Na última semana do mês de agosto de 2011 foram publicados os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Tais dados trazem algumas informações interessantes sobre a religiosidade do povo brasileiro.
[José Lisboa Moreira de Oliveira*, Adital, 16 set 11] O primeiro aspecto da pesquisa que chama a atenção é o aumento das pessoas que não mantêm vÃnculos com a sua crença. Declaram-se pertencentes a uma denominação religiosa, mas reconhecem que não são praticantes. Entre os católicos isso já era bem visÃvel. A novidade está por conta dos evangélicos, onde os não praticantes passaram de 0,7% para 2,9%.
Tal situação revela que as pessoas, cada vez mais, constroem sua religiosidade sem se preocupar com o que dizem as suas instituições religiosas. Vale a interpretação pessoal e não a orientação das lideranças e das igrejas. Para as instituições religiosas isso representa um grande desafio, uma vez que tal fenômeno enfraquece o poder de controle sobre as pessoas e de transmissão das tradições religiosas. Pode ser o inÃcio do fim de muitas igrejas e religiões, pelo menos em determinadas partes do mundo. Continue lendo