendo

Emergentes impulsionam lares com um só morador

Com 12 milhões de pessoas que passam a morar sozinhas a cada ano no mundo, o número de lares com um único morador (também chamados de unipessoais) já é o maior da história e tem crescido a um ritmo acelerado, impulsionado, principalmente, por países emergentes como o Brasil.

[Luís Guilherme Barrucho, BBC Brasil, 25 mai 2012] Segundo dados da consultoria americana Euromonitor, mais de 270 milhões de pessoas ao redor do globo, ou quase 4% da população mundial, moravam sozinhas em 2011, um crescimento de 27,6% na comparação com 2006 e de 77% em relação a 1996. Continue lendo

África vive situação paradoxal de crescimento econômico e de fome, afirma Pnud

“Em um mundo com excedente de alimentos, a fome e a má nutrição continuam onipresentes em um continente com grandes recursos agrícolas”

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) alertou hoje (15) para a situação paradoxal existente na África, pois parte do continente registra crescimento econômico superior à média mundial, mas também apresenta a maior insegurança alimentar do planeta.

[Renata Giraldi, Agência Brasil, 15 mai 12] A administradora do Pnud para a África, Helen Clark, disse que é fundamental implementar políticas mais inclusivas e focadas em segurança alimentar. Continue lendo

Polícia indiana interrompe ritual de enterro de bebê vivo

A polícia indiana prendeu nesta quinta-feira o pai e o tio de um bebê do sexo feminino que seria enterrado vivo.

[Ram Dutt Tripathi, BBC Ásia, 10 mai 12] Autoridades da província de Uttar Pradesh, no norte do país, afirmaram que os dois homens haviam cavado um buraco no cemitério local e foram detidos em flagrante enquanto tentavam enterrar o bebê de apenas dois meses.

Os pais da criança alegaram que seguiam um conselho de um guru espiritual, segundo o qual o enterro da menina protegeria o próximo filho do casal de doenças graves. Continue lendo

Casos de estupros crescem mais no interior que em São Paulo

Os registros de estupros cresceram mais no interior de São Paulo do que na capital nos últimos dez anos –o número mais do que triplicou no interior, enquanto não chegou nem a dobrar na capital.

[Marília Rocha, Folha SP, 4 mai 12] O crescimento da população sem um aumento proporcional de políticas públicas e a maior disposição das vítimas para a denúncia são possíveis explicações para o índice.

Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que a concentração de denúncias no interior (que inclui também o litoral) vem crescendo.

Do total de ocorrências registradas no Estado em 2001, 46% estavam no interior, porcentagem que subiu para 56% no ano passado. A capital tinha 33% dos casos, índice que caiu para 23%. Já a Grande SP passou de 22% para 21%. Continue lendo

‘É difícil separar religião e política’, afirma d. Odilo Scherer

À frente da arquidiocese de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer cuida de cerca de 4,5 milhões de almas católicas e cumpre, com afinco, determinação do papa Bento 16: levar o rebanho a confirmar e redescobrir sua fé.

[Paula Bonelli, O Estado de S.Paulo, 30 abr 12] O trabalho envolve liderar as fileiras de bispos e outros sacerdotes, mas também garantir a presença da Igreja na mídia e ocupar espaços públicos – em um campo religioso cada vez mais competitivo. Continue lendo

Indígenas desafiam fronteiras e se unem contra grandes obras na América Latina

Desafiando as fronteiras nacionais, indígenas de países latino-americanos estão se articulando de forma inédita na oposição a obras que afetam seus territórios e a políticas transnacionais de integração.

[João Fellet, BBC Brasil, 23 abr 2012] Com o auxílio de tecnologias modernas e de conexões históricas, índios de diferentes grupos têm buscado unificar posições em organizações internacionais como ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos). Experiências bem-sucedidas por toda a América Latina em disputas com governos e empresas também vêm sendo compartilhadas.

Índios sem fronteiras

“Estamos mapeando todas as conquistas dos nossos parentes (povos indígenas) no continente para aproveitarmos as experiências deles aqui no Brasil”, afirma Marcos Apurinã, coordenador-geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira). Continue lendo

Mapa com os pontos de tensão para os povos indígenas na América Latina

Há, atualmente, centenas de conflitos em curso na América Latina que opõem povos indígenas a empresas, políticos e governos locais.

[BBC Brasil, 23 abr 12]Para especialistas, esses confrontos têm ganhado força à medida que pouca ou quase nenhuma garantia é oferecida a essas comunidades de que seus direitos e territórios serão preservados face à expansão urbana. Muitos deles envolvem a construção de obras de infraestrutura e a exploração de recursos naturais.

Confira alguns desses conflitos ainda em andamento na região: Continue lendo

Funai alerta para risco de genocídio de índios isolados no Acre

O avanço da exploração econômica na fronteira entre o Brasil e o Peru ameaça causar um genocídio entre índios que vivem isolados na região, segundo organizações indígenas e indigenistas.

[João Fellet, BBC Brasil, 19 abr 2012] Estimados em algumas centenas pelo escritório da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Rio Branco (AC), esses índios – em sua maioria falantes das línguas pano e aruak – vivem nas cabeceiras de rios na fronteira, atravessando-a livremente.

No entanto, segundo indigenistas, a exploração de madeira e o tráfico de drogas estão deslocando esses povos, que, em contato com outras populações (indígenas ou não), poderão ser dizimados por doenças ou confrontos armados. Continue lendo