[IHU, 17 jan 11] A história do universo registra um crescimento de complexidade a partir do Big Bang. Da “sopa cósmica” (radiações, partÃculas carregadas eletricamente) dos primeiros 400 mil anos se formaram átomos, moléculas, agregados de matéria que levaram a milhares de galáxias.
A evolução da vida sobre a Terra também é marcada por um crescimento de complexidade a partir das formas ancestrais, os procariontes, de 3-4 bilhões de anos.
A formação dos primeiros unicelulares providos de núcleo há 2 bilhões de anos foi uma passagem fundamental. O desenvolvimento da vida não foi um caminho linear.
Nos últimos 350 milhões de anos, formaram-se as diversas direções evolutivas. Muitas se extinguiram, outras parecem terem sido impedidas em um certo nÃvel e sobrevivem. Entre essas, existe aquela dos hominÃdeos que levou à humanidade.
Diante do fenômeno do crescimento da complexidade, pode-se fazer dois tipos de perguntas: quais causas a determinaram? Qual sentido ou finalidade pode ter? A primeira pergunta é de ordem cientÃfica, embora com algumas implicações filosóficas; a segunda é de ordem filosófica.
A teoria de Darwin reconhece nas inovações genéticas casuais e na seleção operada pelo ambiente o mecanismo pelo qual cresceu a complexidade da vida. Exclui-se qualquer intencionalidade externa. À seleção natural, é reconhecida uma função diretiva. Continue lendo