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Fica Firme, Zorô! ~ por José Roberto Prado

Todos queremos fazer diferença. Deixar nossa marca, ainda que pequena, na história e na vida de outras pessoas. Fomos criados com este “senso de realização”, faz parte da ‘Imago Dei’ que carregamos.

Fomos pragramados para nos completarmos quando nos relacionamos construtivamente. Um amigo já disse: “Pessoas precisam de Deus; Pessoas precisam de pessoas”. Como isso é verdade!

Nós que nascemos “do alto” (Jo.3:3) encontramos realização quando, movidos pelo amor do Pai e das otras pessoas, imprimimos a marca Dele (abençoamos) – não a nossa – na vida dos que nos rodeiam.

A indiferença, o egoísmo e a desequilibrada busca de auto-satisfação, tão comum no nosso mundo consumista-individualista, não representam a normalidade para a qual fomos criados. É enfermidade, e das bravas. Na nova vida que recebemos de Deus com o novo nascimento, normal é vivermos em mutualidade e nos realizarmos uns com os outros. Continue lendo

Crônica de uma tempestade ~ por José Roberto Prado

Havia sido um longo dia. Acalmar e organizar a multidão, ouvir os apelos das pessoas que buscavam por cura, libertação e conselho não foi fácil. Eram mais de cinco mil, de várias localidades. O Mestre, como sempre, tranqüilo. Perguntávamos uns aos outros de onde ele tirava tanta paciência para tratar com gente tão sofrida, tão complicada. Nada parecia lhe incomodar! Nem o calor, nem os gritos das crianças, o murmúrio impaciente dos doentes. Atendia a todos. Um a um!

A tarde chegou e com ela a fome. Não havia cidade por perto e o povo também não levou lanche. O que será que pensaram? Somente um garotinho fora prevenido. Parece que era um gordinho… (Desses que sempre tem um lanchinho escondido para as emergências…). Mas como alimentar a multidão? Melhor despedi-la, pensamos nós. O Mestre, pra variar, nos colocou numa sinuca: Alimentem-lhes! Continue lendo

Vivendo no Hiato ~ por José Roberto Prado

Segundo o dicionário, hiato é uma fenda, um intervalo, uma lacuna. Uma espécie de espaço-tempo onde o que existe é o vazio, onde reina o caos. Sua principal característica é a ausência, a falta de algo e não um conteúdo.

Para muitos, a vida parece estar presa a um hiato. Como um buraco-negro existencial, deslizamos entre dias rotineiros, casamentos falidos, agendas ocupadas, contas a pagar e fotografias sorridentes na coluna social. Todos os nossos dias sem sabor, vividos no hiato… Sem sentido.

Esta percepção incômoda zomba de nós com sua gargalhada insolente especialmente quando algo de ruim, de extraordinário, chega até nós. Basta um telefonema, um diagnóstico, e lá vamos nós. Como a barragem trincada de uma represa, nossos piores temores brotam do interior de nossas almas com uma força que desconhecíamos. Os dias ficam cinzentos, as noites mais longas, o apetite se vai e o copo não se esvazia.

A vida no hiato é capaz de provar por “a + b” que os muros dos condomínios, com suas cercas elétricas e vigilância monitorada, não conseguem impedir a entrada do sofrimento em nossas casas. Planos de saúde não são capazes de barrar os vírus, bactérias e células cancerígenas. Religiosidade sincera, velas acesas, promessas, figas e pés-de-coelho não impedem que sejamos vítimas de seqüestros-relâmpago, assaltos à mão armada, arrastões, balas perdidas. Continue lendo

Por uma teologia de consolo em catástrofes ~ Margaretha N. Adiwardana

Global accident - collision of an asteroid wit...

No livro de Lamentações de Jeremias

A ocorrência de catástrofes com grande amplidão de destruição exige a presença dos cristãos em socorro às vítimas. As vítimas ficam em choque ao perder, em questão de minutos, tudo que construíram nas suas vidas – casas, bens, às vezes alguém amado da família, e com a possibilidade de ficarem feridas ou adoecerem por condições insalubres, sem moradia, comida e nem água. O seu chão foi tirado. A terra, que deveria ser a base onde os pés se firmam, tremeu. A casa engolida por deslizamento de terra. A água limpa que traz vida e sacia a sede, trouxe a morte e destruiu os seus meios de sustento. Tudo que provê vida se torna incerto e traiçoeiro.

As pessoas ficam desesperadas e desesperançadas quanto ao futuro quando a base da sua vida foi eliminada. Perguntam-se o que foi que aconteceu. Como o Criador da natureza deixou isso acontecer? Quem é esse Deus? Muitos pensam que a mão de Deus pesa sobre eles. Em alguns casos, preferiram morrer junto com os seus amados e vendo o sonho da sua vida desaparecer diante dos seus olhos. Sentem-se culpados de não terem morrido juntos e por não conseguirem salvar os seus familiares.

Ao prestar ajuda para sobreviver física e materialmente, é necessário também ajudar a retomar a vida com esperança, sem medo do futuro, nem amarguras contra o Criador, não perdendo a fé, mas se aprofundando na dependência de Deus. Mas como os socorristas podem acalmar o medo e apresentar respostas? Eles mesmos ficam abalados diante de tão grande sofrimento. Ajudam calados e chorando juntos. Falam de coisas irrelevantes para quem está com sofrimento atroz. Acabam apresentando a Palavra de Deus que aos ouvidos das vítimas soa como incompreensão, exigência, colocando mais fardo na condição delas. Alguns se mantém alheios. Outros julgam como punição pessoal e merecida de Deus.

O contexto do sofrimento necessita de compreensão bíblica, tentando entender do ponto de vista de Deus como diretriz da ação para ministrar de forma relevante. Um modelo seria o livro de Lamentações de Jeremias, que chorou ao ver a desolação de Jerusalém destruída, mas que não perdeu a esperança por se apegar na misericórdia infindável de Deus. Harrison comenta que “Soberania, justiça, moralidade, julgamento de Deus e a esperança da benção no futuro distante são temas que surgem com grandeza solene das cadências de Lamentações.” Há muitas paralelas da situação mencionada por Jeremias. O sofrimento diante da destruição foi pessoal e coletivo, físico, material, emocional e espiritual (3:4-6).

Lamentações 3

I. Necessidade de conhecer a época – contextos

1. Contexto de sofrimento: O livro inteiro menciona um contexto de grande sofrimento, destruição da cidade inteira e dos seus muros, crianças morrendo de fome, mães desesperadas, moças desoladas, jovens mortos e levados ao cativeiro, sem mais sacerdotes, nem profetas ou príncipes. Lamentações se faziam em situações de luto e aqui era luto nacional.

2. Contexto de grandes pecados como causa fundamental do sofrimento em geral. No caso em Lamentações, o pecado foi nacional e coletivo. Em catástrofes, há causas diretas e indiretas. As diretas seriam guerras e violências provocadas humanamente. As indiretas seriam a ganância e exploração que provoca extrema pobreza e o aquecimento global, a corrupção de uso de material de qualidade inferior nas construções que não aguentam em terremoto e chuvas pesadas. Há outras que parecem falha da natureza como as placas tectônicas que se movem. Fundamentalmente, entende-se que o pecado humano ao romper com o Seu Criador trouxe a consequência da entrada do mal no mundo. O que foi criado bom, agora desanda. Jeremias mencionou grandes pecados (1:8, 14, 18, 22, 3:42; 4:6; 5:7), falsos profetas (2:14; 4:13), inversão de valores de Deus – escárnio aos justos, de injustiça social – exploração dos que não podiam se defender, perversão de justiça e direitos humanos – criação de  Deus, iniquidade abundante e atos abomináveis contra o que é sagrado.

3. Contexto de perigo sério, perigo de vida (vs.53-55) – de morte física e de morte espiritual.

II. Jeremias reconheceu Deus como Senhor soberano sobre todos os contextos, conheceu o caráter d’Ele e, portanto, reconheceu os atos d’Ele e seus desígnios.

1. Reconhecimento da soberania de Deus v.3:38 – mal e bem (“desgraças e bênçãos” NVI) procede do Altíssimo. Tsunami, dezembro de 2004 provocou muitas discussões se foi punição de Deus. Os muçulmanos atribuíram castigo de Allah por algo que o povo fez, os hindus e budistas fizeram sacrifícios para aplacar a ira dos deuses ou dos espíritos.

2. Reconhecimento do amor, compaixão, misericórdias infindáveis e fidelidade do Senhor (vs.22-23 – hesed, grande amor, “carinho”, compaixões no plural para intensidade, com raiz na palavra rehem = ventre materno, a bondade amorosa se renova a cada manhã). É a razão de não sermos consumidos, de estarmos ainda vivos.

3. Reconhecimento da justiça de Deus que não tolera pecado (v.34-36 – exploração, maldade, injustiça, perversão do direito – situação brasileira e de muitos países).

4. Reconhecimento que Deus tem o plano de levar o homem ao arrependimento, permitindo sofrimento, trazendo-o à salvação. V.31-33 “não aflige, nem entristece de bom grado os filhos do homem”. Hoje continuamos a ouvir casos de conversões pós-tsunamis, de indagação dos povos pós-guerras e sua afirmação de que só Deus pode interferir e mudar, só Jesus pode acabar com as maldades que o próprio povo está cometendo contra os patrícios. Harrison afirma que “o autor de Jó e o de Lamentações reconhecem que uma reação positiva ao sofrimento é um pré-requisito à maturidade espiritual. Esta percepção é a base para a expectativa de que após a tribulação virá restauração e bênção, por causa da bondade de Deus, para um povo que realmente estiver arrependido.”

III. A nossa reação de entendimento e convicção da justiça e misericórdia de Deus, que quer levar todos à salvação, leva à ação.

-V.21 trazer à memória – “fará voltar ao coração”, ao centro de afetividade, “o que pode me dar esperança” – a misericórdia infindável de Deus para com os homens;

– Não questionar, mas entender os atos de Deus (vs.37-39), castigo de pecado para levar ao arrependimento (vs.31-33). Stephens-Hodge ao comentar sobre crianças de peito que desfaleciam em busca de pão, “Sofrimento tal como esse é sempre um profundo mistério: mas nem mesmo uma criança pode ser considerada isoladamente”. W. F. Adeney “É uma monstruosidade acusar a providência de Deus por causa das conseqüências das ações que Ele tem proibido”. Na soberania de Deus, nada pode acontecer sem a permissão d’Ele. Quando Ele permite sofrimento, na Sua misericórdia fará emergir o bem do mal (Rm. 8:28).

– Sentir junto ao ver (v.1) – pessoal e corporativo como Neemias na confissão de pecado do povo. “Sofrimento pessoal (de Jeremias) e representante típico do povo” (Gaster).

– Lamentar com sinceridade, colocando-nos juntos no sofrimento e no pecado da humanidade, vs.40-42, na identificação com a pecaminosidade humana.

– Rogar, clamar com choro incessantemente até a misericórdia de Deus se manifestar, os pecadores se arrependendo, vs. 49-51. Harrison diz que podemos acreditar em uma divindade tão imutável e digna de confiança, e orar em completa submissão à Sua vontade soberana, que Ele olhe novamente com favor para seu povo.

– Advertir e proclamar para levar ao arrependimento, v.29 – “ponha a boca no pó”, a forma oriental de reconhecimento da indignidade, se prostrar em submissão total.

IV. Ter certeza do final de todas as situações

– Deus ouve o clamor do Seu povo – v.56.
– Deus vem e se faz presente – v.57.
– Deus consola e assegura – v.57b “Não temas”.
– Deus defende dos inimigos – v.58 – punição dos inimigos.
– Deus salva – v.58b “remir a minha vida”.

Walvoord e Zuck mencionam princípios da natureza da aflição de Israel:

(1) Aflição deve ser aguentada com esperança na salvação de Deus, ou seja, a restauração final (3:25-30).

(2) Aflição é somente temporária e é amenizada pela compaixão e amor de Deus (vs.31-21).

(3) Deus não se regozija na aflição (v.33).

(4) Se a aflição vem por causa de injustiça, Deus a vê e não aprova (vs.44-46).

(5) Aflição ultimamente veio por causa dos pecados de Judá (3:39).

(6) Aflição deve cumprir o objetivo de trazer o povo de volta para Deus (v.40).

Devemos pregar o arrependimento igual como fazemos em qualquer situação também de bem-estar. Mas também devemos assegurar da misericórdia de Deus. A diferença está na ministração efetiva integral em contexto de grande sofrimento. Primeiramente nós mesmos precisamos ter o coração de compaixão, de identificação com o sofrimento dos povos e com a pecaminosidade do ser humano, chorar compungido rogando a Deus pela misericórdia, e a agir com compaixão como socorristas.

“O âmago do poema, tanto literal como espiritualmente, é a passagem central do capítulo central. Cinco vezes ocorre a palavra ‘esperança’. A aflição cumpre seu trabalho de humilhar (v.20). O sofredor compreende o seu significado e grita: tenho ‘ESPERANÇA’ (v.21). A nova esperança está apenas em Deus, como mostra o contexto. Isso é de novo enfatizado quando o poema termina.

“Tu, Senhor, reinas eternamente’ (5:19). A oração final do poema será ainda cumprida, ‘Renova os nossos dias como dantes’ (5:21)”. (Baxter).

E quanto à pergunta de todo o tempo de “Por que o justo sofre?”, quanto aos inocentes sofrendo grandemente em catástrofes? “Ultimamente há profundidade nas ações de Deus que o homem finito não pode entender. A revelação de Deus em palavra e em ação mostra consistentemente sua justiça e amor em aliança; porém há sempre um resíduo de experiência humana que exige que curvemos a uma sabedoria alta demais para nossa compreensão. Encontramos o exemplo supremo na cruz e no grito de Jesus em Marcos 15:34. Por isso cada teoria fácil da Expiação tem falhado há muito tempo, pois há profundidades no Gólgota que passa a compreensão humana. Somente quando na glória veremos o livre arbítrio e a predestinação reconciliados que também compreenderemos como a soberana vontade de Deus é compatível com sua justiça e amor de aliança com o seu povo”. (H. L. Ellison).

“A minha porção é o Senhor, diz a minha alma, portanto, esperarei nele”.
(Lamentações 3:24).

Bibliografia

Baxter, J. Sidlow, Examinai as escrituras, Jó e Lamentações, Vida Nova, 1993.

Harrison, R. K., Jeremias e Lamentações, introdução e comentário, Vida Nova, 1996.

———–, Introduction to the Old Testament, Tyndale, London, 1970.

L. E. H Hodge in “O Novo Comentário da Bíblia”, p.785, Vida Nova, SP, 1985.

Ellison, H.L. in “The Expositors Bible Commentary, Old Testament”, Vol. 6, p.699, Zondervan, Michigan, 2002.

Keil, C. F., Introduction to the Old Testament, Hendrikson, Mass., 1991.

Walton, J. H., Matthews V.H., Chavalas M.W., The Bible Background Commentary, Old Testament, IVP, Downers Grove, 2000.

Walvoord, John F. e Zuck, Roy B., edit., “The Bible Knowledge Commentary”, p. 1210, Victor, Colorado, 2005.

Margaretha N. Adiwardana: Presidente/Fundadora da AME, membro da Missions Commission da WEA – World Evangelical Aliance; missionária associada da IEM – Indian Evangelical Mission, professora de missiologia, coordenadora da Rede SOS Global

[Publicado em Vida Nova – Teologia Brasileira, 5/8/2010].

Era uma vez um junípero… ~ por José Roberto Prado

Em sua carta, Tiago afirma que o profeta Elias era um ser humano como nós (5:17).

Para alguns, esta afirmação é difícil de ser compreendida.

Como se identificar com alguém que confrontou um rei, ressuscitou um jovem, orou para que não chovesse e não choveu, orou pra chover e choveu, orou pra que viesse fogo do céu e veio… E de quebra, foi arrebatado num carro de fogo?

Mas existe uma outra face de Elias.

O Elias que se sente sozinho, foge para o deserto, senta-se debaixo de um Junípero (ou zimbro em outras traduções, uma árvore nativa do deserto) e pede pra “ser promovido”.

Eu consigo me identificar com Elias. Continue lendo

Deserto ou jardim? ~ por José Roberto Prado

Deus prometeu a Josué: ‘toda terra que pisar os teus pés será tua’ (Js 1.3). Por esta promessa Israel recebia pela fé a posse da terra. Era um presente, mas havia inimigos a serem vencidos. Deus convida seus filhos à maturidade e esta, sempre, envolve batalhas ferozes. Havia gigantes em Canaã. Somos convocados a derrotar os gigantes da nossa própria terra. Que terra é essa?

Igreja é povo de Deus. Distingue-se pela posse de algo que só Deus pode conceder. É uma dádiva, mas deve também ser buscada. O preço por não lutar é ter que conviver com inimigos e, muitas vezes, ser derrotados por eles, pois resistem em sair. Esgueirado-se por entre as sombras, quando menos esperamos apropriam-se daquilo que é nosso: nossa vida, nossa liberdade, nossa alegria, nossa paz.

Na nova aliança, o coração – centro da vontade, pensamentos e emoções – é a ‘terra’ a ser conquistada. Não mais um pedaço de chão, fertilidade, estabilidade financeira ou saúde física. Deus presenteia-nos com um novo coração, uma nova identidade, a possibilidade de posse de nosso próprio ser, de desfrutarmos a paz de “estar NEle” e “Ele em nós”! Nosso coração torna-se, assim, ambiente de adoração, de habitação da glória do Deus Excelso. Somos feitos “santuário do Deus vivo” (1Co3.16). Continue lendo

Sozinhos, nós não podemos. Sem nós, Ele não quer! ~ por José Roberto Prado

Creio em Deus.

Creio em seu propósito de compartilhar sua glória — seu amor perfeito — com todos os povos da terra.

Creio que o universo e as nações serão um dia restaurados e reconciliados com o Criador.

Creio no projeto chamado Reino de Deus, e seu principal agente é a Igreja – um povo transformado pelo poder do Evangelho de Cristo – que vive de maneira transformadora na sociedade.

Por conseguinte, entendo que Deus, em sua soberania, sabedoria e graça, decidiu agir em conjunto conosco, seu povo.

Considerada a grandeza da tarefa e nossa própria limitação, como povo que ainda está em processo, só posso aceitar esta verdade pela fé, submetendo-me à revelação de sua Palavra, entendendo que Ele deseja usar instrumentos frágeis para que o mérito seja todo Dele.

Pra dizer em outras palavras: “Sozinhos, nós não podemos; sem nós, Ele não quer!” Continue lendo

Site localiza capítulos da Bíblia geograficamente

O site “BibleMap.org” é o primeiro a localizar todos os capítulos da Bíblia geograficamente.

Basta digitar o capítulo desejado e, através de um aplicativo do Google Maps, ele identificará a exata localização em que se passou a história, além de disponibilizar o capítulo em inglês.

A página foi desenvolvida por funcionários do “HeLives.com”, um site religioso. Segundo a descrição do “BibleMap”, “[…]a motivação para criar o site foi simples: criar um ‘atlas’ gratuito da Bíblia com o Google Maps. Nós esperamos que a página seja uma benção para você e o ajude a deixar o livro da Bíblia mais vivo em sua vida”.

Fonte: POP News (via Portal O Verbo)

El terremoto en Haití y los “señales de la venida del Señor”

Por Juan Stam, teólogo y biblista

Hace unos años, el día después del espantoso terremoto de México, escuché por casualidad la conversación entre dos señoras obviamente evangélicas. “Pues hermana, ¿cómo te pareció el terremoto en México ayer?” La respuesta me dejó atónito: “¡Qué maravilla! Me alegré mucho. ¡Cristo viene ya!”

Un día, cuando Jesús y sus discípulos estaban admirando el templo de Jerusalén, el Señor les anunció que no quedaría piedra sobre piedra de esa majestuosa arquitectura, porque Israel había rechazado a su Mesías. En eso le preguntaron, “¿Cuándo serán estas cosas? ¿Y qué señal habrá cuando todas estas cosas hayan de cumplirse?” Y Jesús respondió “Mirad que nadie os engañe” (Mr 13:2-5; Lc 21:6-8). Es claro que según Marcos y Lucas, todo el tema de la conversación era el futuro del templo, y que lo que le pedían a Jesús, según esos dos evangelios, era la señal de la futura destrucción de Jerusalén. El evangelio de Mateo reformula la misma pregunta: “¿Cuándo serán estas cosas [destrucción de Jerusalén], y qué señal habrá de tu venida y del fin del siglo?” (Mat 24:2-5). Esa diferencia es importante, pero en Mateo también el tema central es la destrucción de Jerusalén como anticipo de la venida de Cristo. Mi compatriota tica, cuando comentó el terremoto de México, sin duda estaba pensando en este pasaje de San Mateo, aunque olvidando su contexto histórico de un suceso que ocurrió unos cuarenta años después, hace casi diecinueve siglos.

Creo que se malinterpreta muy seriamente este sermón de Jesús. Para comenzar, se habla de “las señales del fin del mundo”, cuando el texto habla de “la señal” (singular) de la destrucción de Jerusalén y, relacionada con ella, según Mateo, “de tu venida y del fin del siglo” (no “del mundo”). La pregunta es triple: la señal de la destrucción del templo, de la venida de Cristo y del fin del siglo. Como respuesta Jesús menciona muchos fenómenos, entre ellos guerras, hambrunas, terremotos, persecuciones y la predicación del evangelio (24:5-14).

Tres cosas me llaman la atención: (1) Jesús no dice que ninguno de estos fenómenos es señal de su venida, (2) Jesús dice precisamente lo contrario, que estas tragedias no son el fin del siglo (24:6,14, cf. 14.:8); (3) Jesús advierte que habrá falsos profetas y falsos “cristos” que vendrán a agitar al pueblo con especulaciones sobre su venida y dirán que está cerca (24:4-5; 11; 23-27 y paralelos en Marcos y Lucas; cf. 2 Tes 2:2-3). (4) En su respuesta, Jesús emplea la palabra “señal” por primera vez cuando advierte contra las falsas señales en 24:24 y después cuando anuncia “la señal del Hijo del hombre en el cielo” (24:30). En otras palabras: “Vendrán guerras y terremotos y otros fenómenos, pero ninguno de esos es la señal que me piden, y tengan cuidado con falsos maestros que harán señales falsas. La única señal del fin del siglo la seré yo mismo, cuando venga con las nubes”.

En ese tiempo, como hoy, era muy popular especular sobre “señales” sensacionales del fin del mundo: que el sol se levantaría a medianoche, que las mujeres engendrarían monstruos, que aparecerá una caballería armada en el cielo y mucho más. Jesús era muy enemigo de esas calenturas. “La generación mala y adúltera demanda señal; pero señal no le será dada, sino la señal del profeta Jonás”, la de Nínive y la señal de la reina de Sabá” (Mt 12:38-42; Mr 8:12 dice sólo “no se dará señal a esta generación”, punto). Ésas no eran las señales que buscaba esa generación adúltera. Jonás, Nínive y la reina de Sabá no tenían nada que ver con el fin del mundo; eran llamadas al arrepentimiento y el cambio de vida conforme al ejemplo de ellos. Es la única manera de entender la referencia a Nínive y Sabá. A diferencia de Marcos y Lucas, el relato de Mateo incluye una referencia a la resurrección de Jesús, pero eso tampoco tiene que ver con el fin del mundo.

La frase “las señales de los tiempos” aparece también en Mateo 16:1-3 y tampoco tiene nada que ver con la venida de Cristo. El pasaje paralelo en Lc 12:54-56 no tiene dicha frase, sino reza: “Cuando veis la nube que sale del poniente, luego decís, ‘Agua viene’; y así sucede. Y cuando sopla el viento del sur, decís, ‘Hará calor’; y lo hace. ¡Hipócritas! Sabeís distinguir el aspecto del cielo y de la tierra; ¿y cómo no distinguís este tiempo?” Jesús compara “las señales de los tiempos” con los métodos que empleaban los campesinos todos los días para anticipar los cambios en las condiciones climáticas. En otras palabras, Jesús les dice: “¡No sean tan perversos e irresponsables. Si quieren entender el tiempo en que viven, no esperen señales del cielo sino analizan bien las condiciones históricas para entender lo que está pasando y anticipar lo que está por pasar “.

¡Con esa actitud tan vehemente, Jesús jamás iba a responder a sus discípulos con una lista de “señales”. ¡Qué torpe la pregunta de los discípulos! (Cf. Hch 1:6. ¡Como nos parecemos a ellos!). Jesús les describe inevitables sucesos históricos, que siempre han ocurrido, pero les exhorta a no confundirlos con señales ni escuchar a la voz hipócrita y adúltera de los falsos maestros con sus falsas señales. Dios quiere hablarnos por las guerras y terremotos que ocurren, pero no para revelarnos “los tiempos o las sazones” que sólo a él corresponden (Hch 1:7; Mat 24:36).

Algunos apelan a ciertos pasajes en las epístolas que describen los vicios y abominaciones de “los postreros tiempos” (1 Tim 4:1-3; 2 Tim 3:1-5; 4:3; 2 Pedro 3.3) y concluyen que esos mismos pecados hoy son señales de la venida de Cristo. Sin embargo, los autores bíblicos nunca los llaman “señales” ni los tratan como tales. Esta enseñanza equivocada viene por no tomar en cuenta la perspectiva bíblica sobre el “ya” de la salvación y el “todavía” no como aspecto aún futuro. Para ellos, los “postreros tiempos” no estaban a dos mil años de tiempo sino que comenzaron con la resurrección de Cristo (ver 1 Jn 2:18, un texto realmente sorprendente: “muchos anticristos antes de 95 d.C., “el último tiempo” comenzó hace dos mil años!). Pablo enseña lo mismo en 1 Cor 10:11 (cf. 2 Tes 2:7) y Pedro en 1 P 1:20. Según el autor de Hebreos, Dios envió a Cristo “en estos postreros días” (Heb 1:2).

Es muy poco probable que Pablo hubiera estado pensando en condiciones morales y sociales del mundo dos mil años después de su época. Primera Timoteo es una “carta pastoral”, para sus lectores, y no un tratado de especulación profética. Todos los malos que describe corresponden perfectamente a su propia época, en tiempos de la decadencia del imperio romano. Es claro que Pablo aplica estas enseñanzas a su propia época (p.ej. 2 Tm 3:6-10); algunos de los pecados denunciados, que existían en tiempos de Pablo, ya no tienen ningún sentido (como prohibir matrimonio, 1Tim 4:3, o meterse en casas para engañar a mujercillas, 2 Tim 3:6). Eso indica que Pablo estaba hablando de su propia época.

Es claro que ni Mateo 24 ni estos pasajes de las epístolas tienen la menor intención de revelarnos “señales de la venida del Señor”. El Espíritu Santo inspiró muchas verdades futuras a los autores bíblicos, pero nunca, que yo sepa, “señales” de esta índole. “No os toca a vosotros”, dijo el Señor, “saber los tiempos o las sazones, que el Padre puso en su sola potestad” (Hech 1:7). En vez de especular sobre supuestas “señales”, dediquémonos a entender el tiempo que vivimos y servir al Señor y su reino en la coyuntura histórica que nos corresponde.

Juan Stam, Costa Rica, 25 de enero de 2010
Do Portal CREE

Denzel Washington – Mantendo a Fé

Por Brett McCracken

Denzel Washington é muito mais do que apenas um superstar, ganhador de Oscar. Ele é um cristão que leva a sério o seu papel … mesmo que isto signifique um pouco de sangue, como em seu novo filme: Book of Eli.

Denzel Washington é um dos mais bem sucedidos e respeitados atores de Hollywood. Mas o vencedor de duas estatuetas do Oscar (em 1989 e 2001 de Glória de Dia de Treinamento) é também um dos mais atuantes cristãos de Hollywood.

Filho de um pastor pentecostal de Mount Vernon, Nova York, Denzel, aos 55 anos, há mais de 30, tem participado ativamente da igreja West Angeles Church of God in Christ, lê sua Bíblia todas as manhãs, e sempre escolhe papéis em que pode “passar” uma mensagem positiva ou o reflexo de sua profunda fé pessoal.

A fé está em todo lugar no novo filme pós-apocaliptico de Denzel: The Book of Eli, que estreou sexta-feira e está sendo promovido com outdoors com os trocadilhos “B-ELI-EVE” (Acredite) e “D-ELI-VER US.” (Salve-nos). No filme, Denzel assume o papel de um viajante misterioso que tem um facão como arma, chamado Eli, dirigido por Deus para proteger a última cópia da Bíblia existente na Terra – isso mesmo, a Bíblia – e levá-la para o ocidente, para protegê-la de bandidos que procuram usá-la como uma “arma” de controle.

O personagem de Denzel no filme utiliza a violência intensamente – esquartejando os bandidos em cada esquina -, mas que começa a se sensibilizar quando conhece uma garota inocente (Mila Kunis), que o lembra que podemos ficar tão presos em proteger a Palavra de Deus que, por vezes esquecemos-nos de vivenciá-la.

Para Denzel, “vivenciá-la” é essencialmente caracterizado pelo amor e sacrifício. A mensagem final de Eli, diz ele, é “faça mais pelos outros do que você faria para si mesmo”. Esta uma mensagem que Denzel sempre ouviu desde criança.

“Oramos a respeito de tudo, todos os dias”, disse Denzel a membros da mídia religiosa na semana passada, em Los Angeles. “E sempre terminamos com ‘Amém. Deus é amor’. Eu imaginava que ‘Deus é amor’ era apenas uma expressão. Levei muito tempo para aprender o que realmente significava. Eu não me importo com o livro que você lê ou no que você acredita, se você não tiver amor, se você não amar o seu próximo, então você não tem nada”.

Embora Denzel não seja um grande fã da palavra “religião”, e se abstenha de qualquer posicionamento do tipo “Eu estou certo, você está errado”, ele não se envergonha de falar, sem rodeios, sobre sua fé cristã.

“Eu creio que Jesus é o Filho de Deus”, diz ele. “Eu fui batizado no Espírito Santo. Eu sei que isso é real. Eu estava numa sala. Meu rosto ‘explodiu’, chorei como um bebê, e aquilo quase me ‘matou de susto’. Um tipo de medo que chacoalhou minha vida. Vou ser honesto com você, levantei-me e segui na direção oposta daquela que deveria. Eu não sabia o que estava acontecendo. Foi muito forte. Levei muitos anos para dar meia-volta”.

Recentemente, sentado em sua casa lendo a Bíblia (esta é a terceira vez que ele está lendo-a do início ao fim), Denzel se deparou com uma passagem sobre a sabedoria e entendimento em Provérbios 4, que o fez refletir sobre sua vida.

“Estou nesta enorme casa cheia de todas essas coisas”, observou. “Eu ouvi a Bíblia me dizendo: ‘Você nunca vê um caminhão de mudanças atrás de um carro funerário. Você não pode levar todas essas coisas consigo. Os egípcios tentaram, mas foram roubado. Eu disse: ‘O que você quer, Denzel?’ E uma das palavras da devocional daquele dia era sabedoria. Então comecei a orar ‘Deus, me dê uma porção daquilo’. Eu já consegui todo o sucesso possível na minha carreira. Mas eu posso ficar melhor. Eu posso aprender a amar mais. Eu posso aprender a ser mais compreensivo. Eu posso ganhar mais sabedoria”.

Assim como seu personagem em The Book of Eli, Denzel acredita na vocação profética e, por isso, tenta aproveitar ao máximo do trabalho que ele acredita ter sido lhe dado pelo próprio Deus: no seu caso, a fama mundial e uma das carreiras cinematográficas mais profícuas de sua geração. Denzel se lembra de uma história de quando ele tinha 20 anos, que demonstra como ele relaciona intimamente a sua fé com sua carreira.

Era 27 de março de 1975 e Denzel – que acabara de ser expulso da escola – estava sentado no salão de beleza de sua mãe. Uma senhora que, enquanto secava os cabelos e olhava fixamente para ele, de repente, pediu-lhe um pedaço de papel e, de forma trêmula, escreveu a palavra “profecia”. Aquela mulher era Ruth Green, uma das mais antigas mulheres da igreja mais antiga da cidade, conhecida por ter um dom da profecia. Naquele dia, ela disse a Denzel: “Rapaz, você irá viajar pelo mundo e falar para milhões de pessoas.”

Naquele verão, Washington era um equipante em um acampamento da YMCA (Associação Cristã de Moços) em Connecticut. Os equipantes faziam esquetes para os acampantes, e alguém sugeriu a Denzel que ele tinha um talento natural para aquilo e deveria prosseguir atuando. Naquele outono, Denzel voltou a estudar no campus da Universidade Fordham, de Lincoln Center, onde iniciou sua formação em teatro. “Anos mais tarde”, lembra-se Denzel”, perguntei ao meu pastor, se ele achava que eu tinha um chamado para ser pregador, e ele disse: ‘Bem, você não está falando para milhões de pessoas? Você não viajou o mundo?”

Reconhecendo que ele havia sido colocado em uma posição privilegiada, Denzel se sentiu obrigado a usar aquilo da melhor forma possível, “pregando” mensagens positivas sempre que estivesse atuando.

“Eu tentei direcionar meus papéis”, diz ele, “mesmo nos piores papéis como em Dia de Treinamento. A primeira coisa que eu escrevi no meu script (de Dia de Treinamento) foi ‘o salário do pecado é a morte’. No roteiro original, você descobria que meu personagem havia morrido pela televisão. E eu disse, ‘Não, não. Para que eu pudesse justificar que ele havia vivido da pior maneira possível, ele teria de morrer da pior maneira, também. Eu fui arrancado do carro pelo Ethan [Hawke], rastejei como uma cobra… O bairro inteiro virou suas costas para mim e então eu fui feito em pedaços”.

Foi mais fácil “direcionar” o personagem de Eli em uma direção positiva, “quer dizer, quase fácil”, brinca Denzel, porque “esse cara é mais violento que o personagem de Dia de Treinamento. Ele é mais violento do que Malcolm X”.
No entanto, da mesma forma que o personagem de Denzel em Chamas da Vingança, a violência de Eli é usada como forma de proteger os inocentes.

“Quando eu fiz Dia de Treinamento”, diz ele, “havia um policial que disse que a Bíblia afirmava existirem aqueles cujo encargo é proteger os inocentes, e que para isso lhe é dado o direito de ser violento. Aquele policial disse: ‘Baseado nisso é que eu e meu parceiro Imagevivemos. Isso é o que fazemos’. Talvez ele precisasse daquele versículo para justificar o que estava fazendo”.

Embora ele tenha encenado personagens violentos em filmes como Dia de Treinamento, American Gangster e, agora, Eli, Denzel é, na vida real, um homem de família calmo e gentil. Casado com Pauletta por mais de 26 anos e pai de quatro filhos, John David, Katia e os gêmeos Malcom e Olivia-Washington, Denzel está longe do estereótipo do ator de Hollywood.

Além de seu envolvimento com a igreja (ele doou US$ 2,5 milhões em 1995 para o West Angeles COGIC para construírem uma nova instalação), Denzel – que sempre inclui em seus autógrafos um “Deus te abençoe” – é um colaborador, há muito tempo, do Boys & Girls Clubs of America (que ele participou quando crianaça), entre outras caridades.

Denzel, que está indo para à Broadway nesta primavera para aparecer junto com Viola Davis na peça Fences, de August Wilson, sabe que ele tem sido abençoado com muito, mas rapidamente minimiza sua fama e sucesso dizendo que são apenas um presente de Deus.   “Não é sobre mim”, disse Denzel em uma entrevista de 2007 na revista Reader’s Digest. “Recebi certas habilidades, e olho para elas da seguinte forma: o que vou fazer com o que tenho? Quem é que vai ser engrandecido com isso?” Perto do final de Eli, o personagem de Denzel cita a famosa passagem de 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate … guardei a fé”.

É uma linha condizente com o próprio Denzel. Ele é um superstar de Hollywood que, embora não seja perfeito, oferece um raro exemplo de um cristão em um lugar de extrema aclamação e sucesso e que não deixou isso subir à sua cabeça, em vez disso continua fundamentando sua vida na Bíblia e na confiança em Deus.

Em seus mais de 30 anos como ator, Denzel Washington tem lutado o bom combate e feito o que muitos não conseguiram. Ele manteve a fé.

Fonte: Christianity Today.

Tradução livre de Whaner Endo (No Portal Cristianismo Criativo)

Crescer é preciso! ~ por José Roberto Prado

“A vida cristã não deve ser vivida sempre na dimensão cambaleante dos primeiros passos, na energia limitada do leite para recém-nascidos. É preciso crescer, amadurecer, firmar-se nas palavras daquele que nos chamou”.

A frase acima dificilmente encontraria oposição. Todo cristão concorda que é preciso crescer! Nosso mal estar começa quando nos negamos a perceber os meios pelos quais Deus nos quer levar ao crescimento. Aí começa a chiadeira geral…

Bem, dizemos, se for desse jeito, não quero crescer (como se tivéssemos alternativa!). Sabemos muito bem que crescer implica em dor, em negações, cortes, assumir ônus de decisões, enfim, viver em conformidade com a Palavra que já conhecemos… Cientes disso muitos se contentam em ser somente iniciantes na fé…

Mas não é este o plano de Deus.

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E agora, José? ~ por José Roberto Prado

Carlos Drummond de Andrade cunhou esta expressão em seu poema “José”, em 1942.

Como mestre, o poeta retrata o vazio e a “não direção” latente na alma do povo Brasileiro, imerso nas angústias e incertezas dos sombrios anos da Segunda Grande Guerra Mundial.

Por eu mesmo ser “José” e filho de José, desde que me conheço por gente esta pergunta me acompanha.

Nas Escrituras encontramos também alguns “Josés”.

Ao contrário do José do poeta, poético e emblemático, estes são históricos, pessoas reais.

Marido de Maria e chefe da casa onde Jesus nasceu, do José carpinteiro pouco sabemos, somente uma vaga imagem rascunhada nos primeiros anos do menino. Maria é presente do nascimento à morte. Segue a Jesus e é inclusive encontrada aos pés da Cruz.

E José? Onde estava o José?
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