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Exposições mostram a imagem da pobreza ao longo da História

Obra de Pieter Brueghel em exposição: a pobreza do século 17

[DW, 5 jul 11] A pobreza faz parte de todas as sociedades, mas a maneira como os pobres são tratados mudou ao longo dos tempos. Esse é o ponto central de duas exposições em Trier, na Alemanha.

A questão da pobreza é tão polêmica hoje quanto há milhares de anos, mas o que mudou foi o ponto de vista sobre o assunto. Numa grande exposição, o Museu da Cidade de Trier (Stadtmuseum Simeonstift Trier) e o Museu Estadual Renano de Trier (Rheinische Landesmuseum Trier) mostram como o tratamento dado à pobreza se modificou ao longo dos últimos 3.000 anos na Europa.

Pobres como caricaturas

O Rheinische Landesmuseum se dedica ao tema da pobreza na Antiguidade. Achados arqueológicos da Grécia e do Egito e do Império Romano documentam que, na época, a pobreza era considerada algo abominável e culpa própria, e era também motivo de escárnio.

Segundo o guia da exposição, Frank Unruh, os “pobres eram representados como anões engraçados, que brincavam com macacos do mesmo tamanho que eles; ou eram mostrados como pessoas com deficiências físicas que não correspondiam ao ideal saudável e, portanto, acabavam nas ruas”.

Cidadãos ricos encomendavam tais figuras em bronze para tê-las como objetos de decoração em seu entorno. “A esse respeito, é difícil imaginar uma sociedade ainda mais repugnante”, resumiu o arqueólogo. Continue lendo

Partes da África sofrem pior seca dos últimos 60 anos, diz ONU

[BBC Brasil, 28 jun 11] A ONU afirmou nesta terça-feira que algumas partes da região conhecida como “chifre” da África, localizado no nordeste do continente, foram atingidas pela pior seca dos últimos 60 anos, com mais de 10 milhões de pessoas afetadas.

O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários afirmou que a crise relativa à falta de alimentos na região, que inclui países como Somália, Etiópia, Quênia, Uganda e Djibuti, é a pior do mundo.

Além da seca, os conflitos na Somália têm forçado um número sem precedentes de somalis a fugir para o Quênia, segundo informações da ONG Save the Children.

A organização humanitária relata que, diariamente, cerca de 1,3 mil pessoas – sendo ao menos 800 delas crianças – têm chegado ao campo de refugiados queniano de Dadaab.

O número mensal de chegadas ao campo mais do que dobrou no período de um ano, afirma a Save the Children. Continue lendo

Líbia usa minas terrestres produzidas no Brasil, dizem entidades

Rebeldes dizem já ter encontrado e removido mais de 150 minas (Foto: Human Rights Watch)

[Rafael Spuldar, BBC Brasil, 23 jun 11] Minas terrestres de fabricação brasileira estão sendo utilizadas pelo governo da Líbia contra os insurgentes que combatem as forças do regime do coronel Muamar Khadafi, afirmaram entidades de defesa dos direitos humanos.

De acordo com a ONG Human Rights Watch e a Campanha Internacional pelo Banimento das Minas Terrestres (ICBL, sigla em inglês), os artefatos brasileiros localizados e fotagrafados na Líbia são minas antipessoais T-AB-1, que foram fabricadas até 1989 pela empresa brasileira Britanite Indústria Química (hoje chamada IBQ Indústrias Químicas).

As minas foram encontradas no início de junho nas montanhas de Khusha, cerca de 1,5 km ao norte da cidade de Zintan. Segundo a Human Rights Watch, os explosivos foram posicionados aparentemente para defender posições do governo no norte da Líbia. Continue lendo

Los 10 países con mayor índice de embarazos precoces

[La Patilla, 21 jun 11] Los embarazos en adolescentes se han convertido en un problema de salud pública en México. De acuerdo con cifras de la Secretaría de Salud, actualmente, tres de cada diez mujeres se convierten en madres antes de cumplir 20 años.

También mencionan que entre 40 y 60 por ciento de los embarazos entre las jóvenes, no son deseados.

Por ello, la Secretaría de Salud, lanzó una campaña con el objetivo de trabajar en la prevención entre las adolescentes; pues el embarazo en una mujer menor de 20 años es considerado por la Organización Mundial de la Salud como de alto riesgo, ya que puede morir.

Actualmente, más del 13 por ciento de las defunciones maternas ocurre en mujeres menores de 20 años. Además, es un factor que incide de manera directa en la aparición de las malformaciones congénitas en los recién nacidos.

En los últimos cinco años se ha detectado que la edad promedio en la que los adolescentes inician su vida sexual, es entre los 13 y 14 años de edad.

Las menores de 15 años, tienen cinco veces más riesgo de morir durante su embarazo, y más aún, si no asisten a sus revisiones periódicamente. Continue lendo

Perfil del ‘prostituidor’: casado, con hijos y de entre 30 y 50 años

[EFE, 20 Minutos, 20 jun 11] Varias organizaciones de mujeres se han unido para pedir el fin de la impunidad del “prostituidor” por considerar que solo castigando el consumo de prostitución se acabará con esta forma de esclavitud y degradación de la mujer.

Apuestan por cambiar la palabra “cliente” por la de “prostituidor” Como primera medida apuestan por cambiar la palabra “cliente” por la de “prostituidor” puesto que “el lenguaje sirve para dar significado a las cosas y la palabra cliente normaliza un negocio de esclavitud e invisibiliza a los verdaderos responsables de la prostitución”.Además, piden medidas específicas de penalización del prostituidor y del “intermediario”, considerado como tal todo aquel que se beneficie de la prostitución, incluidos los propietarios de bares o locales que sirven de lugar de encuentro para una “supuesta prostitución libre”. Continue lendo

‘Miseráveis entre miseráveis’, mais de 10 milhões vivem com R$ 39

[Luciana N Leal, Estadão 18 jun 11] Dados do Censo de 2010 que balizaram ações do Brasil sem Miséria, principal programa social da gestão Dilma, detalham onde vivem 8,5% dos brasileiros com renda familiar de até R$ 70

Uma população estimada em 10,5 milhões de brasileiros – equivalente ao Estado do Paraná – vive em domicílios com renda familiar de até R$ 39 mensais por pessoa. São os mais miseráveis entre 16,267 milhões de miseráveis – quase a população do Chile – contabilizados pelo governo federal na elaboração do programa Brasil sem Miséria.

Lançado no dia 3 de maio como principal vitrine política do governo Dilma Rousseff, o programa visa à erradicação da miséria ao longo de quatro anos.

Dados do Censo 2010 recém-divulgados pelo IBGE que municiaram a formatação do programa federal oferecem uma radiografia detalhada da população que vive abaixo da linha de pobreza extrema, ou seja, com renda familiar de até R$ 70 mensais por pessoa – que representam 8,5% dos 190 milhões de brasileiros. Continue lendo

Número global de pessoas deslocadas é o maior em 15 anos, diz ONU

[BBC Brasil, 20 jun 11] A agência de refugiados da ONU afirmou que 43,7 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas no mundo até o final de 2010 – o maior número em 15 anos, e um total superior a toda a população da Argentina.

Essas pessoas foram obrigadas a fugir de conflitos armados, violência, perseguição, violações de direitos humanos e desastres naturais.

Os dados constam do relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados(Acnur), divulgado nesta segunda-feira, quando é marcado o Dia Mundial de Refugiado.

Dessas 43,7 milhões de pessoas, 27,5 milhões foram deslocadas internamente (não cruzaram a fronteira de seus países), 15,4 milhões têm o status de refugiadas e mais de 800 mil são solicitantes de asilo (pessoas que pediram proteção internacional, mas ainda não são consideradas refugiadas). Continue lendo

Itália obriga casal a se separar após marido mudar de sexo

[Assimina Vlahou, BBC Brasil, 17 jun 11] A Justiça italiana obrigou um casal da cidade de Bolonha a se separar contra a própria vontade, depois que o homem trocou de sexo e se tornou mulher.

Alessandro Bernaroli, 40, se submeteu a uma operação de troca de sexo em 2009, quatro anos após ter se casado no civil e no religioso. Ele passou a se chamar de Alessandra e não tinha a intenção de se separar da mulher. Nem ela dele.

Em outubro do ano passado, um tribunal de Modena, cidade onde foi celebrado o casamento, reconheceu que o casal tinha o direito de permanecer unido legalmente.

Agora, uma sentença do tribunal de apelação de Bolonha, onde eles moram, impôs o divorcio, alegando falta de diversidade sexual entre os cônjuges. Continue lendo

ONU aprova resolução de igualdade para homossexuais

[Folha SP, 17 jun 11] O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou pela primeira vez a discriminação com base na orientação sexual ao aprovar uma resolução histórica destinada a promover a igualdade dos indivíduos sem distinção.

A resolução afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito a sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades (…) sem nenhuma distinção”.

O texto, apresentado pela África do Sul, estabelece ainda um painel para rever leis discriminatórias e as violências contra as pessoas por sua orientação sexual ou identidade de gênero em todo o mundo.

A resolução foi aprovada por 23 votos a favor, contra 19 contrários e três abstenções. Entre os que aprovaram a medida está o Brasil, Estados Unidos e países da União Europeia. Continue lendo

Quatro milhões de idosos sofrem maus-tratos na Europa por ano

[Folha SP, 16 jun 11] Pelo menos quatro milhões de idosos sofrem abusos físicos a cada ano na Europa e cerca de 2.500 são mortos por um membro da família, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os idosos são vítimas de humilhações como bofetadas, murros, socos, queimaduras e cortes e são trancados em seus quartos durante horas ou até dias, afirma o relatório divulgado durante a 3ª conferência europeia de prevenção de maus-tratos e promoção da segurança, realizada em Budapeste.

Segundo o estudo –que analisou a situação dos idosos em 53 países europeus–, além dos quatro milhões que sofrem abusos físicos, 29 milhões são submetidos a agressões psicológicas, como insultos ou ameaças, e seis milhões são vítimas de roubos de dinheiro ou fraudes.

Além disso, cerca de um milhão de idosos sofrem abusos sexuais em forma de assédio, estupros ou exposição à pornografia. Continue lendo

Onda de estupros coletivos causa preocupação e polêmica no Irã

[Folha SP, 16 jun 11] Relatos recentes de estupros coletivos praticados por gangues no Irã estão causando preocupação entre as mulheres e levantando questionamentos sobre valores sociais no país, informa Mohammad Manzarpour, do serviço persa da BBC.

Em uma aldeia religiosa e conservadora perto da cidade de Isfahan, mulheres que participavam de uma festa privada foram sequestradas no ano passado e foram vítimas de estupros coletivos perpetrados por criminosos que as ameaçaram com facas.

Uma semana depois, uma estudante universitária foi atacada e violentada por desconhecidos em um campus fortemente protegido na cidade sagrada de Mashhad.

Em ambos os casos, autoridades acusaram as vítimas de não usarem véus ou hijabs e de comportamento “não islâmico”. Continue lendo

Afeganistão é o pior lugar do mundo para a mulher, diz estudo

Mulheres afegãs carregam água em baldes em meio a um cemitério de Cabul; capital tem infraestrutura precária / Syed Jan Sabawoon / Efe

[Folha SP, 15 jun 11] Uma pesquisa entre especialistas da Fundação Thomson Reuters, de Londres, classificou o Afeganistão como o lugar mais perigoso do mundo para as mulheres viverem. Entre os motivos estão os altos níveis de estupro, violência doméstica, mutilação genital e ataques com ácido.

Congo, Paquistão, Índia e Somália ficaram em segundo, terceiro, quarto e quinto lugares, respectivamente.

O estudo foi encomendado à TrustLaw, um serviço de notícias judiciais da Thomson Reuters e foi divulgado durante o lançamento da seção especializada em mulheres.

“Conflitos constantes, ataques aéreos da Otan e práticas da cultura local fazem do Afeganistão um lugar muito perigoso para as mulheres”, disse Clementina Cantoni, uma ativista humanitária baseada no Paquistão que trabalha para o departamento de ajuda internacional da Comissão Europeia.

O serviço de notícias entrevistou 213 especialistas em gênero de cinco continentes que utilizaram cinco fatores em suas análises: ameaças à saúde, violência sexual, violência não sexual, fatores culturais ou religiosos, falta de acesso a recursos e tráfico humano.