Arquivo da categoria: Política

Irã persegue cristãos em retaliação às sanções do Ocidente ao seu programa nuclear

Igreja sofre com onda de perseguição no Irã. Autoridades iranianas estão promovendo uma onda de perseguição aos cristãos em todo o país, prendendo indiscriminadamente líderes e membros comuns – incluindo uma mulher de 78 anos de idade.

Desde o Natal de 2011, agentes de segurança realizam incursões nas igrejas em Ahwaz, Shiraz, Esfahan, Teerã e Kermanshah. Algumas igrejas oficialmente registradas têm sido alvo também. Cristãos têm sido presos em suas casas e locais de trabalho.

Em uma incursão na cidade de Esfahan, uma senhora de 78 anos de idade, Giti Hakimpour, foi presa em sua casa em às 6h da manhã no dia 22 de Fevereiro de 2012. Giti, que havia recentemente passado por uma cirurgia de substituição do joelho, não estava em boas condições de saúde; seu médico advertiu que ela precisava de cuidados especiais e não deveria ser submetida ao estresse. Após persistentes esforços de líderes da igreja, Giti foi solta em 25 de Fevereiro. Continue lendo

Comunidade internacional reage a massacre em Homs

Até 47 pessoas, a maioria crianças, teriam sido esfaqueadas. Hillary critica cinismo de Assad.

[OGlobo, 12 mar 12] Beirute – A morte brutal de até 47 crianças e mulheres em Homs chocou o mundo e gerou uma série de condenações da comunidade internacional. No Conselho de Segurança, o chanceler russo, Sergei Lavrov, manifestou nesta segunda-feira a sua preocupação e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, acusou o presidente Bashar al-Assad de cinismo ao lançar ataques enquanto se encontrava com o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, no final de semana. Continue lendo

#Kony 2012 ~ “Crianças Invisíveis” [Vídeo/Legendado em Português]

httpv://youtu.be/LE_DgntYbpw

#Kony 2012 é um filme e uma campanha da organização “Crianças Invisíveis” que visa tornar Joseph Kony famoso, não para celebrá-lo, mas para conseguir apoio para sua prisão e estabelecer um precedente para a justiça internacional.

Veja também.

Will the Good BRICS Please Stand Up? ~ by James Traub

You can call them respectable democracies, but India, Brazil, and South Africa will be judged by how they act abroad. And on the Syria question, it’s been shameful.

[By James Traub* | Foreign Policy | March 9, 2012] As global power has shifted away from the West, the emerging order has come to be identified with the BRICS — an unofficial geopolitical bloc consisting of Brazil, Russia, India, China, and South Africa. But the BRICS are equally divided between autocratic and democratic states. The growing reach of powerful autocracies is nothing to celebrate, but the rise of stable and increasingly prosperous democracies in the developing world — India, Brazil, South Africa, Turkey, and Indonesia, among others — has been the single most encouraging phenomenon in the world over the last generation. Those first three countries, in fact, have established an informal bloc known as IBSA. This, too, should be a profoundly welcome development. But it hasn’t been, at least in Western capitals. In global affairs, it turns out, emerging democracies often behave a lot like Third World autocracies. And IBSA is turning out to be not so very different from the BRICS. Continue lendo

Homofobia & Cristãfobia: protesto contra toda intolerância

Sou cristão. Sou contra a homofobia e toda e qualquer forma de intransigência. Defendo a vida, a liberdade de escolha e de expressão, inclusive dos que pensam diferente de mim.

Sou cristão. Chamado a servir aos necessitados, entre eles, os enfermos nos hospitais, independentemente de sua raça, religião, condição econômica e opção sexual. Seja individual e informalmente, ou organizada e institucionalmente através da ‘ACEH – Associação de Capelania Evangélica Hospitalar’, buscamos estar junto aos que sofrem. Continue lendo

Vice-ministro sírio deixa governo Assad e se junta aos rebeldes

É a primeira grande perda política do regime desde o início das revoltas, há um ano.

[O Globo, 8 mar 12] DAMASCO — O vice-ministro do Petróleo sírio, Abdo Hussameddin, renunciou na quarta-feira à noite através de um vídeo publicado no You Tube e anunciou sua união ao movimento rebelde contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Hussameddin é o político mais importante a abandonar o governo de Damasco até agora.

— Me junto à revolução das pessoas que rejeitam a injustiça e a campanha brutal do regime, que está tentando calar a demanda popular por liberdade e dignidade — disse o agora ex-vice-ministro. Continue lendo

Bancos são os financiadores de armas nucleares ~ Thalif Deen

Don't bank on the bomb

Relatório "Não confiem na bomba: o financiamento mundial dos produtores de armas nucleares"

A indústria mundial de armas nucleares é financiada e mantida viva por mais de 300 bancos, fundos de pensão, companhias de seguros e gestores de ativos, segundo um estudo divulgado pela Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican). Por Thalif Deen, da IPS.

[Thalif Deen, Envolverde/IPS - Inter Press Service, 6 mar 12] Estas instituições realizam substanciais investimentos na produção de armas atómicas. O estudo, de 180 páginas, diz que as nações com poderio nuclear gastam mais de 100 mil milhões de dólares por ano fabricando novas ogivas, modernizando as velhas e construindo mísseis balísticos, bombardeiros e submarinos para lançá-las.

Grande parte deste trabalho é feito por grandes empresas como BAE Systems e Babcock International, na Grã-Bretanha, Lockheed Martin e Northrop Grumman, nos Estados Unidos, Thales e Safran, na França, e Larsen & Toubro, na Índia. Continue lendo

O Impasse Sírio ~ por Immanuel Wallerstein

Alessio Romenzi for TIME

Não creio que num ano ou dois assistamos à saída de Assad do poder, ou à mudança substancial do seu regime. O motivo é que aqueles que mais o denunciam não desejam de facto que ele caia.

[Esquerda.net, 28 fev 12] Bashar al-Assad carrega o peso de ser um dos homens menos populares do mundo. Quase todos o denunciam como tirano, um muito sangrento tirano. Mesmos os governos que se recusam a denunciá-lo parecem estar a aconselhá-lo a moderar os métodos repressivos e fazer algum tipo de concessões políticas aos seus opositores internos.

Mas então como ignora ele todos estes conselhos e continua a aplicar a máxima força para manter o controlo político da Síria? Por que não há intervenção externa para provocar o seu derrube? Para responder a estas questões, comecemos por avaliar as suas forças. Para começar, ele tem um exército razoavelmente poderoso e, até agora, com poucas exceções, o exército e outras estruturas repressivas do país permaneceram leais ao regime. Em segundo lugar, ainda parece contar com o apoio de pelo menos metade da população, naquilo que está cada vez mais a ser descrito como uma guerra civil. Continue lendo

Perguntas e Respostas sobre a Síria ~ por Luís Leiria

Afinal, quem são os alauítas, a seita religiosa predominante no regime sírio? E o que é o Baath? É normal que numa república haja sucessão dinástica? O regime sírio é “progressista? Eis algumas das perguntas a que procuramos responder.

[Luis Leiria, Esquerda.net, 29 fev 12]

Quando foram definidas as atuais fronteiras da Síria?

Depois da Primeira Guerra Mundial, que marcou o fim do Império Otomano, França e Grã-Bretanha partilharam entre si a região, dividida a régua e esquadro em negociações secretas que decorreram em 1916, e que tiveram como representantes de cada lado os diplomatas François Georges-Picot e Sir Mark Sykes. O acordo Sykes-Picot, como ficou conhecido, criou as fronteiras da atual Síria, que são apenas uma parte da Síria histórica. Esta compreendia, além da Síria atual, o Líbano, a Jordânia e a Palestina. Depois da entrada das tropas francesas em Damasco em 1920, começou o mandato francês sobre o território, que só terminou no final da II Guerra Mundial.

Quando ocorreu a independência da Síria?

Em 1946, depois de longas negociações com os franceses. Hachem al-Atassi foi o primeiro presidente sírio, país que, desde o início, se conformou como uma república. Continue lendo

Hospitais sírios se converteram em centros de tortura, diz ONU [inclui vídeo]

httpvh://youtu.be/Y1Ra9Smc-E4?hd=1

Alguns hospitais sírios se transformaram em centros de tortura para os feridos nos protestos contra o regime de Bashar al Assad, afirmou nesta terça-feira o Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas.

[FolhaSP/EFE, 6 mar 12] Genebra – “Em vários casos, as missões de investigação da ONU comprovaram que os hospitais viraram centros de tortura para os feridos nos conflitos”, declarou em entrevista coletiva Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos.

Ele confirmou também que as autoridades exigem dos funcionários dos hospitais que “não tratem ou curem” os feridos que participaram dos protestos.

“As ambulâncias foram orientadas ainda a levar os feridos para os centros de detenção em vez de os hospitais”, revelou.

‘CUMPLICIDADE’

Colville afirmou que foi comprovada “a cumplicidade” de alguns médicos nos processos de repressão nos hospitais.
Como essa situação era conhecida da população e das equipes médicas, nas últimas semanas foram criadas clínicas e centros de saúde clandestinos em garagens e apartamentos.

“Infelizmente, parece que as forças de segurança descobriram algumas dessas clínicas e também as transformaram em centros de tortura”, explicou Colville.

O porta-voz lembrou que a tortura não é uma “novidade” na Síria, já que havia sido legitimada desde 1963 “sob o escudo da permanente lei de emergência”.

“Maus-tratos, tortura psicológica, suspensão do corpo pelos pés e confinamento são comuns nas últimas quatro décadas na Síria, uma situação que se agravou a níveis indescritíveis nos últimos meses”.

O porta-voz lembrou que a tortura, quando é sistemática, constitui crime contra a humanidade.

Exército sírio bombardeia ponte de fuga para o Líbano

O Exército sírio executou um grande ataque contra a cidade de Hirak, berço da rebelião, e bombardeou uma ponte pela qual transita a maioria dos habitantes que fogem para o Líbano, informaram ONGs ligadas à oposição.

[FolhaSP/France Presse, 6 mar 12] Damasco – A pressão militar contra os rebeldes acontece quatro dias antes da viagem a Damasco de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe, para negociar um cessar-fogo.

Durante a manhã, o Exército bombardeou na localidade de Rableh uma ponte usada pelos sírios em fuga para o Líbano, denunciou o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos).

O bombardeio não provocou vítimas, mas inutilizou a ponte, que cruza o rio Orontes, perto da fronteira libanesa. Continue lendo